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‘Bêbado e habilidoso’, bluseiro de Campo Grande receberá homenagem

‘Bêbado e habilidoso’, bluseiro de Campo Grande receberá homenagem

Danielle Valentim

20/08/2015 - 13h13
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O músico Renato Fernandes fez história em Mato Grosso do Sul e nos anos 90, à frente da Blues Band, se tornou o primeiro ídolo bluseiro de Campo Grande. A cada edição o Festival América do Sul Pantanal (FASP) escolhe personalidades,  que se destacam e contribuem de alguma forma para o desenvolvimento da cultura e da arte. Em 2015, na 12° edição do FASP  vai homenagear o bluseiro Renato Fernandes e o poeta e matemático chileno Nicanor Segundo Parra Sandoval.

Ainda na Blues Band, Renato compunha letras de blues em português como poucos no País. Décadas depois, já no Bêbados Habilidosos, foi o frontman mais cultuado do Estado. Em fevereiro desse ano, o coração de Renato Fernandes deixou de bater mas, ele continua vivo através de canções como “Amigos de Copo”, “Mutantes”, “Rio de Whisky”, “Blues da Solidão”, cantadas em coro por plateias que têm as músicas dele como hinos.

O músico Márcio de Camillo, um dos curadores do Festival América do Sul Pantanal, ressalta a importância de Renato Fernandes dentro do cenário musical brasileiro. “ Renato conquistou fãs nacionalmente , suas canções viraram clássicos  por terem uma poesia além do normal. “  Renato Fernandes era considerado o mais rebeldes dos músicos sul-mato-grossenses . Rebeldia, segundo Márcio, estampada no seu modo de vida, típico de um bluseiro.

Diálogo

Martelo já teria sido batido envolvendo as partes interessadas no promisso... Leia na coluna de hoje

Confira a coluna Diálogo desta terça-feira (11)

11/11/2025 00h01

Diálogo

Diálogo Foto: Arquivo / Correio do Estado

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Martha Medeiros - escritora brasileira

Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade”.

Felpuda

Martelo já teria sido batido envolvendo as partes interessadas no promissor negócio político. Concessões de um lado, benefícios de outro, e a conversa teria fluído como nunca antes foi sequer imaginado. Com isso, discursos estão sendo mudados, encontros, agendados e sorrisos, mais constantes. Há quem garanta que o famoso “chega pra cá” seria o afago responsável para deixar os ditos-cujos mais felizes do que crianças em loja de brinquedos e, por isso, dado a ordem unida para figurinha “vestir a farda” e entrar na fila.

Pijama

Nesta quinta-feira, o conselheiro do Tribunal de Contas de MS Jerson Domingos se aposenta. Ele assumiu o cargo em janeiro de 2015, tendo sido vice-presidente e presidente da Corte.

Mais

Deixando o cargo, não descarta voltar ao cenário político em 2026, disputando uma das vagas de deputado estadual. Na Assembleia Legislativa de MS, foi presidente por quatro vezes.

Diálogo

O Clube do Laço Comprido (CLC) está divulgando a temporada 2026 do Laço Comprido, o “primeiro campeonato em quarteto anual da modalidade amazonas”. O evento inédito e oficial reunirá as melhores amazonas de todo o País, terá vagas limitadas e mais de R$ 13 mil em premiação, por etapa. O campeonato contará com o mínimo de 10 quartetos, que disputarão em dupla de ponta, com soma dos pontos da capitã e da segunda da equipe. Já a terceira e a quarta componentes formarão a segunda dupla do quarteto. As amazonas também concorrerão à melhor pontuação individual feminina, que será aberta para as integrantes dos quartetos e das categorias de base. Mais informações pelo (67) 99926-0188.

Diálogo Paulo Corrêa e Adriana Corrêa

 

DiálogoSarah Vasconcellos

"Bastão"

O ex-secretário Sérgio de Paula participou de confraternização reunindo seu grupo para se despedir da atuação político-partidária, que é proibida para conselheiros de Tribunais de Contas. Na oportunidade, ele teria deixado claro que estava “passando o bastão” para o secretário da Casa Civil, Walter Carneiro Júnior, que hoje é o homem forte nas estratégias políticas do governo de Eduardo Riedel e nas do ex-governador Reinaldo Azambuja.

Do time

A indicação do secretário-executivo de Políticas Institucionais do Interior, Éder Uilson França Lima (Tuta), para ser secretário-adjunto na Casa Civil reuniu amplo apoio, incluindo o do futuro conselheiro do Tribunal de Contas de MS, Sérgio de Paula. O escolhido para atuar em uma das mais importantes secretarias da administração estadual já esteve na mesma posição quando De Paula respondia pelo órgão. O assessor especial do governo, Tiago Mariano, por sua vez, assumirá o lugar de Tuta.

