Correio B

COMEMORAÇÃO

Caetano Veloso reúne amigos
famosos em festa de aniversário

Caetano Veloso reúne amigos
famosos em festa de aniversário

Folhapress

09/08/2017 - 14h51
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Um dia após completar 75 anos, Caetano Veloso reuniu amigos em seu apartamento no bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro (RJ). Anfitrião e convidados mostraram cliques da festa, que aconteceu nesta terça (8), nas redes sociais.

Preta Gil, Anitta, Thiaguinho, Paulo Gustavo e Bruno Gagliasso estavam entre os presentes. Mariana Ximenes, Regina Casé, Alcione, Baby do Brasil, Glória Maria, Gal Costa e Fernanda Montenegro também compareceram.

De acordo com os registros divulgados no Instagram, uma roda de samba foi formada e, ao centro, Alcione cantou e dançou.

O presidente honorário da Mangueira, Nelson Sargento, presenteou o aniversariante com um quadro.
Até a panamense Erika Ender, que compôs "Despacito" com porto-riquenho Luis Fonsi esteve na festa que ainda contou com a presença de políticos como o senador Randolfe Rodrigues (REDE) e o deputado Chico Alencar (PSOL).

A casa de Caetano, onde o músico mora com a mulher e empresária Paula Lavigne, 41, tem sido aberta para jantares com atores, músicos e políticos.

FOLIA NA PRAÇA

Cordão Valu realizará evento pré-Carnaval com seis atrações musicais

Uma conversa sobre carnaval, preconceito e representatividade com Silvana Valu, professora Bartô e Vovô do Ilê, presidente do bloco afro-baiano, além de homenagens ao Grupo TEZ e o Ilê Aiyê

06/02/2025 10h00

Em cima, professora Bartô, Silvana Valu e Angelique; em baixo, Escola de Samba Igrejinha, Vovô llê e Chokito

Em cima, professora Bartô, Silvana Valu e Angelique; em baixo, Escola de Samba Igrejinha, Vovô llê e Chokito Foto: Montagem

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Depois de movimentar a Praça Coophafé, no domingo passado, durante a oitava edição da Feira Borogodó, o Cordão Valu realizará mais um evento pré-carnaval amanhã, na Praça do Rádio, a partir das 18h, com seis atrações musicais e um tributo ao Grupo TEZ – Trabalho e Estudos Zumbi e ao Ilê Aiyê, o primeiro bloco afro da Bahia, que completa 50 anos em 2025.

A festa de amanhã, com acesso gratuito, contará com ritmistas da Absoluta, a bateria da Igrejinha, além de passistas e outros integrantes da escola de samba; o cantor Chokito, do grupo Pagode do Tadeu, e mais três atrações para uma participação especial: Angelique, Silveira e Marta Cel.

“Será uma festa muito alegre, com muito samba, muito axé, pro pessoal cair na folia”, promete Silvana Valu, uma das fundadoras do tradicional cordão carnavalesco da Capital, criado em 2006.

Com Ilê Aiyê, que será representado por seu presidente e fundador Antônio Carlos dos Santos Vovô, o Vovô do Ilê, o Grupo TEZ, criado há quatro décadas em Campo Grande, com uma trajetória pioneira no combate ao racismo que extrapola Mato Grosso do Sul, também será homenageado pelo Valu no carnaval deste ano. 

Acompanhe a seguir os melhores momentos da entrevista exclusiva para o Correio B com Silvana Valu e a pedagoga Bartolina Ramalho Catanante, carinhosamente conhecida como professora Bartô, presidente do TEZ. As duas são presenças confirmadas no evento de amanhã ao lado de Vovô do Ilê.

RECONHECIMENTO

“Estamos preparando um evento especial com muito carinho, porque estamos homenageando os 50 anos do Ilê Aiyê, primeiro bloco afro do Brasil, pela sua resistência, pela sua força e por tudo que representa dentro do movimento negro e da cultura afro para o nosso país. E, daqui, estamos homenageando o TEZ, que é um grupo de grande importância e relevância para o combate ao racismo em MS”, confirma Silvana. 

