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Custo da Placa Mercosul cai 30% após sete meses, concorrência e denúncias influenciaram na diminuição

Considerado um dos mais caros do País, o serviço chegou a ser alvo de investigação do Procon/MS e agora teve o preço reduzido no mercado

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O custo do emplacamento em Campo Grande está quase 30% mais barato em comparação com fevereiro, quando o padrão Mercosul entrou em vigor. 

Na época, o valor cobrado em Mato Grosso do Sul era um dos mais caros do Brasil.

O serviço, que chegou a R$ 300 para automóveis, ônibus e caminhões, hoje pode ser encontrado por R$ 220 (par) e R$ 110 (motos).  

Em fevereiro, quando as placas Mercosul tornaram-se obrigatórias em Mato Grosso do Sul, o Correio do Estado foi o primeiro veículo a mostrar o abuso praticado pelas emplacadoras.  

Além disso, os preços mais em conta não são a única novidade. Ao longo dos últimos sete meses, novas empresas entraram no mercado. Campo Grande, que começou com quatro credenciadas, hoje tem oito.

Em todo o Estado são 12 estampadoras diferentes atendendo os consumidores. 

Contando com as filiais, que algumas delas têm em mais de um município, são 23 opções, das quais 15 estão no interior: Três Lagoas (3), Sidrolândia (1), Ponta Porã (2), Nova Andradina (1), Naviraí (1), Dourados (4), Coxim (1), Corumbá (1) e Costa Rica (2).

VALORES

O Correio do Estado entrou em contato com todas as oito estampadoras credenciadas pelo Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) e consultou quanto custa o serviço.

O mais barato foi encontrado na Placar, que cobra R$ 110 para motos e R$ 220 para carros e demais veículos que precisam do par.  

A MS Placas e a Plaesve cobram R$ 230 (par) e R$ 120 (unidade). Na Íons Placas e na Rede de Placas Mercosul o serviço custa R$ 250 (par) e R$ 130 (unidade). 

Embrasplake, GR Placas e Placarama cobram R$ 260 (par) e R$ 130 (unidade).  

Os consumidores podem escolher a opção que mais se encaixa em seu perfil. Por exemplo, algumas das empresas cobram um pouco mais caro, mas têm a opção de parcelar o valor sem juros no cartão de crédito (ideal para quem não tem o montante à vista). Outras atendem pelo WhatsApp ou até recebem pedidos pela internet.  

Para consultar, basta entrar no site do Detran-MS e clicar na opção Credenciadas e depois em Estampadoras (no menu superior, última opção à direita).

Conforme a assessoria de imprensa do órgão, todos os pedidos de credenciamento de estampadoras já foram analisados e não há mais nenhum tramitando no órgão.

MUDANÇAS

Antes do padrão Mercosul, as empresas credenciadas executavam o serviço na sede do Detran e o valor era fixo.  

A mudança abriu margem para a entrada de qualquer empresário interessado em atuar no ramo, bastando pedir autorização ao Detran. Desde fevereiro, é a lógica de mercado que regula os preços, e o poder público parou de interferir nas tabelas.

Nas primeiras semanas, os altos preços (superiores inclusive aos cobrados antes do novo modelo) assustaram não apenas os consumidores, mas o próprio governo, que colocou o Procon na linha de frente com os donos das empresas para negociar reduções.

O superintendente do órgão, Marcelo Salomão, chegou a suspeitar que as estampadoras estavam combinando valores semelhantes, prática conhecida como cartel e vedada por lei.  

Contudo, após uma série de reuniões, a hipótese foi descartada e o setor aos poucos foi reduzindo os preços.

Só precisa emplacar o carro com o novo padrão quem adquire um veículo zero-quilômetro, quem teve a identificação veicular danificada, transferiu o veículo ou mudou de cidade.

Cidades

Bolsa Família reduz pobreza na primeira infância, mostra estudo

Mais da metade das crianças no Brasil estão em famílias de baixa renda

23/04/2024 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O país tem 18,1 milhões de crianças de 0 a 6 anos de idade, segundo dados do Censo 2022. Cerca de 670 mil (6,7%) estão em situação de extrema pobreza (renda mensal familiar per capita de até R$ 218).

Esse número, no entanto, poderia ser muito pior (8,1 milhões ou 81%) sem o auxílio de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Essa é a conclusão de um estudo feito pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV).

Perfil Síntese da Primeira Infância e Famílias no Cadastro Único leva em consideração dados de outubro de 2023 do CadÚnico, sistema que reúne informações das famílias de baixa renda no país (renda mensal per capita de até R$ 660). Na primeira infância, de 0 a 6 anos, são 10 milhões de crianças (55,4%) classificadas nessa categoria.

