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REALISMO NO PAPEL

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A paixão pelo desenho transformou a vida de artista em Mato Grosso do Sul

Gildo aprendeu ainda criança o amor pelo desenho e aperfeiçou o talento com aulas pela internet

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Os traços que buscam a perfeição e o desejo de sempre evoluir caracterizam o trabalho de Gildo A. Rodrigues, 37 anos. 

O pernambucano, que cresceu em Mato Grosso do Sul e escolheu a cidade de Coxim, no interior do Estado, para viver, aprendeu desde cedo a ter carinho pela arte, que só conseguiu desenvolver na idade adulta.  

“Eu fui aqueles moleques de escola que mais rabiscavam que estudavam”, ri. 

“Desenhar, desenhar, eu não desenhava quando criança, mas fazia alguns rabiscos. Em 1998, eu comecei a trabalhar com letreiros, trabalhava com placas e letreiros comerciais, e ali eu tive mais contato com o desenho. Dependendo do comércio, pediam algum desenho”, complementa.  

Foi durante uma feira de ciências em uma escola que o universo artístico se abriu para Gildo. 

“Eu vi o desenho dele, mas não chegava a ser realista, era mais estilizado. Então eu peguei gosto. Eu tentei na época, mas não deu certo porque [eu] não tinha a técnica correta. No fim de 2013, eu montei uma casa de espetinho com a minha esposa e, quando o movimento estava fraco, eu voltei a fazer esse tipo de desenho, tentando chegar ao retrato, ainda sem muito sucesso”, conta.  

A reviravolta aconteceu em 2014, quando expôs o trabalho a partir de um projeto aprovado no Fundo de Investimentos Culturais (FIC) do governo do Estado. 

“Eu fui atrás do pessoal da Cultura, errei o endereço e conheci o Ariel Albrecht, turismólogo que acabou me indicando o FIC. Eu não sabia o que era, e ele explicou e elaborou o projeto. E, para a glória de Deus, eu fui aprovado. No projeto eu teria de expor, e eu sou muito chato com as minhas coisas e pensei que ainda não estava bom para expor”, frisa.

Interessado também por tatuagem, Gildo até tentou fazer um curso com um tatuador, mas acabou recebendo outro conselho. 

“Conheci um tatuador aqui e eu pensei em fazer um curso de tatuagem com ele. Mostrei meus desenhos, porque minha intenção era fazer retrato em tatuagem, e o tatuador me aconselhou a, em vez de fazer o curso de tatuagem, primeiro me aprofundar na área de desenho. Foi quando ele me indicou o trabalho do Charles Laveso”, relembra.  

Inspiração de Gildo, Charles Laveso é um artista brasileiro e um dos mais conhecidos na área de desenhos realistas.

 “Pesquisando, comprei uns DVDs dele antes da exposição e decidi aprender mesmo. Depois, em 2015, eu comprei um curso on-line, também do Charles, para me aprimorar mais”, conta.  

Aulas

Para Gildo, o desenho é fruto de técnica e muita prática. 

“Em 2017 e 2018, eu dei aula em duas escolas pela prefeitura de Coxim, e o pessoal ficou com pé atrás achando que as crianças não conseguiriam. Mas, é bem técnico. Tendo força de vontade, você vai embora. Eu tive experiência com alunos que já desenhavam e aqueles que não sabiam nada. No fim do curso, os que tinham um resultado melhor eram os iniciantes”, indica.  

Gildo confessa que se impressiona por ter aprendido a desenhar no estilo realista. 

“Até hoje eu sou meio bobo, eu olho meus desenhos e fico impressionado que consegui fazer isso”, afirma.

Em Coxim, atualmente o artista dá aulas em casa.

“Eu montei um estúdio no Centro de Coxim em 2018, mas nossa realidade é diferente. Os alunos começam naquele embalo, mas não conseguem entender que tem todo o processo, então, às vezes, em duas ou três aulas já querem desenhar. Eu faço o esquema da maneira que eu aprendi, as técnicas de sombreamento, quadriculado e decalque, ou seja, leva mais de um mês. Alguns ficavam desanimados. Acabou que eu tive de fechar o estúdio lá e abrir em casa, onde dou aulas e faço artesanato também”, frisa.  

Serviço – informações sobre o trabalho de Gildo podem ser obtidas pelo telefone (67) 99972-1703.