“Essas duas instituições serão homenageadas, com a presença do Vovô do Ilê, que vem e é fundador e presidente do Ilê. Será uma grande homenagem para eles. É dentro dessa temática que vamos levar o nosso evento. Vamos ter várias atrações, convidados, com muito samba, muito axé, a bateria da Escola de Samba Igrejinha. Uma festa muito alegre, com várias bandas, pro pessoal cair na folia”, diz a presidente do Valu.

“Para o TEZ, penso que é reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo grupo, principalmente relacionado à cultura. Porque durante o início do Valu, o Grupo Tez também abrigou e deu apoio ao Cordão [Valu] de uma forma irrestrita, participando das atividades e fazendo uma série de coisas. E mais ainda: é o tempo de reconhecimento. São 40 anos de luta, de trabalho efetivo a favor do combate ao racismo, ao preconceito racial, à discriminação”, afirma professora Bartô.

MAIS FESTA

“Sei que está todo mundo com muita saudade do Carnaval já. Afinal de contas, já é fevereiro, e em fevereiro tem que ter Carnaval, né? Nos dias de Carnaval, o Cordão Valu vai sair na Esplanada mesmo. No dia 15/2, teremos uma roda de samba, um pré-carnaval, na quadra da Igrejinha. Esperamos todo mundo. A festa é de graça. É só chegar e cair na alegria, na folia”, antecipa Silvana.

LEI

“Ao fazer 40 anos, o Grupo TEZ também tem o que celebrar. Porque, nesse intervalo de tempo, as ações de colaboração e incentivo às políticas públicas foram significativas em Mato Grosso do Sul e no Brasil. Por exemplo, a lei que combate o racismo na escola foi proposta por um dos membros do Grupo TEZ quando deputado federal [Ben-Hur Ferreira], que é a Lei nº 10.639, de 2003. Então, o TEZ também tem o que celebrar, porque a sua política interfere nos rumos da sociedade sul-mato-grossense e brasileira”, avalia professora Bartô.

AFIRMAÇÃO

“E culturalmente, o Grupo TEZ tem influído decisivamente na afirmação da identidade do povo negro. Uma das ações que repercutiram, deram também uma identidade ao Grupo TEZ, foram as suas sessões de estudo, de formação, tanto com o grupo internamente quanto externamente, formando professores e estudantes para concorrerem à Educação Superior e à pós-graduação”, prossegue Bartô, que é pedagoga e pós-doutora em Educação.

“O TEZ foi responsável por elaborar o primeiro curso pré-vestibular de MS, que funcionou por 10 anos de forma ininterrupta e exportando ali um modelo, tanto para a Universidade Federal [de MS], que foi uma das nossas ‘tezianas’, que desenvolveu a coordenação, quanto para a Secretaria de Estado de Educação. Também foi um dos ‘tezianos’ que implantou lá. Se chamava Curso Pré-Vestibular Milton Santos”, diz a educadora e militante.

CARNAVAL DE CAMPO GRANDE

“O carnaval é uma festa extremamente democrática, em que cabem todas as etnias, todas as cores, todas as classes. Então, assim, o que nós temos no carnaval de Campo Grande é essa mistura, que é riquíssima dentro do nosso país. A contribuição dos negros sempre foi muito importante no carnaval. Pegamos, por exemplo, a Tia Eva. A Escola de Samba Igrejinha nasce dessa contribuição tão importante para a nossa cultura, que é ali, a região da Tia Eva.

Em várias outras escolas de samba, nós sempre tivemos a cultura afro e a cultura negra muito presente e importante para todos nós. Isso vai se destacando cada vez mais. Hoje, nós temos um bloco afro, o Farofa com Dendê, o primeiro bloco afro de Campo Grande intitulado dessa forma, o que é muito importante para que a gente possa continuar essa discussão. Inclusive, Tadeu, do Pagode do Tadeu, que é uma das atrações, faz parte do Farofa.

Para a festa de carnaval de Campo Grande e do Brasil, a cultura afro e a cultura negra sempre foram primordiais. O samba e todos esses elementos riquíssimos que nós temos na nossa cultura vêm da cultura negra, é contribuição deles para essa cultura que a gente tem tão forte no nosso país. Sempre foi muito importante e primordial para a festa”.

