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Cinema B+: O Estúdio: Uma Nova Sátira da Indústria Cinematográfica

Série da Apple TV Plus é uma aula de como os filmes são feitos pelos grandes estúdios americanos

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Há uma característica narcisista de Hollywood que faz dos filmes sobre os bastidores da indústria algo que de tempos em tempos conquiste… “Hollywood”. São vários ótimos como O Jogador, de Robert Altman, de 1992, O Preço da Ambição (Swimming with the Sharks), de 1994, The Offer, de 2022 entre eles. Pelos primeiros episódios, O Estúdio, da Apple TV Plus, pode estar entre eles.

A série de comédia satírica foi criada por Seth Rogen em parceria com Evan Goldberg, Peter Huyck, Alex Gregory e Frida Perez, mergulha nos bastidores caóticos de um grande estúdio cinematográfico, oferecendo uma visão humorística e crítica da indústria do entretenimento.

Bem mais certeira e menos cifrada do que A Franquia, que já foi cancelada pela MAX, O Estúdio é profundamente apreciado para “quem entende as piadas internas” e ainda assim fácil de acompanhar se não pescar quem é quem ou do que estão falando.

A trama acompanha Matt Remick (Seth Rogen), o recém-nomeado chefe dos Estúdios Continental, que enfrenta o desafio de revitalizar a empresa em meio a rápidas transformações sociais e econômicas no setor cinematográfico.

Ao seu lado, destacam-se personagens como Patty Leigh (Catherine O’Hara), sua mentora e ex-chefe do estúdio; Sal Seperstein (Ike Barinholtz), um executivo irreverente; Quinn Hackett (Chase Sui Wonders), sua assistente ambiciosa; e Maya (Kathryn Hahn), a perspicaz chefe de marketing.

A inspiração para O Estúdio surgiu das próprias experiências de Rogen e Goldberg na indústria cinematográfica quando fizeram e fracassaram com Lanterna Verde e acertaram com sucessos como Super Mario Bros.

Durante o confinamento, a dupla concebeu a série como uma forma de explorar, com humor, os desafios e absurdos enfrentados por executivos de estúdios ao tentarem equilibrar a arte com as demandas comerciais.

A série é rica em participações especiais e referências ao universo de Hollywood. Há pontas de famosos como Ron Howard, Anthony Mackie, Peter Berg, Paul Dano, Charlize Theron, Steve Buscemi, Sarah Polley e Martin Scorsese, mas são as referências de negócios que nos fazem rir mais alto porque adicionam uma camada de autenticidade e humor à narrativa, satirizando a própria indústria que retratam.

No momento, a equipe tem a missão inglória de fazer um filme sobre o personagem Kool-Aid Man, e embora os absurdos soem piada são a parte realista dos negócios.

A série faz alusões a clássicos do cinema e brinca com fenômenos contemporâneos, incluindo a influência de diretores como Christopher Nolan e franquias de terror como Smile. Essas referências não apenas homenageiam a sétima arte, mas também oferecem uma crítica mordaz às tendências atuais de Hollywood.

A recepção crítica tem sido amplamente positiva, reconhecendo a inteligência do roteiro e “um dos retratos mais afiados de Hollywood em anos”. Não há exageros. O que me leva a perguntar: seria O Estúdio o novo O Jogador?

Cinema B+: O Estúdio: Uma Nova Sátira da Indústria Cinematográfica - Divulgação Apple TV

Ambos mergulham nos bastidores caóticos de um grande estúdio cinematográfico, lembrando um dos maiores clássicos do gênero, mas enquanto Altman expôs os jogos de poder da indústria cinematográfica através do thriller satírico estrelado por Tim Robbins, Rogen e sua equipe exploram o choque entre a tradição e as novas forças de mudança no cenário atual do entretenimento.

A Nova Era da Sátira Hollywoodiana

Assim como O Jogador ofereceu uma visão brutal e cínica da indústria do cinema nos anos 90, onde o protagonista Griffin Mill (Tim Robbins) enfrentava a pressão de roteiristas rejeitados e a ameaça de ser substituído no estúdio em que trabalhava, refletindo as ansiedades de uma Hollywood dominada por grandes corporações, O Estúdio faz o mesmo para a era do streaming e das franquias bilionárias.

Como o novo chefe dos Estúdios Continental, Matt tenta equilibrar a pressão comercial, a crise criativa e a necessidade de atender a uma audiência cada vez mais fragmentada.

O clássico de Altman está recheando de participações especiais de astros como Bruce Willis, Julia Roberts e Burt Reynolds, uma metalinguagem igualmente adotada na série da Apple TV Plus. Um dos momentos mais hilariantes da série envolve justamente Scorsese discutindo a produção de um filme sobre o personagem Kool-Aid Man, uma clara crítica ao desespero de Hollywood por franquias improváveis.

Se Altman ofereceu um olhar sombrio e satírico sobre o jogo de influências em Hollywood, Rogen e sua equipe ampliam esse escopo para incluir as redes sociais, o streaming e a febre das franquias. Se ainda não viu o filme, ele está disponível na MUBI.

