Chega à Netflix à quinta temporada da série americana que encontrou inspiração nas telenovelas latinas
Estilo absolutamente latino, as telenovelas são conhecidas por seus enredos dramáticos e mirabolantes, com mudanças extremas e, de certa forma, clichês. Mas exatamente por seu alcance nacional e abordagem popular, carregam em si muito estigma e preconceito. Por isso, quando a emissora de norte-americana CW anunciou em 2014 o lançamento de uma série baseada numa produção venezuelana do gênero, havia certo receio. No entanto, “Jane The Virgin” ganhou o coração dos críticos e da audiência, somando mais de 70 indicações e 19 prêmios para televisão. No Brasil, a série encontra-se no catálogo da Netflix, que recebe sua quinta e última temporada dia 6 de julho.
Sob influência de sua avó Alba, uma venezuelana extremamente religiosa, e sua mãe Xiomara (Andrea Navedo), que ficou grávida aos 16 anos, Jane Villanueva (Gina Rodrigues) decidiu que permaneceria virgem até se casar. Em um relacionamento de longo prazo com o jovem detetive Michael (Brett Dier), e prestes a concluir os estudos para se tornar professora de inglês, aos 23 anos, sua vida parecia encaminhada. No entanto, tudo muda quando Jane faz uma visita de rotina à ginecologista Luisa Alver (Yara Martinez). Acontece que a doutora, ligeiramente alcoolizada e extremamente abalada pela traição da esposa, confundiu a consulta de Jane com a de Petra (Yael Grobglas), esposa de seu irmão Rafael Solano (Justin Baldoni), dono do hotel Marbella. E, acidentalmente, inseminou artificialmente Jane em lugar de Petra.
Dessa forma, o medo que Jane tinha de engravidar antes do casamento se concretiza, mesmo ainda sendo virgem. E tudo fica ainda mais complicado quando aquilo que começou como uma inocente amizade entre ela e Rafael, tendo em vista que teriam um filho juntos, ganha um caráter romântico e se torna um impasse em sua relação com Michael. Além disso, suspeitas de que o temido criminoso Sinrosto comanda uma rede de atividades ilícitas no Marbella, somada ao retorno do pai que nunca conheceu, Rogelio de La Vega (Jaime Camil), estrela das telenovelas que tanto ama, serão constantes preocupações para Jane.
Link para o trailer de “Jane The Virgin”.
Fronteira final
Inspirada em fatos reais, “Estado Zero” é uma nova série da Netflix retrata as degradantes condições dos centros de detenção para imigrantes
Nos últimos anos, o governo australiano, de maioria conservadora, recebeu duras críticas por sua rígida política migratória, que consiste na rejeição sistemática de barcos com refugiados. Mesmo aqueles que de alguma forma conseguem chegar ao país e pedir asilo, são submetidos a “centros de detenção para imigrantes” até que seus casos sejam processados. Assim, esses indivíduos são submetidos a confinamentos prolongados, sob precárias condições sanitárias e atendimento médico escasso. Além disso, não são raros os casos de abuso de poder nessas instalações, fatos que levaram a ONU a denunciar essas instalações como desumanas e degradantes. Apesar de não faltarem críticas, a atenção nacional só se voltou para essa política quando Cornelia Rau, alemã com cidadania australiana, foi erroneamente detida por cinco meses e trouxe à tona as crueldades dessas instalações. 15 anos após o incidente, a história é adaptada pela emissora ABC em parceria com a Netflix na minissérie “Estado Zero”, com estreia marcada para 8 de julho.
Ao longo de seis episódios, a produção retrata diferentes histórias que convergem para o mesmo centro de detenção ao Sul da Austrália. Tudo começa quando Cam (Jay Courtney) aceita um trabalho como segurança na instalação que, apesar de operar contra tudo que acredita, oferece um necessário alívio financeiro. Em seu primeiro dia, chega uma mulher misteriosa (Yvonne Strahovski), extremamente instável, que alega ser uma mochileira alemã chamada Eva e busca deportação imediata. Assim como Cornelia Rau, Eva é na realidade Sophie, uma aeromoça alemã que é detida pelas autoridades ao apresentar uma identidade falsa quando tentava fugir de um perigoso culto. O caso chama atenção de outras pessoas, como o afegão Ameer (Fayssal Bazzi) e sua família, que atravessaram o Paquistão e a Indonésia com o intuito de pedir asilo na Austrália, apenas para serem detidos por tempo indeterminado. Afinal, o caso de Sophie pode ser a chance de denunciar os abusos e as péssimas condições aos quais são diariamente submetidos.
Link para o trailer de “Estado Zero”.
Guerra religiosa
A primeira temporada de “Warrior Nun”, baseada nas HQs de Bem Dunn, conta com dez episódios e chega à Netflix no dia 2 de julho
Nova série original da Netflix, "Warrior Nun" mistura o universo religioso católico com muita ação e drama. A produção de fantasia é baseada nas HQs de mesmo nome do quadrinista taiwanês-americano Ben Dunn, que criou a história em 1994. Por conta da forma como retratavam alguns temas religiosos, as HQs de estilo similar aos manás japoneses foram alvo de controvérsias desde seu lançamento. Com 10 episódios em sua primeira temporada, "Warrior Nun" chega à plataforma de streaming no dia 2 de julho.
A história começa com a morte de Ava (Alba Baptista), uma menina comum de 19 anos que viveu sua infância em um orfanato, onde sofria diversos maus tratos. Porém, em vez de morrer de fato, a protagonista acorda em um necrotério com uma estranha marca em suas costas e ameaçada por um demônio, que ela tem que matar para sobreviver. Logo, a menina descobre que não é a única com essa marca. Na verdade, existe todo um grupo, formado por freira e padres, que foram escolhidos por Deus para lutarem contra demônios que ameaçam a chegada de almas no "pós vida".
Conhecida pelo nome de Ordem da Espada Cruciforme, essa espécie de sociedade secreta trava uma batalha muito antiga do bem contra o mal. Todos os membros da ordem possuem símbolos que os concedem poderes. O de Ava, por exemplo, permite com que ela atravesse objetos sólidos. Além da protagonista, outros personagens também compõem o enredo e possuem suas próprias histórias e traumas. Dentre eles estão as freiras guerreiras Shotgun Mary (Toya Turner) e Lilith (Lorena Andrea), que vão se unir à Ava para ajudá-la nessa guerra. Ao mesmo tempo, há Jillian Salvius (Thekla Reuten), CEO de uma empresa de tecnologia e uma cientista que descobriu como fazer um portal para o Céu, ameaçando o poder do Vaticano e da religião católica em si.
Link para o trailer de “Warrior Nun”.