CONCURSO EM MAIO

Concurso vai escolher outra estátua da Justiça

"O que queremos é um projeto inovador capaz de unir Justiça, Direito e a cultura e regionalidade tão marcante de Mato Grosso do Sul", afirma o desembargador Sérgio Martins, presidente do TJMS, sobre a escolha da proposta para um novo monumento

23/04/2024 10h00

Instalada em 21/2/2002, a estátua de Têmis, a deusa grega da justiça, criada pelo artista Cleir, pode ou não ser substituída com o novo monumento do Fórum de Campo Grande Foto: Alex Machado

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Quem passa na esquina da Rua da Paz com a 25 de Dezembro, no Jardim dos Estados, acostumou-se a ver, em frente ao Fórum de Campo Grande, a estátua de Têmis, divindade grega que simboliza a justiça, na versão criada pelo artista Cleir. Instalado em 2002 e submetido a alguns reparos, em decorrência da ação do tempo e também de vandalismo, o monumento será substituído a partir de um novo projeto escolhido por meio de um concurso que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul vai lançar no próximo mês.

Os três primeiros colocados receberão prêmios em dinheiro – R$ 30 mil para o primeiro lugar, R$ 10 mil para o segundo e R$ 5 mil para o terceiro – e a verba a ser destinada para a execução do projeto é de R$ 100 mil.

Mas, afinal, uma outra imagem da deusa da justiça será instalada onde atualmente está a obra de Cleir? Segundo o desembargador Sérgio Fernandes Martins, presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), o que estará em disputa, na verdade, é a criatividade e artisticidade das propostas.

“Nós estamos em busca de um novo monumento, o que não quer dizer, necessariamente, uma segunda estátua da deusa da justiça. O que queremos é um projeto artístico inovador que seja capaz de unir Justiça, Direito e a cultura e regionalidade tão marcante do Mato Grosso do Sul”, afirma o desembargador.

“Objetivamente, as propostas devem vir acompanhadas de todas as informações necessárias para que sejam, realmente, executadas, como memorial descritivo, representação gráfica e indicação do material a ser utilizado, que deverá ser de baixa manutenção e alta resistência”, diz o presidente do TJMS.

“Já em uma esfera subjetiva, reforço o caráter artístico e sincrético da obra, capaz de reunir os conceitos de Justiça, cidadania, arte e cultura sul-mato-grossense”, frisa Martins.

CRITÉRIOS E COMISSÕES

As propostas serão avaliadas a partir dos seguintes critérios classificatórios: clareza na proposta, habilidade de originalidade, habilidade em relacionar a proposta com entorno imediato, habilidade em termos de formas e materiais para a execução e exequibilidade da obra.

Para cada critério, será atribuído de 1 a 20 pontos, julgados individualmente por cada membro da comissão avaliadora.

Após a avaliação individual, será realizada a soma dos pontos que deverão resultar na pontuação final do projeto, que pode ser de até 600 pontos.

“É obrigatório que o projeto selecionado obtenha, no mínimo, 70% da pontuação máxima, dada a importância simbólica e cultural do concurso”, destaca o desembargador.

“Estamos ainda trabalhando no termo de referência que conterá todas as regras do concurso. É um trabalho minucioso e que exige cautela para que consigamos o melhor resultado possível com o concurso, tanto para o Tribunal, como instituição, quanto para a sociedade, que ganhará um novo monumento público”, afirma Sérgio Fernandes Martins.

A ideia, a princípio, é que duas comissões fiquem responsáveis pela condução do concurso: a comissão organizadora, que deverá ser composta por três servidores do Tribunal de Justiça, a serem indicados pelo presidente da Casa, e a comissão avaliadora, que será composta por cinco pessoas, entre elas, juízes auxiliares da presidência do TJMS e os diretores das secretarias de Obras e de Comunicação, além de um artista de renome de Mato Grosso do Sul.

“Ainda não temos uma data definida para o lançamento, mas, no mais tardar, em maio já devemos estar com o concurso aberto”, estima o titular do Tribunal de Justiça. “O limite orçamentário para a execução do projeto, de até R$100 mil, deve ser detalhado em planilha com todos os custos envolvidos no momento da inscrição no concurso”, adianta Martins.

NADA DE CONCRETO

Uma série de questões relacionadas ao novo monumento ficará a critério dos artistas proponentes. Perfil ou estilo do trabalho a ser apresentado, os materiais que poderão ser empregados na confecção, técnicas, volumetria, filiações estéticas, etc. Tudo isso vai depender de quem se habilitar à empreitada artística.

