Planalto não se mete no Senado, apesar da pressão
Parece criança mimada, mas é o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Contrariado com o veto do STF à sua reeleição e humilhado nas urnas de Macapá com derrotada do irmão, ele pressiona o governo a ajudá-lo a eleger o sucessor, como se o presidente Jair Bolsonaro tivesse obrigação de “retribuir” sua “colaboração” para aprovar matérias.
Mas, apesar de acompanhar o assunto, o Planalto não vai se meter na disputa pela presidência do Senado, segundo ministro envolvido na área.
Perdedor sem noção
Além de cobrar de Bolsonaro mais favores do que aqueles já recebidos, e foram muitos, Alcolumbre insinua assumir um “ministério importante”.
Campanha particular
O ainda presidente do Senado quer eleger Rodrigo Pacheco (DEM-DF) como sucessor, por isso pretende “percorrer o País” fazendo campanha.
Fogueira das vaidades
Alcolumbre acha que somente elegendo o sucessor será “respeitado” em Brasília. Ele teme retornar, sem escalas, ao baixíssimo clero do Senado.
Ele abusa, a gente paga
O problema é que para fazer sua “campanha” junto aos demais 80 “eleitores” Alcolumbre deve abusar da regalia de usar jatinhos da FAB.
Rio: STF garante aglomeração no réveillon de favelas
O cancelamento das festas mais tradicionais de réveillon em decorrência da pandemia do coronavírus foi acertada e indiscutível, mas fez crescer o faturamento das festas em favelas cariocas, como no morro do Vidigal.
Com a garantia do Supremo Tribunal Federal de que a polícia não pode realizar operações nos locais e sem a concorrência da mundialmente famosa virada de Copacabana, os ingressos estão à venda livremente e com outdoors espalhados pela cidade para chamar população e turistas.
Sem nem corar
Os cartazes espalhados pela cidade falam de um festão com a “vista mais bonita e apaixonante” e “all inclusive”. A covid deve estar no pacote.
A origem
Em junho, o ministro Edson Fachin (STF), atendeu pedido do PSB e vetou operações policiais nas favelas do RJ enquanto durar a pandemia.
Indignação
O procurador Marcelo Rocha Monteiro criticou a decisão e lembra que a polícia foi proibida de fazer perícia do caso do menino Kauã.
Só mesmo no Brasil
Em São Paulo, um criminoso beneficiado pelo “saidão de Natal” foi preso dez horas depois de ganhar liberdade “para celebrações com a família”. Ele foi flagrado roubando novamente. E voltou à cadeia.
Grande investidor pode
Mistério ainda não esclarecido: como o governador João Doria conseguiu entrar tão facilmente nos Estados Unidos, que fecharam suas fronteiras? A melhor aposta é que ele tem o “green card” de grande investidor.
Passaporte não basta
Muitos acham que o passaporte vermelho fraqueou a Doria o acesso aos EUA. Não. Nem diplomatas o conseguem. Para pisar em solo americano, diplomatas precisam passar 14 dias sob isolamento em um terceiro país.
Vacina deve ser para todos
Ex-presidente da Anvisa, o médico sanitarista Gonzalo Vecina advertiu que não adianta vacinar apenas as populações de países ricos. Se não vacinar africanos, por exemplo, o vírus continuará circulando.
Detran delivery
No Detran/RJ há uma diretoria específica para vistorias em frotas de veículos de grandes empresas, públicas e privadas, além de órgãos públicos como Tribunal de Justiça. Mas aí servidores do TJRJ passaram a usar a regalia para furar a fila das vistorias. Ê Brasil.
Mudança na Bahia
O juiz federal aposentado Ricardo Mandarino deixou o escritório do ex-presidente do STF, ministro aposentado Ayres Britto, para assumir a Secretaria de Segurança da Bahia. Sua posse será nesta segunda-feira.
Faltou malandragem
O Brasil paga o preço de não haver adotado a atitude de governantes mais malandros, que garantiram pequenas quantidades da Pfizer, por exemplo, para dar a impressão de que “a vacina chegou”. Mas só os EUA terão vacinas em grandes quantidades ainda no primeiro trimestre.
Viagem de milionário
O Brasil escapou por pouco da cobrança de caução de US$15 mil (R$79 mil) de turistas de uma lista países. Os brasileiros são um dos campeões no número de turistas, alerta Daniel Toledo, especialista em migração.
Pergunta aos verificadores
Chamar de solução algo que só funciona metade das vezes é fake news?
PODER SEM PUDOR
O bicho que deu
Jornalista de economia esperava o presidente do Banco Econômico, Ângelo Calmon de Sá, atrasado para a entrevista, em Salvador. Nas publicações do banco sobre a mesa, vê o logotipo sem acento circunflexo. A sílaba tônica no “mi” gerava um “Economico”.
Terminada a entrevista, não resistiu: “O senhor não acha que não fica bem? Afinal, ‘mico’ não é coisa agradável em bancos.”
Calmon de Sá explicou rindo que, por ser banco centenário, seria grafia antiga. E garantiu, com serenidade baiana: “Não se preocupe.
Neste banco nunca vai haver ‘mico’.” Ele seria desmentido pelos fatos, anos depois, com a intervenção do Banco Central e fechamento do banco.