Na primeira vez que o jornalista Kleomar Carneiro, 33 anos, foi para Assunção, no Paraguai, ele imaginou uma capital mais semelhante ao lado fronteiriço do país, que faz divisa com Mato Grosso do Sul. “Eu não fui esperando uma grande cidade. Pensei que fosse uma versão maior de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, mas logo na primeira impressão eu percebi que era uma cidade bem diferente.
Distante de Campo Grande cerca de 750 km, Assunção, no Paraguai, é um dos destinos internacionais mais baratos para os moradores de Mato Grosso do Sul. Uma passagem de ônibus para a cidade tem um valor de R$ 180,00. “Os ônibus saem de Campo Grande e param em Ponta Porã, onde você precisa descer na imigração. Normalmente eles pedem os documentos, mas a última vez que eu fui também solicitaram a carteira de vacinação; pediram por causa da vacina de febre amarela”, explica.
Kleomar viajou a primeira vez ao lado da namorada, Hannah de Moliner, mas já conseguiu levar outros amigos na empreitada pelo país vizinho. “Eu já fui umas seis vezes para Assunção. A primeira foi durante um feriado de Carnaval. Nós não somos muito de curtir Carnaval, então decidimos viajar. Foi bom porque é relativamente barato. Depois, por causa de compromissos de trabalho, eu consegui”, ressalta.
Transporte
O jornalista também já cruzou a fronteira de carro, o que para ele compensa mais do que a viagem de ônibus. “Gastamos em média R$ 450 reais de gasolina, ida e volta, e estávamos em quatro pessoas, então o valor ficou bem baixo. A vantagem é que você tem liberdade para andar na cidade. Os pontos de ônibus não são sinalizados igual no Brasil, então para descobrir como chegar em determinado local só pedindo informação. O táxi é uma opção, mas pode não ficar muito barato se você estiver sozinho ou em casal”, ressalta.
Para chegar a Assunção, existem três pedágios. “Dá uns cinco mil guaranis, em média”. E, caso a ideia seja ir de carro, é preciso adquirir um seguro Carta Verde, obrigatório para as viagens internacionais.
Inusitado
Nas viagens que o jornalista faz, não podem faltar opções históricas e artísticas, por isso Assunção foi uma grata surpresa ao revelar locais interessantes e inusitados, como o Musa Museo de Sillas, um espaço que reúne mais de 500 cadeiras de épocas diferentes. “Eles contam a história da cadeira, do designer. É um local bem curioso e, na hora que fomos, não tinha praticamente ninguém. São cinco andares; a visita é guiada e os guias são bem pacientes com quem não fala a língua tão bem”, elogia. Ainda é possível levar uma das cadeiras em miniatura no fim da visita. “No finalzinho do passeio, tinha uma lojinha que era bem legal, com miniaturas. Compramos uma cadeira Mackintosh”, conta.
Culinária
Para o jornalista, a culinária local também foi uma surpresa. “Tem pratos que nós conhecemos pela proximidade com a fronteira, como a sopa paraguaia ou a chipa, mas tem umas variações dessas receitas na cidade. Nós fomos em um restaurante chamado Pakuri, que ele tinha essa questão da gastronomia tradicional, mas em uma versão contemporânea”, indica.