Após cinco dias do Atacadão ser tomado pelo fogo, ainda é possível encontrar pequenos focos de fumaça no local. Nesta quinta-feira (17) cerca de 10 militares e três viaturas do Corpo de Bombeiros realizavam ainda o rescaldo do incêndio.
A artesã Meire Teixeira, 70 anos mora com o marido, Luiz Nazareno e duas netas crianças nos fundos do supermercado. Ela conta que até o momento é impossível ficar em casa.
“Desde domingo a fumaça atrapalhou um pouco nossa vida, a casa está tomada de fuligem”.
Ela reclama ainda que, apesar da administração do atacadista ter dado toda assistência necessária aos moradores da região, o espaço entre o local atingido e as casas é muito próximo.
“Acho que devia ter uma abertura maior entre o mercado e os fundos, ter um melhor acesso em volta do mercado, podendo transitar e distanciar mais de residências próximas”, argumenta.
Segundo o Tenente-Coronel do Corpo de Bombeiros, Fernando Carminatti, a presença do corporativo ainda é necessária para conter mini focos de possíveis explosões, uma vez que toda a área de vendas foi afetada.
“Estamos de prontidão aqui tentando esvaziar com cautela tudo que foi afetado pelo fogo, e estamos de alerta pois ainda há presença de materiais combustíveis como madeira entre outros”, afirmou.
A causa do incêndio ainda não foi identificada e a corporação ainda demandará mais uns dias para esvaziar o local. “É um trabalho minucioso e delicado pois só podemos entrar com mini retroescavadeiras, o que demanda tempo para a retirada das toneladas de produtos afetados”, pontuou.
Ainda segundo o Carminatti, logo após a retirada total do teto que foi 90% danificado, a administração estudará a reconstrução do supermercado.
Em nota, o Atacadão informou que a empresa "está empenhada em conduzir a situação, e só teremos condições de avaliar um plano de reconstrução da unidade após uma profunda avaliação técnica".