Linha de frente

O novo secretário-adjunto da Casa Civil tem histórico político conhecido. Entre outras atuações, foi prefeito de Ivinhema por dois mandatos. É considerado como de grande trânsito entre os prefeitos e outras lideranças dos municípios. Com isso, o governador Riedel fortalece a área política de sua administração, respaldado ainda pela atuação do vice-governador Barbosinha.

ANIVERSARIANTES

Nicomedes da Silva Filho
Miriam da Rocha Paliarin
Altamir Dias Duarte
Paola Braga Meneguzzo
Silvio Zaccur Haddad
Celso Marlei dos Santos
Diego Vareiro Leonardo da Costa
Ricardo Cruz Miranda
Daniel Rossi
Elza Arakaki Rabelo
Valdice Lopes de Oliveira
Doralice Trindade de Araújo
Maria de Lourdes Dionisio Morishita
Isabel Miranda da Silva
Klayton Espirito Santo Cruz
Djalma Garcia Gomes
Jovina dos Santos
Ricardo Youssef Ibrahim
Adriano de Souza Campos
Luis Henrique Luft
Manoel Benedito Gomes
Melissa Pinheiro Teodoro Ayach
Marina Maiolino de Carvalho
Dr. Fábio Roggia
Yane Karoline Haselhorst de Oliveira
Humberto de Mello Pereira
Flávia Laís de Araujo Alarcon
Dra. Elaine Cristina Cela
Luiza Oshiro
Alfredo Tavares Campos
Lydia Cox
Santiago Florentin
Jéssica Mayara da Silva Mira
Elza Nakazato
Aral Assumpção Barros
Lara Bakargy de Morais
Sônia Maria de Andrade
Nélio da Cunha Rosa
Adelson Luiz Klem
Nair Leite Tomás
Vânia Regina Cunha de Almeida
Cícero Inácio Barbosa
Lindinaura Aparecida Costa Cardoso
Dr. Marcelo Vargas Lopes
Marco Antônio Toshiaki Endo
Kabril Yussef
Fernando de Jesus Corrêa
Salma Saffe de Souza
José de Almeida Lopes
Mônica de Freitas
Samir José Irabi
Elidio Telles de Oliveira
Lucila de Almeida Gomes
Paulo Henrique Monteiro
Valdomiro Luiz Martins
Ilma Vieira Leite
Elaine Maria de Souza
Thomé Aquino Bandeira
Gyslaine Almeida Gomes
Valéria Xavier Barbosa
Norma Gomes Chita
Edson Luis Santiane
Gastão Luiz Scheerem
Maria Vilma Lima de Andrade
Nilson Milton Ribeiro Filho
Leodir Carraro
Ana Pasa Lorenzoni
Lia Massuda
Laura Cristina Taveira Higa
Walter dos Santos Pereira
José Leomar Gonçalves
Norma Assano
Ruth Domingos de Araújo
Kelly Cristina Gomes dos Santos
Jarbas Paim Barcellos
Delza de Souza Carvalho
Denise Pavarine de Sá Campos
Maria Aparecida Fiorin
Luis Gresele
Dóris Soares de Sena Madureira
Jorge Cafure Júnior
Juliana da Silva Agostini
Karime Xavier Chabel
André Mariani
Mário da Silva Cebalho
Antonio Lopes Sobrinho
Joel de Brito Gonçalves
Caroline Dancs de Proença Volce
Edleusa Bastos Cardoso Rodrigues
Dra. Jacinta Inês Gehling
Fabiano Rodeline Coquetti
Fátima Nobrega Coelho
José Alberto Machado de Carvalho Filho
Patrícia Teodoro Pinto de Castro
Ricardo de Barros Rondon Kassar
Daniela Codarin Maiolino Calvano
Cristiane Nazar Salles Moura
Joseane Robistein Schumaher
Marlene Pereira Petelin Berto
Clóvis Cerzósimo de Souza Neto
Nilza da Silva Gomes
Danilo Nunes Nogueira
Karin Biruez Cantero
Eloir Prestes Simon
Milton Akito Kuwabara
Emilly Caroline Morais Félix de Oliveira
Liane Lopes

*Colaborou Tatyane Gameiro

 

INFÂNCIA ROUBADA

IBGE aponta que 34 mil crianças entre 10 e 14 anos vivem em união conjugal no País

Segundo especialista, vulnerabilidade social, violência, adultização precoce e ausência de políticas de proteção estão entre os principais motivos que expõem os jovens ao fenômeno

10/11/2025 09h30

Educação sexual é fundamental para que a criança possa entender experiências que devem ser naturais e não precocemente estimuladas

Educação sexual é fundamental para que a criança possa entender experiências que devem ser naturais e não precocemente estimuladas Freepik

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O Censo 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que mais de 34 mil pessoas entre 10 e 14 anos vivem algum tipo de união conjugal no Brasil.

