Com calor e sensação térmica intensos, começa hoje (21) o verão às 19h38min e, em função do fenômeno La Niña, são esperados para a região central de Mato Grosso do Sul um total de 200 milímetros de chuva neste mês. Para janeiro de 2011, a previsão é de 210 milímetros e, em fevereiro, 185 milímetros. As temperaturas máximas poderão ficar até cinco graus acima da média, que é de 34,4ºC para o período. A previsão, porém, vale para praticamente todas as regiões do Estado.
Conforme prognóstico do meteorologista da Anhanguera/ Uniderp, Natálio Abrahão Filho, neste ano a nova estação estará sob influência do fenômeno oceânico-atmosférico La Niña, que ocasiona um esfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical, portanto devem ocorrer menos passagens de frentes frias no período — em torno de quatro por mês —, trazendo umidade e chuva, porém sem acarretar mudanças nas temperaturas.
O verão, que termina às 20h21min do dia 20 de março de 2011, é caracterizado pelos dias mais longos, com duração média de até 14 horas no Estado.
Em conseqüência, o solo recebe e acumula mais energia (calor) do que perde durante a noite. Ocorrem mudanças repentinas no tempo, as nuvens se desenvolvem rapidamente e geram pancadas de chuva de curta duração e danos variáveis, sempre com predomínio durante a tarde. Conforme o meteorologista, não está descartada a ocorrência de alguns episódios mais intensos, acompanhados de ventos e granizo, com pedras de gelo podendo atingir até 1,5 centímetro.
Ainda de acordo com o prognóstico, o verão é o período de maior incidência de trovoadas e relâmpagos, portanto, “deve-se levar em consideração a proteção contra eventos elétricos vespertinos e noturnos”. Além disso, existe a possibilidade de ocorrência de eventos mais fortes, como enchentes e inundações, em Campo Grande e na região sul e sudeste do Estado até meados de fevereiro.
Chuvas
O total de precipitações varia entre 300 milímetros e 700 milímetros no centro, oeste e leste de Mato Grosso do Sul e nestas regiões as chuvas são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), conforme análise do meteorologista Natálio Abrahão. Nas regiões norte e nordeste, os valores podem ficar até 10% abaixo da média histórica e nas regiões central, leste e sudeste ficam dentro do índice ou até 10% acima. Já para o sul, sudoeste e oeste do Estado, as chuvas ficam até 10% da média neste mês e dentro do valor esperado entre janeiro e fevereiro.
Radiação
Desde o fim de novembro até janeiro de 2011, as regiões norte, central (Campo Grande) e sul estarão na perpendicularidade dos raios solares, expondo pessoas, animais e vegetais à incidência dos raios ultravioleta em concentração máxima. Conforme escala dos sensores da Anhanguera/ Uniderp, os índices de radiação vão de 1 a 16 e valores acima de 12 já implicam perigo à saúde. O evento começa a declinar a partir do dia 26 do próximo mês. Durante o período crítico, é aconselhável que a população evite exposição solar direta, mesmo com céu parcialmente nublado. O recomendado pelos médicos é o uso de protetores na pele e olhos da melhor forma possível. A incidência de raios ultravioleta chega ao seu pico em 21 de dezembro.