Depois de pedidos do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) para prisão do prefeito afastado Gilmar Olarte e do empresário João Krampe Amorim e afastamento de 17 vereadores terem sido divulgados pela imprensa no início da noite de ontem (28), vereadores se reuniram a portas fechadas na manhã na Câmara Municipal.
O encontro começou por volta das 8h30 no gabinete da presidência da Casa de Leis junto da procuradoria-jurídica da Câmara. A reunião durou pouco mais de 1 hora e a imprensa não foi autorizada a acompanhar a conversa.
Airton Saraiva (DEM) foi um dos primeiros a sair do encontro e, bastante alterado, afirmou que não se pronunciaria sobre os pedidos de afastamento porque “tudo está sob segredo de Justiça”.
Presidente interino da Casa, Flávio César (PT do B) disse que até a manhã de hoje nenhuma notificação ou informação oficial sobre pedidos de afastamento chegaram na Câmara.
“Até fato novo, cumprimos rito legal, não tem o que se fazer diante de situação em que não há nada oficial e a Casa não trabalha com hipótese”.
Questionado sobre vazamento da informação que corria, até então, em segredo judicial, o vereador afirmou que a situação representa “jogar no lixo todo o trabalho que durou um ano e três meses”.
Outro que participou da reunião e que estaria na lista de pedidos do Gaeco, João Rocha (PSDB) disse que agora cabe ao desembargador definir se acatará o pedido do Ministério Público. “Não sabemos o objetivo disso tudo, está se atirando para atingir aonde?”, questionou.
Outros vereadores que participaram da reunião foram Edson Shimabukuro (PTB), Vanderlei Cabeludo (PMDB), Gilmar da Cruz (PRB) e Thais Elena (PT).
PEDIDOS
Os pedidos de prisão de Olarte e Amorim se deram em razão de entendimento do MPE de que eles chefiarem organização criminosa que supostamente teria financiado a cassação do mandato do prefeito Alcides Bernal (PP), em março do ano passado.
Há rumores de que também há pedido de prisão para o empresário Carlos Naegele, que, segundo apurado pelo Gaeco, nas investigações, teria recebido propina de R$ 950 mil.
Além disso, o pedido de afastamento de 17 vereadores conta com Vanderlei Cabeludo (PMDB), Carla Stephanini (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Paulo Siufi (PMDB), Coringa (PSD), Chiquinho Telles (PSD), Delei Pinheiro (PSD), Flávio César (PT do B), Eduardo Romero (PT do B), Otávio Trad (PT do B), Waldecy Chocolate (PP), Jamal Salém (PR), João Rocha (PSDB), Airton Saraiva (DEM), Gilmar da Cruz (PRB), Carlão (PSB) e Edson Shimabukuro (PTB).