No fim das contas, O Estúdio não apenas diverte com seu humor afiado, mas também faz uma crítica contundente às transformações e absurdos da máquina do entretenimento. É uma série essencial tanto para quem ama quanto para quem detesta a indústria de Hollywood.

100 ANOS

Festival do Sobá terá show gratuito de Marcos e Belutti na Feira Central

Feira Central comemora 100 anos e terá programação especial de aniversário, de 6 a 10 de agosto, em Campo Grande

14/07/2025 18h15

Marcos e Belutti farão o show de abertura do Festival do Sobá

Marcos e Belutti farão o show de abertura do Festival do Sobá Foto: Divulgação

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O tradicional Festival do Sobá, que está na 18ª edição, será realizado de 6 a 10 de agosto e terá programação especial neste ano, pois integra a programação comemorativa dos 100 anos da Feira Central de Campo Grande. Um dos destaques será o show da dupla Marcos e Belutti, com entrada gratuita, na abertura do evento.

Com 15 anos de carreira, a dupla Marcos e Belutti é referência no cenário sertanejo contemporâneo. Donos de hits como “Domingo de Manhã”, “Aquele 1%” e “Eu Era”, já se apresentaram nos principais palcos do País.

Em Campo Grande, o show será no dia 6 de agosto, a partir das 20h.

Além da dupla, a programação do festival contará com uma série de atrações que valorizam a música e a cultura regional, o empreendedorismo local e a gastronomia japonesa-brasileira.

Um segundo artista nacional será anunciado nos próximos dias.

A presidente da Associação da Feira Central, Cultural e Turística de Campo Grande (Afecetur), Alvira Appel, disse que a escolha de Marcos e Belutti para abrir a programação é uma forma de reconhecimento ao público do local.

"Escolhemos a dupla por serem artistas que dialogam com a diversidade do nosso público, já fizeram parte de grandes festivais e somam milhões de fãs pelo Brasil. É um presente para a nossa feira e para a nossa cidade", destaca.

Como parte da programação do centenário da feira, o Festival do Sobá 2025 promete ser um dos maiores já realizados, com entrada gratuita durante todos os dias do evento.

O Festival do Sobá é promovido pela Associação da Feira Central, Cultural e Turística de Campo Grande (Afecetur), com apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação de Turismo de MS (Fundtur) e da Fundação de Cultura de MS(FCMS), além do SESC MS e Sebrae MS.

Marcos e Belutti farão o show de abertura do Festival do Sobá

Recorde

Show de João Gomes concentra 50 mil pessoas em Campo Grande

MS Ao Vivo bateu recorde de público no último domingo

14/07/2025 10h30

João Gomes no MS Ao Vivo

João Gomes no MS Ao Vivo Ricardo Gomes / Divulgação

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A última edição do MS Ao Vivo, realizada na noite de ontem (13), reuniu mais de 50 mil pessoas no Parque das Nações Indígenas, segundo levantamento da Polícia Militar. O responsável pelo novo recorde do evento foi o cantor pernambucano João Gomes.

Até então, o maior público havia sido registrado em maio, no show da cantora Luísa Sonza, quando 40 mil pessoas compareceram ao evento.

"Para mim é um privilégio, estou muito feliz de estar aqui hoje, acho que eu não consigo esconder esse sentimento, ver essa galera toda aqui, que veio para curtir o nosso show, que veio para viver essa experiência", disse João Gomes pouco antes de subir ao palco.

A abertura do show ficou por conta do o sanfoneiro e multi-instrumentista campo-grandense Gabriel Chiad, que tem no pernambucano uma de suas maiores inspirações no forró.

“Galera está quente aqui, né? O MS ao Vivo, a energia da galera é pra cima, todo mundo feliz, curtindo um forrozão hoje aqui. Hoje a gente tocou um pouco de tudo, porque brasileiro é isso, brasileiro gosta de tudo”.

Eduardo Mendes, diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, destacou que a presença de João Gomes foi muito pedida pelo público.

“Nós temos muitos nordestinos em Campo Grande, a gente soltou uma enquete. E na enquete foi muito evidente que a população queria o João Gomes aqui em Campo Grande, então nada melhor do que tê-lo aqui. E eu acho que uma iniciativa interessante também foi hoje o Chiad, uma prata da casa de Mato Grosso do Sul, um menino voltado para o forró que é fã do João Gomes e hoje está podendo ter um show de forró para tanta gente como a gente está aqui no Parque das Nações Indígenas. Eu acredito que hoje a gente deva ser mais uma vez recorde de público, como na Luísa Sonza. Eu acho que cada vez mais estamos acertando no gosto das pessoas do nosso estado na questão musical”.

Um exemplo da presença nordestina em MS é Manoel Alex da Silva, que mora há cerca de um ano em Mato Grosso do Sul por conta do trabalho. Ele veio de Moreilândia, Pernambuco, que fica próximo de Serrita, a terra natal do João Gomes.

“Eu fiquei sabendo do show por um amigo. É minha primeira vez no MS ao Vivo, eu acho importante pra gente que não é daqui se ver mais incluído, né? Porque trazer artistas do nosso estado, aí a gente que mora aqui pode prestigiar”.

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