“Tudo vai depender da criatividade dos artistas e dos projetos inscritos. O que podemos adiantar é que o material usado deverá ter alta durabilidade, considerando que o monumento será instalado ao ar livre. Nisso, já podemos excluir obras com concreto, materiais cimentícios, plásticos e gesso, por exemplo. Quanto às dimensões, por ser uma obra que ficará na fachada do edifício do Fórum da Capital, um prédio grande no centro da cidade, estipulamos algo em torno de quatro metros de altura e dois de largura”, diz o magistrado.

INSPIRAÇÃO

E quanto à expectativa do presidente em relação ao que a nova obra deverá despertar no público? “Inspiração”, afirma Sérgio Fernandes Martins.

“Acredito que uma das funções de obras artísticas é exatamente essa. Quem se depara com um monumento se sente compelido a olhá-lo, desvendá-lo e perceber o que ele causa em si mesmo. Esperamos, porém, que o monumento em frente ao Fórum inspire os cidadãos na busca pela Justiça, na confiança no Poder Judiciário”, diz o desembargador.

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Confira a coluna Diálogo na íntegra, desta terça-feira, 23 de abril de 2024

Por Ester Figueiredo ([email protected])

23/04/2024 00h01

Diálogo Foto: Arquivo / Correio do Estado

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Honoré de Balzac - escritor francês

Muitos homens têm um orgulho 
que os leva a ocultar os seus combates 
e apenas a mostrarem-se vitoriosos”.

FELPUDA

Áudio que circulou nas redes sociais traz ataque a deputado federal por parte de figurinha que não gostou do voto que este deu em decisão polêmica. O irritado defensor da moral e bons costumes dá seu nome e endereço para um confronto pessoal se o parlamentar quiser “tirar a diferença”. Quem ouviu achou o rompante hilário, para não dizer outra coisa, pois todos conhecem a figura, que há muito não é levada a sério. Ela é considerada, como diria vovó, protagonista de comédia bufa.

E assim caminha a humanidade...

Rega-bofe

O deputado federal Beto Pereira, pré-candidato a prefeito de Campo Grande, promoveu almoço para os vereadores que, 
em tese, vão lhe dar apoio na disputa eleitoral.

Mais

Além dos pratos do cardápio, para “prender pelo estômago” os convivas, outro ingrediente foi a conversa sobre política. 
Dos hoje 28 vereadores, participaram 13. Já os outros 16...

No dia 19, as advogadas Carolina Centeno e Priscila Arraes Reino, do Arraes e Centeno Advocacia, receberam, em São Paulo, o Prêmio Melhores Escritórios Digitais do Brasil, na categoria “YouTube”. 

Foi o reconhecimento nacional ao trabalho que elas exercem nas áreas previdenciária e trabalhista. O Canal do Direito Trabalhista e Previdenciário do escritório, localizado em Campo Grande, foi criado em agosto de 2019, no YouTube, e tem 
mais de 660 mil inscritos, com 1,2 mil vídeos e lives. Esta foi a segunda edição do prêmio, que teve a participação de mais de 800 escritórios de advocacia.

Eduardo Riedel e Carlos Alberto Coimbra
Juliette

Xadrez

O time para trabalhar pela reeleição da prefeita Adriane Lopes continua sendo fortalecido por integrantes do grupo político da senadora Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, a mais expressiva liderança do PP. A nomeação de Ademar Silva Júnior para a Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro), um dos seus braços direitos, mostra que a parlamentar está movendo as peças no tabuleiro para a campanha eleitoral que se aproxima.

Peças

O novo titular da Sidagro veio somar forças com Marco Santullo, presidente do PP, também pessoa de confiança da senadora, que responde pela Secretaria de Governo de Adriane Lopes. Ambos são tarimbados nas articulações políticas e podem aglutinar apoio partidário, assim como econômico, inclusive do agronegócio, ao projeto de tentar reeleger a prefeita. 
Os dois seriam peças chaves, que até então estavam faltando na estratégia do PP para Campo Grande.

Esperança

A prefeita Adriane Lopes afasta-se cada vez mais do PT e a recíproca é verdadeira na disputa da reeleição. Sua participação 
no ato pró-Bolsonaro do dia 22 agigantou o abismo que separa as duas agremiações. Ela tenta ter o apoio do ex-presidente no primeiro turno. Não conseguindo, mas indo para a nova fase do pleito, espera obtê-lo. 