“Esse estudo demonstra o potencial do Cadastro Único para a identificação de vulnerabilidades na primeira infância, a relevância de seu uso para a elaboração de iniciativas para esse público e a importância do Bolsa Família no combate à pobreza”, diz Letícia Bartholo, secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único.

O estudo traz outros recortes, como o fato de que 43% dos responsáveis por famílias com crianças de 0 a 6 anos não têm nenhuma fonte de renda fixa. Para 83% deles, a principal fonte de renda é o Bolsa Família.

Cerca de três a cada quatro famílias com crianças na primeira infância são chefiadas por mães solo. A maioria delas é parda e tem idade entre 25 e 34 anos.

Em relação ao perfil das crianças, 133,7 mil (11,1%) são indígenas; 81,3 mil (6,7%) são quilombolas, e 2,8 mil (0,2%) estão em situação de rua.

“Ao lado de outras políticas públicas, o Bolsa Família tem um enorme potencial de equacionar as desigualdades do país. A criação do Benefício Primeira Infância é o primeiro passo para chamar a atenção de gestores, gestoras e população em geral para a importância dessa fase na vida”, diz Eliane Aquino, secretária Nacional de Renda de Cidadania (Senarc).

Diferenças regionais

Ao considerar as regiões do país, o levantamento aponta a existência de desigualdades. Segundo o Censo, o Nordeste tem 5,1 milhões de crianças na primeira infância: 3,7 milhões (72%) estão registradas do CadÚnico. No Norte, há 1,9 milhão de crianças na primeira infância: 1,4 milhão (73%) registradas no CadÚnico.

Por outro lado, na Região Sudeste, quase metade do total de crianças entre 0 e 6 anos, estão registradas no programa. São 6,8 milhões de crianças na região, das quais 3,1 milhões estão no CadÚnico.

“A disparidade socioeconômica entre crianças na primeira infância exige ações imediatas e uma política nacional integrada que aborde as necessidades específicas das famílias mais vulnerabilizadas. O Cadastro Único é um importante instrumento para nortear uma política que sirva como alavanca para equidade”, diz Mariana Luz, diretora da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

Perfil dos municípios

O estudo faz um recorte municipal, a partir de uma classificação em três grupos. O primeiro inclui cidades onde há mais crianças migrantes, em situação de rua e em domicílio improvisado coletivo. O segundo, onde há maior precariedade habitacional, é primeira infância na área rural e de populações tradicionais e específicas. O terceiro, crianças em situação de trabalho infantil, fora da pré-escola e em precariedade habitacional.

Os dados mostram que 71% dos municípios da região Norte não tem saneamento adequado. No Sudeste, o índice é de 20%. No Nordeste, 9% dos municípios não têm energia elétrica.

Os dados fazem parte da série Caderno de Estudos, do MDS, que desde 2005 busca construir conhecimento científico e gestão de políticas públicas. Na nova edição, o caderno apresenta uma série de publicações voltadas para a primeira infância, como pesquisas sobre o impacto do programa de Cisternas na saúde infantil e os desafios enfrentados por mães no mercado no trabalho após terem o primeiro filho.

Cotidiano

Administradora de três aeroportos em MS inicia programa para impulsionar fluxo de passageiros

A operadora aeroportuária Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã

23/04/2024 18h30

Foto/Arquivo

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A operadora aeroportuária Aena, que administra três aeroportos de Mato Grosso do Sul, lançou um programa de incentivo ao desenvolvimento da aviação brasileira. Para isso, deve recompensar as companhias aéreas de acordo com o aumento na quantidade de passageiros no período de 1º de abril a 30 de outubro.

De acordo com a Aena, o objetivo do programa é contemplar os aeroportos dos estados de  Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará. Em caso de voos domésticos, o programa prevê o reembolso de 100% das tarifas de passageiros em cada rota operada pelas companhias aéreas em 16 aeroportos sob sua gestão.

Nos casos de voos internacionais, o programa de incentivo é válido para os seis aeroportos sob administração da Aena no Nordeste. Nesse caso, a base de comparação será o mês de março de 2024. Para novas rotas internacionais, o incentivo permanece até 31 de março de 2025.

Em Mato Grosso do Sul, a Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã.

De acordo com Aena,o objetivo da campanha é oferecer um cenário positivo para que as companhias aéreas possam elevar suas participações nos aeroportos da administradora.

"Como maior operadora aeroportuária do país, trabalhamos para incentivar a aviação brasileira, reduzindo custos das companhias aéreas e melhorando as opções dos passageiros", afirma Marcelo Bento, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Aena Brasil.

As companhias que aderirem ao programa de incentivo ainda podem contar com o apoio da Aena para a promoção das ligações. A concessionária irá disponibilizar a divulgação de novos voos e rotas nos painéis publicitários localizados dentro dos aeroportos, banners promocionais no site da Aena, além de campanhas em suas redes sociais.

 

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