Sem grandes mudanças na estrutura do roteiro de humor, o programa busca inovar no elenco e nos cenários para manter algum frescor.
“Nunca sabemos exatamente o segredo do sucesso, mas sabemos que é fruto de muito trabalho, profissionais excelentes, liberdade criativa e ótimas ideias. O ‘Vai que Cola’, de certa forma, une uma fórmula antiga e super testada com um jeito novo de fazer humor. É um programa que antes de todos já era inclusivo e apostava na diversidade e no empoderamento feminino. Acho que tudo isso fez diferença”, valoriza João Fonseca, experiente diretor teatral que está à frente da temporada ao lado de Régis Faria.
“O ‘Vai que Cola’ conta com talento de ótimos comediantes que caíram nas graças da audiência”, completa Regis.
Ao contrário dos últimos anos, a nova temporada será ambientada no Leblon, bairro de bacanas na Zona Sul do Rio de Janeiro. Até 2017, a trama trazia como cenário o Méier, subúrbio de classe média do Rio. Em 2018, a história aconteceu em Praia Grande, em São Paulo, e em 2019 em Miami, nos Estados Unidos. A trupe da pensão de Dona Jô, interpretada por Catarina Abdala, viverá em um prédio da Zona Sul carioca.
“Para cada temporada pensamos em uma novidade. Isso acontece porque sabemos que o público, de um modo geral, espera por isso e gosta quando isso acontece. Nossa maior preocupação é em mantermos as características de nossos personagens e não perdemos, com as mudanças, o que mantém a família ‘Vai Que Cola’. É por essa questão que podemos inserir a ‘trupe’ em qualquer lugar: a gênese dessa família continua a mesma. O contraste dos hábitos da Zona Sul carioca com a Zona Norte é um elemento forte dos novos episódios”, adianta Regis.
As grandes novidades no elenco ficaram por conta de Maurício Manfrini e Ricardo Tozzi, que vivem Tomás e Bebeto do Vidigal, respectivamente. Manfrini, que protagonizou a série “O Dono do Lar” no Multishow, será o porteiro do prédio no Leblon e se encantará por Terezinha, de Cacau Protásio.
“Sempre acompanhei o programa, praticamente desde a primeira temporada, e pude acompanhar a evolução de todos os personagens que já passaram e que ainda estão no programa. A diferença é enorme e cada vez mais divertida. Sempre dei muita risada com o ‘Vai Que Cola’”, afirma Manfrini.
Samantha Schmütz, Marcus Majella, Pedro Monteiro, Paulinho Serra e Luís Lobianco seguem no elenco. Paulo Gustavo, um dos principais nomes do canal a cabo, faz apenas uma participação especial na temporada.
“O humor pode ser um canal de empatia, poesia, emoção. É como um abraço. O ‘Vai Que Cola’, especificamente, tem um alto teor de comicidade, é um programa de gargalhadas. E é dessa leveza que precisamos em um ano tão pesado”, defende Lobianco.
A pandemia do novo coronavírus não será citada na história. Porém, o assunto poderá ser percebido pelo público através da ausência de plateia. Pela primeira vez, o humorístico contará com totens com fotos, simulando a presença do público. Além disso, as gravações contaram com distanciamento social, uso de máscaras nos bastidores, higienização dos objetos de cena e figurinos e também constantes rodadas de testagem entre equipe e elenco.
“O protocolo de segurança exige, entre outras coisas, que haja uma distância segura entre os atores, afinal eles gravam sem máscara. Isso, obviamente, influenciou nas marcas cênicas e fez com que tivéssemos uma movimentação diferente e sem contato físico. Este contato está arraigado em nós, na forma como fomos forjados, portanto foi um trabalho de desconstrução de hábitos. De qualquer maneira, o resultado foi muito bom e encontramos uma maneira de realizar as cenas mantendo o programa divertido como sempre foi”, aponta Régis.