Cidades

Prisões e afastamentos

Vereadores se reúnem com procuradoria e questionam sigilo de investigação

Ontem, pedidos de prisão de Olarte e Amorim e afastamento de vereadores foram noticiados

ALINY MARY DIAS E KLEBER CLAJUS

29/09/2015 - 09h53
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Depois de pedidos do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) para prisão do prefeito afastado Gilmar Olarte e do empresário João Krampe Amorim e afastamento de 17 vereadores terem sido divulgados pela imprensa no início da noite de ontem (28), vereadores se reuniram a portas fechadas na manhã na Câmara Municipal.

O encontro começou por volta das 8h30 no gabinete da presidência da Casa de Leis junto da procuradoria-jurídica da Câmara. A reunião durou pouco mais de 1 hora e a imprensa não foi autorizada a acompanhar a conversa.

Airton Saraiva (DEM) foi um dos primeiros a sair do encontro e, bastante alterado, afirmou que não se pronunciaria sobre os pedidos de afastamento porque “tudo está sob segredo de Justiça”.

Presidente interino da Casa, Flávio César (PT do B) disse que até a manhã de hoje nenhuma notificação ou informação oficial sobre pedidos de afastamento chegaram na Câmara.

“Até fato novo, cumprimos rito legal, não tem o que se fazer diante de situação em que não há nada oficial e a Casa não trabalha com hipótese”.

Questionado sobre vazamento da informação que corria, até então, em segredo judicial, o vereador afirmou que a situação representa “jogar no lixo todo o trabalho que durou um ano e três meses”.

Outro que participou da reunião e que estaria na lista de pedidos do Gaeco, João Rocha (PSDB) disse que agora cabe ao desembargador definir se acatará o pedido do Ministério Público. “Não sabemos o objetivo disso tudo, está se atirando para atingir aonde?”, questionou.

Outros vereadores que participaram da reunião foram Edson Shimabukuro (PTB), Vanderlei Cabeludo (PMDB), Gilmar da Cruz (PRB) e Thais Elena (PT).

PEDIDOS

Os pedidos de prisão de Olarte e Amorim se deram em razão de entendimento do MPE de que eles chefiarem organização criminosa que supostamente teria financiado a cassação do mandato do prefeito Alcides Bernal (PP), em março do ano passado.

Há rumores de que também há pedido de prisão para o empresário Carlos Naegele, que, segundo apurado pelo Gaeco, nas investigações, teria recebido propina de R$ 950 mil.

Além disso, o pedido de afastamento de 17 vereadores conta com Vanderlei Cabeludo (PMDB), Carla Stephanini (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Paulo Siufi ​(PMDB), Coringa (PSD), Chiquinho Telles (PSD), Delei Pinheiro (PSD), Flávio César (PT do B), Eduardo Romero (PT do B), Otávio Trad (PT do B), Waldecy Chocolate (PP), Jamal Salém (PR), João Rocha (PSDB), Airton Saraiva (DEM), Gilmar da Cruz (PRB), Carlão (PSB) e Edson Shimabukuro (PTB).

 

visita técnica

Adriane Lopes visita São Paulo em busca de soluções para a saúde de Campo Grande

Prefeita se reuniu com secretário de Saúde da capital paulista para trocar experiências e levantar modelos que possam ser adaptados na capital de MS

22/05/2025 17h31

Prefeita fez visita técnica à Secretaria de Saúde de São Paulo

Prefeita fez visita técnica à Secretaria de Saúde de São Paulo Foto: Divulgação

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A prefeita Adriane Lopes (PP) se reuniu, nesta quinta-feira (22), com o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Luiz Carlos Zamarco, com objetivo de buscar modelos que possam ser adaptados para fortalecer a saúde públlica de Campo Grande.

De acordo com o Executivo Municipal, entre os temas debatidos no encontro estão o financiamento do setor, modelos de gestão, ampliação de leitos e vagas, fortalecimento da atenção primária, aquisição de equipamentos, uso de tecnologia e inovação na saúde pública.

“Nossa reunião teve o objetivo de conhecer de perto programas e ações bem-sucedidas na área da Saúde. Estamos em busca de soluções que possam ser implementadas em Campo Grande, sempre pensando na melhoria do atendimento à nossa população", disse a prefeita.

