Moradores e comerciantes do entorno da Praça Aquidauana, localizada na região central de Campo Grande, estão desesperados com atos de vandalismo e crimes praticados, principalmente por adolescentes. As ações vão desde pichações e depredações até furtos de imóveis e veículos.
Segundo um dos moradores, que preferiu não se identificar por medo de represália dos vândalos, ele reside no local há 9 anos e a região sempre foi tranquila, mas de uns tempos para cá menores que participam de um “movimento cultural” denominado Batalha do Rapper têm aterrorizado a vizinhança. Durante a semana o encontro é de 30 a 40 adolescentes, mas na quinta-feira esse número chega a 400.
Na madrugada, com o fim do movimento, os vândalos dão início as pichações e as depredações nos prédios. Também furtam casas e carros. Moradores reclamam que a Polícia Militar não faz rondas na região. Já a Guarda Municipal está sempre presente e encaminha vários menores à delegacia por posse de droga. Todavia, eles logo são liberados e voltam a amedrontar a vizinhança.
“Os vizinhos estão em desespero. Eles fazem uma pichação, outra e depois colorem o prédio. Para os menores isso é sinônimo de poder. A gente se sente inútil e fica engessado porque não sabe a quem recorrer”, reclamou o morador.
Já os comerciantes se programam para reforçar a segurança das lojas. Um deles conta que quem se reúne da praça chega a ofender os donos de lojas para usar o banheiro. Outros jovens fazem suas necessidades próximo a muros, em frente das casas e atrás dos carros.
“Se a pessoa quer fazer evento na praça, que faça com autorização do poder público, com fiscalização e com banheiros químicos”, pontuou, acrescentando que “acaba o evento e eles aprontam de madrugada, picham e ameaçam quem chamar a polícia”.
Ainda segundo os comerciantes, além do aumento no índice de furtos, a região tem se transformado em ponto de encontro para usuários de drogas.