Saiba quais as doses obrigatórias e recomendadas para os destinos nacionais e internacionais neste ano
Segundo dados do Ministério do Turismo (MTur), levantados em parceria com a Nexus (holding de pesquisa de opinião e inteligência de dados), 59 milhões de brasileiros pretendem viajar durante o verão de 2025. Seja o destino nacional, seja internacional, além de organizar passagem, hospedagem, documentos e malas, uma das prioridades é colocar o cartão de vacinação em dia para evitar dissabores durante ou até mesmo depois da viagem, quando sintomas de infecções ainda podem aparecer.
De acordo com a enfermeira Heryka Cavalcante, a imunização deve ser realizada para evitar doenças contagiosas e endêmicas.
“É recomendável que as vacinas sejam tomadas com, pelo menos, 10 dias de antecedência, principalmente as de febre amarela. Algumas vacinas, como a de hepatite, exigem um esquema de doses e é necessário completar o ciclo para garantir sua eficácia”, explica Heryka, responsável pelo serviço de vacinas do Grupo Sabin Diagnóstico e Saúde, que tem 350 laboratórios em 15 estados do País, inclusive em Mato Grosso do Sul.
Para quem planeja viagens internacionais, é indispensável conferir as vacinas obrigatórias e recomendadas para o destino. Muitos países exigem o Certificado Internacional de Vacinação, emitido em unidades de saúde autorizadas ou no portal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A vacina contra febre amarela, por exemplo, é requisito em mais de 100 países, enquanto outras imunizações podem ser fundamentais, dependendo do local visitado.
Confira, a seguir, algumas doenças preveníveis e os cuidados específicos para cada região.
SARAMPO
Quem embarca para a Europa, deve se prevenir contra o sarampo. Desde 2011, o continente enfrenta uma epidemia da doença. Dessa forma, os viajantes não imunizados, e aqueles que não têm certeza disso, devem rever se estão com esquema completo de duas doses da vacina tríplice viral antes de embarcarem para países europeus. África, Ásia e Oceania também têm focos da doença.
COQUELUCHE
Inúmeros casos ocorrem em vários países desenvolvidos, acometendo pessoas que, ao longo do tempo, perderam sua imunidade. Se você se vacinou quando criança ou adolescente, hoje precisa tomar uma dose da vacina dTpa, que tem como objetivo prevenir a coqueluche, a difteria e o tétano. Essa imunização é associada, ainda, à vacina da poliomielite inativada (dTpa/VIP), outra doença que não circula mais nas Américas, mas ainda circula em alguns países da África.
HEPATITE A
Quem viaja para locais onde a Hepatite A é endêmica, como determinadas regiões da América Latina, África Subsaariana e Sudoeste Asiático, deve estar imunizado. A África Subsaariana é a parte do continente africano situada ao sul do Deserto do Saara e é constituída por 48 países.
HEPATITE B
Pessoas não imunizadas que viajam para países de alta endemicidade apresentam alto risco para a infecção com o vírus da hepatite B. Essa é uma doença sexualmente transmissível e pode ser disseminada por hábitos como relações sexuais desprotegidas, uso compartilhado de drogas, tatuagens feitas com materiais não descartáveis ou mal esterilizados, entre outros.
MENINGITE
A vacina contra a meningite meningocócica é indispensável para quem vai para a região conhecida do Cinturão da Meningite, na África. A imunização é, inclusive, uma exigência do Ministério da Saúde da Arábia Saudita. O Cinturão corta o continente africano do Senegal à Etiópia.
A Meningite Meningocócica é uma doença endêmica transmitida por um portador assintomático, ou seja, de pessoa a pessoa, principalmente em aglomerações, e tem grande potencial epidêmico. A vacina da Meningite Meningocócica Quadrivalente contra os sorogrupos A, C, W135 e Y é liberada para uso no Brasil e pode ser encontrada em clínicas de imunização.
ESTRANGEIROS
No Brasil, não há obrigatoriedade de comprovação vacinal para entrada no País. No entanto, o Ministério da Saúde recomenda que os turistas internacionais atualizem a sua situação vacinal previamente à chegada ao Brasil, conforme as orientações do calendário de vacinação do país de origem ou residência, em especial as vacinas febre amarela, poliomielite, sarampo, rubéola, difteria e tétano.
Também é importante ficar por dentro dos detalhes sobre viagens para áreas com recomendação de vacinação contra febre amarela no território nacional. A vacina da febre amarela é indicada para residentes e/ou viajantes que se destinam às áreas com recomendação de vacinação (ACRV). É preciso que a vacinação ocorra, pelo menos, 10 dias antes da data da viagem, tempo necessário para que a vacina ofereça proteção contra a infecção.
Faz pouco tempo que o Brasil voltou a ser certificado internacionalmente como livre do sarampo. O País recebeu um novo sinal verde da Organização Mundial de Saúde (OMS) em novembro do ano passado, mas em virtude de surtos pontuais em alguns estados, o Ministério da Saúde recomenda o alerta para quem estiver no exterior a caminho do País.
As áreas afetadas são atualizadas semanalmente nos boletins epidemiológicos divulgados na página do ministério. Essa página também apresenta as principais informações sobre a doença, incluindo temas como sintomas, prevenção, causas e tratamento.
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