Aniversariantes

Dr. Sérgio Luiz Reis Furlani, 
Maria Teresa de Mendonça Casadei,
Ricardo Augusto Bacha, 
Liliane Gobbo, 
Rodrigo Rezek Pereira, 
Guisela Thaler Martini, 
Georges Mansour Hage, 
Derlis Ariel Gonçalves,
Bernardino Fernandes,
Edison dos Santos Barbosa,
Fernando Alves Bittencourt,
Johnny Vilalba de Matos,
Laura Cristina Moraes de Almeida,
Fernando Augusto de Araujo Nogueira,
Heloisa Vargas Fernandes,
Jorge Pereira de Castro,
Luiz Pascoal Anholeto,
Nelson Coelho Pina,
Lázaro Ortega Silva,
Daniel Oliveira da Conceição, 
Joanil Massister Benites,
Marcio de Campos Widal,
Marley Pettengill Galvão Serra, 
Jorge Luiz Rodrigues Noronha, 
Maria da Conceição Ribeiro Paraguassu,
Cândida Tavares de Souza Figueiró, 
Arnaldo Villas, 
Martim Vaz, 
Kelson Carvalho,
Jorge da Costa Marques,
Marcos Zambeli da Silva,
Adelina Rosa de Lima Tognini,
Flávio Rosemberg de Matos,
Vicente Jacques Monteiro Leite,
Terezinha Cândido Sobral Amaducci,
Jorge Pereira Vieira,
Mônica Aparecida Alves de Souza,
João Granjeira de Freitas,
Sulamirtes Rodrigues Galvão,
Otávio Almeida Loureiro,
Antonio Menezes de Souza,
Danielle Gutierrez Jacob,
Álvaro Vareiro,
Dra. Ana Beatriz Sperb Wanderley Marcos,
Lúcia Satiko Nakaiama,
Matheus Bambil de Almeida, Alcides Moreira dos Santos Júnior,
Altamiro de Souza,
Milton Ijudi Ekamoto,
Roseli Araújo de Matos Machado,
Taiãna Aparecida Alves,
Nilce Helena de Moraes,
Benedita da Silva Saraiva,
Adnair Dias da Silva Viana,
Ronald Ferreira de Novaes,
Cristiane Miranda Mônaco, 
Eva Selanir Blanco Braga,
Luciene Machado,
Maria Rita da Costa Assis,
Maria Claudia Machado,
Edson Mário de Souza Alves,
Gustavo Adolpho Bianchi Ferraris, 
Ana Maria Flôres de Almeida,
Geraldo Inácio da Silva,
Mário Sérgio Nantes,
Elisabeth Cristina Sisti, 
Moacyr Arantes Sobrinho,
Fred Alexandre dos Santos Silva,
João Lúcio Mendes da Silva,
Karla Ferreira de Souza,
Maria Emília Borges de Matos,
João Augusto Moraes Machado,
Marisa Barbosa Ferreira,
Edson Rufino Martins Neto,
Osvaldo Pereira da Silva,
Renato Ferreira da Silva,
Jairo de Oliveira,
Edith Fernandes Xavier,
Alisson Nelicio Cirilo Campos,
Júlio Augusto de Melo,
Ana Lourdes Diniz,
Laurita Zorrom Cavalcanti,
Orminda Rosa Rolim,
Sônia Inês de Oliveira Peralta Santana,
Renato Martins Neder, 
Karina Dalla Pria Balejo, 
Elizabete Tsuco Nakasone, 
Dra. Silvia Hiromi Nakashita,
Zeno Martins Gazote, 
Dr. Celso Jorge Cordoba Mendonça,
Denise Garcia Sakae, 
Ivan Jorge Gomes Ferro, 
Jorge Leite de Almeida,
Marlene Veigas Escobar,
Clayton Espinola Correa,
Sérgio Augusto Monteiro Pinheiro,
Isaac Duarte de Barros Junior,
Melissa Nunes Romero Echeverria,
Arno Knoch, 
Carlos Eduardo Girão de Arruda, 
Adalberto Luiz Reichert, 
Leonardo Menegucci, 
Melissa Murad Soares, 
Leandro José Guerra,
Saulo Roberto Mioto da Costa, 
Anibal Rodrigues Escobar,
Rogério Brandão de Carvalho.

Colaborou Tatyane Gameiro

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