"Vimos projetos como o uso de tecnologia, prontuário eletrônico, modernização das unidades com foco na humanização e também um programa específico para a saúde mental dos servidores. Cada ação reforça nosso compromisso em buscar soluções que melhorem a vida das pessoas”, acrescentou Adriane Lopes.

O motivo da visita técnica ter sido feita em São Paulo é o fato da cidade ser uma referência nacional em saúde.

São Paulo conta com a maior rede de saúde da América Latina, sendo exemplo em tecnologia aplicada à gestão pública de saúde.

A prefeitrua reforça que os principais destaques, que serão discutidos para adaptação na saúde pública local, são o prontuário eletrônico integrado, agendamento online de consultas e exames, além de telemedicina e plataformas de telediagnóstico, que ampliam e agilizam o acesso da população aos serviços.

Além da prefeita, participaram do encontro a secretária de Planejamento Estratégico, Catiana Sabadin; o secretário de Licitações, André Brandão, e o diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação, Cláudio Marques.

A secretária de Saúde, Rosana Leite, não participou da comitiva.

Outro compromisso

A agenda da prefeita em São Paulo também compreendeu uma reunião com executivos do Banco Safra.

Na instituição, foram discutidas possíveis soluções financeiras e linhas de crédito para investimentos no desenvolvimento de Campo Grande.

A prefeitura não detalhou quais são os investimentos e valores pleiteados.

CÂMARA

Vereadores derrubam veto da Prefeitura sobre repasse de R$8,7 mi a entidades sociais

Os vereadores garantiram, em votação, a destinação dos repasses às instituições

22/05/2025 16h15

Vereadores criticaram o veto a Projeto de Lei

Vereadores criticaram o veto a Projeto de Lei Divulgação/CMCG

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Os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande derrubaram o veto da do Poder Executivo ao Projeto de Lei nº 11.736/25, garantindo a destinação de R$8,7 milhões a entidades assistenciais e de saúde. O Projeto de Lei institui o Plano de Aplicação de Recursos do Fundo de Investimentos Sociais e o veto foi derrubado por unanimidade durante a sessão ordinária desta quinta-feira (22). 

Os vereadores mostraram indignação com o indeferimento do Projeto e ressaltaram a importância do trabalho das pessoas do Terceiro Setor, além de defenderem o aumento nos valores que precisam ser repassados às instituições. 

Os recursos auxiliam os trabalhos desenvolvidos por instituições que atendem crianças e adolescentes, pessoas com deficiência, famílias que estão em situação de vulnerabilidade, hospitais, unidades de saúde e de tratamentos. 

O presidente da Câmara, o vereador Epaminondas Neto, o Papy, ressaltou que “a Câmara tem um compromisso com o Terceiro Setor, que presta um serviço para a população que o município não consegue atender. Então, não tem como esse prejuízo ficar para as instituições e a Câmara defende esse interesse”. 

Para ele, a derrubada do veto não é uma forma de ‘bater de frente’ com o Executivo, mas uma forma de defender a posição da casa de leis, para que haja uma solução para esse pagamento. 

O projeto de lei aprovado na Câmara garante que cada vereador possa destinar R$300 mil para instituições, sendo R$150 mil para entidades da área de assistência social e outros R$150 mil para a área da saúde, recursos estes que estão previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA).

Com a derrubada do veto, a proposta com as emendas será expedida pelo presidente Papy e se torna lei. 

Instituições

Representantes de várias instituições sociais estiveram presentes para acompanhar a votação. Para a presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Amparo à Criança e ao Adolescente, Meire Pasquini, as emendas têm um valor fundamental para a entidade, pois elas garantem que o trabalho continue. 

“A expectativa quanto ao trabalho dos vereadores foi atendida, especialmente no que diz respeito à importância das emendas destinadas à nossa instituição. Estou muito feliz, pois foi essencial a derrubada do veto para que a gente possa dar continuidade ao nosso trabalho. Nós que estamos na ponta, lidando diretamente com a população, muitas vezes não conseguimos contar com o apoio do Poder Público Municipal. Por isso, essas emendas têm um valor fundamental — são elas que nos permitem manter nossas atividades funcionando”, ressaltou. A entidade atende 70 crianças.

Veto

De acordo com a prefeitura, a justificativa foi de que “o veto é medida que se impõe e tem como diretriz o ajuste fiscal, com objetivo de promover o equilíbrio entre receita e despesa, priorizando obras e serviços em andamento em detrimento de novos investimentos”. 
 

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