O levantamento mostra ainda que, entre jovens de 10 a 19 anos, mais de 1 milhão de pessoas vivem como casadas, a maioria em uniões informais. Desse grupo de 10 a 14 anos, quase 8 em cada 10 (77%) são mulheres, segundo o IBGE.

O instituto ressalta que os números se baseiam em autodeclarações dos moradores e não representam comprovação legal das uniões. As respostas podem refletir percepções pessoais ou erros de preenchimento.

Embora o casamento civil com menores de 16 anos seja proibido desde 2019, os números apontam para uma realidade ainda marcada pela desigualdade e pela adultização precoce de meninas em situação de vulnerabilidade social, segundo a psicóloga Rafaela Schiavo.

“As infâncias brasileiras são muito diferentes entre si. Enquanto algumas crianças vivem o brincar e o cuidado protegido, outras, desde cedo, assumem responsabilidades adultas, cuidam de irmãos, limpam a casa, fazem comida. São meninas que deixam de ser crianças porque precisam sobreviver”, analisa Rafaela, que é psicóloga perinatal, profissional que, entre outras especialidades, dedica-se ao estudo e a orientações sobre planejamento familiar.

Rafaela lembra que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) garante o direito de brincar, estudar e ser cuidada, princípios que ainda não alcançam grande parte das crianças brasileiras.

“A infância é uma fase protegida por lei, mas que na prática ainda é negada a milhões”, destaca a especialista.

INFÂNCIA INTERROMPIDA

Para Rafaela, o fenômeno reflete as condições de vida em comunidades marcadas pela escassez e pela falta de acesso a políticas públicas.

“É comum que meninas muito novas passem a desempenhar papéis de cuidadoras para que as mães possam trabalhar. Elas crescem em um ambiente em que a infância é substituída pela necessidade de sustentar o lar, o que as coloca em um processo de amadurecimento forçado”, explica Rafaela, que está à frente de um instituto, em São Paulo, de qualificação em Psicologia Perinatal e Parentalidade.

A especialista destaca que o dado do Censo não deve ser interpretado de forma homogênea.

“Não estamos falando da mesma adolescência vivida por jovens de classe média. Em regiões marcadas pela vulnerabilidade social, há meninas de 10 anos que já cuidam de irmãos e da casa desde os 7 anos. Essa realidade precisa ser entendida dentro do contexto social e histórico em que está inserida”, pontua.

FUGA DA VIOLÊNCIA

Em muitos casos, as uniões precoces surgem como tentativas de escapar de ambientes violentos, observa Rafaela Schiavo.

“Há meninas que sofrem abuso sexual dentro de casa e veem em uma relação com um homem mais velho uma saída possível. Não é uma escolha consciente, é uma forma de buscar menos dor, ainda que isso também representa outro tipo de violência”, afirma.

Segundo a psicóloga, a cognição de uma criança de 10 a 14 anos ainda não está desenvolvida o suficiente para decisões dessa natureza.

“Antes dos 15 anos, o cérebro ainda está em formação. Falta maturidade cognitiva e emocional para avaliar riscos, prever consequências e fazer escolhas complexas. Essas meninas não decidem, elas reagem ao contexto em que vivem”, complementa.

Rafaela observa que, ao sair de um lar violento para viver uma união precoce, muitas meninas continuam expostas a novas formas de violência.

“Muitas deixam a escola, engravidam e tornam-se as principais responsáveis pela casa e pelo filho. Quando o relacionamento termina, ficam ainda mais vulneráveis, sem rede de apoio, sem renda e sem estudo. É a repetição de um ciclo de exclusão que atinge gerações”, alerta.

EDUCAÇÃO E PREVENÇÃO

Rafaela defende que romper esse ciclo exige políticas públicas voltadas à parentalidade e ao fortalecimento familiar.

“Essas uniões geralmente acontecem em lares afetados por múltiplas violências, uso de drogas, desemprego, negligência, abuso. Intervir apenas na consequência é ineficaz. Precisamos de programas estruturados de educação parental, que ensinem boas práticas de cuidado e ajudem os pais a desenvolver competências socioemocionais para criar seus filhos”, afirma.

A psicóloga explica que iniciativas desse tipo deveriam rastrear famílias em situação de risco e oferecer acompanhamento contínuo.

“Projetos que avaliam o perfil parental, orientam mudanças de comportamento e mostram como isso reflete em um futuro melhor para os filhos são o caminho para quebrar o ciclo da vulnerabilidade social”, aponta.

Experiências isoladas de universidades e organizações sociais, de acordo com a especialista, já promovem esse tipo de ação. Rafaela reforça, porém, que o País ainda precisa avançar.

“O Brasil tem caminhado em temas da perinatalidade, período que precede e sucede imediatamente o nascimento, mas precisamos evoluir também na parentalidade. Entender que cuidar dos pais é uma forma de proteger as crianças. Isso é investir no futuro”, afirma.

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