(Silvana Valu)

RACISMO ESTRUTURAL

“Hoje, temos o chamado racismo estrutural, que é uma forma pela qual a sociedade pratica o racismo e acha que é natural, comum, se comportar dessa forma. Uma das coisas é você pensar que uma pessoa negra jamais pode ocupar cargos elevados, tanto na política quanto na hierarquia social, com profissões melhores hierarquizadas, tais como medicina, chefias, tanto no governo quanto fora do governo. 

Esse é um tipo de racismo estrutural que naturaliza o preconceito e a discriminação. Esse seria o primeiro. No segundo, temos uma forma ainda muito excludente de manter a sociedade fora do acesso de bens sociais de consumo. Permanecemos com um grande nível de população negra à margem da sociedade, do processo econômico, sem contar que a população negra tem sido dizimada. Nossos jovens, meninos negros, são mortos diuturnamente, ou pelo Estado ou por outras facções da sociedade civil. O que a gente observa é que existe uma dizimação”.

(Professora Bartô)

SER NEGÃO

“Em Campo Grande, temos uma das sociedades mais conservadoras, de direita, preconceituosa. Então, com certeza, essa questão da identidade negra local também é vista sob muito preconceito. Temos o grande desafio de colocar a cultura e a identidade negra no dia a dia da sociedade campo-grandense e de Mato Grosso do Sul. Apesar de a pessoa negra estar na base do desenvolvimento econômico de Campo Grande e de MS, temos muita dificuldade de perceber esse reconhecimento pela identidade negra local, mas nossos desafios vão sendo vencidos a cada evento.

Por exemplo, essa homenagem do Cordão Valu ao Grupo TEZ visa, justamente, quebrar esse preconceito, marcar a questão da identidade negra e dizer que, sim, Campo Grande tem negros. E que há 40 anos tem feito a diferença, tanto na cidade quanto no Estado. Ser negão é legal, negro é bonito. É essa a nossa identidade, com o seu cabelo, com os seus lábios, com a sua cor, com o seu corpo político nessa sociedade campo-grandense”.

(Professora Bartô)

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CENTENÁRIO

Feira Central completará 100 anos em 2025 com criação de canal digital

Ideia é levar tradição para outras multidões por meio dos canais de comunicação, ampliando o alcance das histórias e essências patrimoniais do local

06/02/2025 09h15

Feira Central completa 100 anos em maio

Feira Central completa 100 anos em maio GERSON OLIVEIRA

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Feira Central, popularmente conhecida como “feirona”, ponto turístico gastronômico de Campo Grande, completará 100 anos em 4 de maio de 2025.

Como forma de comemoração, eventos gastronômicos, culturais, turísticos e esportivos marcarão o centenário da feira mais famosa de Mato Grosso do Sul. Serão quatro meses de festa, com início em 15 de abril.

Festival do Peixe e Festival do Sobá serão alguns dos eventos que farão parte da programação especial de aniversário.

O objetivo é compartilhar e estender a cultura campo-grandense e japonesa, que se reuniram ao longo de 10 décadas.

A novidade para este ano é a criação de um canal digital que contará a história da Feira Central através de transmissões ao vivo e conteúdos multimídia.

A ideia é levar a tradição para outras multidões por meio dos canais de comunicação, ampliando o alcance das histórias e essências patrimoniais.

Reunião, realizada nesta terça-feira (4), definiu os detalhes finais da programação de aniversário da Feira Central, com a presença de representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-MS), Turismo de Aventura, Convention & Visitors Bureau de Campo Grande, Associação da Feira Central e Turística (Afecetur), Secretaria de Cultura e Turismo, Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS/NUAC), Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), My Way Ltda, Top Vans e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/MS).

FEIRA CENTRAL

A Feira Central de Campo Grande, também conhecida como feirona, é um dos principais pontos turísticos de Campo Grande, Capital de Mato Grosso do Sul.

Foi fundada em 4 de maio de 2025. Reúne diversidade de povos, como indígenas, japoneses, paraguaios e campo-grandeses, que moldaram a identidade local.

Oferece rica experiência cultural e gastronômica, com pratos típicos como sobá e yakisoba.

A Feira Central está localizada na rua 14 de Julho, número 3351, Centro, em Campo Grande.

Funciona de quarta à sexta das 16h às 23h, e nos finais de semana, das 11h às 23h.

No local, são vendidos pastel, sobá, yakisoba, yakimeshi, espetinho, churrasco, peixes e diversas variedades de doces.

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