A Vol k swagen encontrou no câmbio uma forma de acelerar as vendas do Voyage. Com a transmissão automatizada i-Motion, a marca alemã incorpora um importante item de conforto na briga do segmento de compactos, que concentra mais de 70% das vendas de automóveis no Brasil e que tem toda a sorte de produtos e carrocerias. Só que a Volkswagen optou por espalhar logo a caixa i-Motion em três versões distintas de acabamento: 1.6, Trend e Comfortline, com preços de R$ 38 mil, R$ 40.527 e R$ 42.700. Já o principal concorrente, o Fiat Siena, só disponibiliza seu câmbio Dualogic para a versão top HLX, que começa em R$ 46.860. Com t a l est ratég i a, a Volkswagen tenta conquistar uma imagem de tecnologia em um segmento onde preço e custo/benefício são palavras de ordem. Afinal, o câmbio dispensa o uso da embreagem no trânsito cada vez mais confuso das cidades, sem custar o mesmo que um automático tradicional. Na intermediária Trend i-Motion, custa cerca de R$ 3.600 a mais que a manual – uma transmissão automática pode custar até R$ 5 mil. Não por acaso, oferecer a nova caixa em todas as versões 1.6 foi a maneira que a Volks encontrou para dar fôlego ao Voyage para encarar o líder isolado do segmento, o Siena. Em junho, o sedã da Fiat passou a ter a versão Dualogic. A resposta da marca alemã com o Voyage só chegou quatro meses depois, mas com um preço atraente. O rival leva a melhor no motor 1.8 mais potente, com 112/114 cv, contra os 101/104 cv aos 5.600 giros do 1.6 do Voyage. De série, o sedã da Volks conta com direção hidráulica, regulagem de altura do banco do motorista, computador de bordo, espelhos nos para-sóis, entre outros. A versão i-Motion do Voyage não vem com arcondicionado e comando elétrico dos vidros dianteiros e das travas, itens de A Volks, embora não seja famosa por sua ousadia visual, dotou o Voyage com estilo e certa ousadia. A frente é a mesma do Gol e faz sucesso nas ruas. Na versão mais luxuosa, o sedã vem com rodas de liga leve, faróis de neblina, capa dos espelhos retrovisores, maçanetas das portas e para-choques pintados na cor da carroceria fábrica no Siena. Completo, com esses itens mais retrovisores elétricos, rodas de liga leve aro 15, air bag duplo, freios com ABS, banco traseiro bipartido, keyless, ajuste de altura do volante, faróis e lanterna de neblina, rádio/CD/MP3 e volante multifuncional, o preço do três volumes da linha Gol chega a R$ 51.608. Mas a tática da Volkswagen ainda não mudou muito o segmento de sed ãs compactos. As versões com câmbio i-Motion do Voyage respondem por quase 10% das vendas. Com isso, o modelo da Volks mantém as médias de 5 mil unidades, ainda muito atrás do Siena, que registra 9 mi l unidades mensais no ano. A seu favor, o Voyage tem visual e plataforma mais modernos, oriunda do Fox, que data de 2003, enquanto o Siena usa chassi do Palio, de 1996. Mas a transmissão automatizada disponível já nos modelos intermediários pode ser uma modernidade mais perceptível para o consumidor.