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Com mostra de filme e exposição, evento debate a narrativa fantástica

"Expressões do Fantástico" começa no dia 13 de agosto no MIS

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O evento “Expressões do Fantástico” começa no dia 13 de agosto, com uma exposição literária e uma mostra de filmes, no Museu da Imagem e do Som (MIS/MS), em Campo Grande. 

“O fantástico pode ser entendido como uma estética abrangente que abarca diferentes expressões artísticas, e que traz uma narrativa que remete a aparições de elementos sobrenaturais ou insólitos – inexplicáveis pelas leis da física ou raciocínio lógico. Esses elementos rompem com a proposta de realidade estabelecida dentro de determinada obra, cuja verossimilhança com a realidade é marcada na narrativa. O fantástico obtém sucesso ao provocar no leitor a incerteza de sua percepção do real e, consequentemente, da percepção de sua própria existência”, explica a idealizadora do evento, Adrianna Alberti.

Adrianna é mestranda do Programa de Pós-Graduação em Letras da UEMS e aborda a estética fantástica em sua linha de pesquisa, a Historiografia Literária. “A proposta é articular as manifestações artísticas cujo fantástico seja o mote, divulgando ao público acadêmico e ao público em geral a estética fantástica, que pode se apresentar por meio de diferentes expressões artísticas”, diz Adrianna, que também é formada em psicologia pela UFMS.

“Fantástico Brasileiro: o insólito literário do romantismo à contemporaneidade” reúne um conjunto de placas expositivas que apresentam o panorama da literatura insólita brasileira, desde o século 19 até os dias atuais. A curadoria é dos professores Enéias Tavares (UFSM) e Bruno Anselmi Matangrano (USP). A abertura será no dia 13 de agosto, e fica em cartaz até 13 de setembro de 2019.

“Os nossos seres imaginários”, de curadoria da professora Maria Alice Rossi (UFMS), apresenta obras cerâmicas realizadas pelos acadêmicos dos cursos de Artes Visuais – Licenciatura e Bacharelado – da UFMS. As obras também ficam em exposição até 13 de setembro de 2019.

Mostra

De 13 a 16 de agosto, acontece como parte do evento a Mostra de Cinema Fantástico, com exibição de filmes e debates, sempre a partir das 18 horas.

Na abertura, no dia 13 de agosto, terça-feira, será exibida a websérie “A Todo Vapor!”, baseada na obra literária do professor Enéias Tavares, convidado especial para o primeiro debate. 

Dia 14, quarta-feira, será exibido o filme “A Volta do Parafuso”, adaptação do livro de Henry James para o cinema. O longa retrata os acontecimentos na vida de uma jovem babá que é contratada para cuidar de órfãos convencidos de que sua casa é mal-assombrada. O debate será com o professor Fabio Dobashi (UEMS), graduado em Jornalismo pela Unesp – Bauru e em Letras Unicamp, mestre em Teoria e História Literária: Literatura brasileira e doutor (2009), na mesma área, pela Unicamp.

No dia 15 quinta-feira, a mostra apresenta curtas da Astaroth Produções e debate com o professor Ramiro Giroldo (UFMS) e Larissa Anzoategui, diretora dos curtas. Ramiro e Larissa sempre foram fascinados pelos filmes de terror oitentistas, com monstros e criaturas fantásticas.  A ideia de montar uma produtora do gênero surgiu há 6 anos, quando os dois moravam em São Paulo e frequentavam os corredores de festivais de filmes fantásticos por lá.

O encerramento da mostra de cinema conta com a exibição do filme “Malasartes e o Duelo com a Morte” e debate com o Andriolli Costa, com discussão sobre folclore e audiovisual. Andriolli é graduado em Comunicação Social: Jornalismo pela UFMS, mestre em Jornalismo pela UFSC, e doutorando em Comunicação e Informação na UFRGS. Estuda fundamentos do Jornalismo e tem direcionado sua pesquisa para a linha da Filosofia da Técnica e o Imaginário. Intitula-se “saciólogo” sul-mato-grossense e é editor do site “O Colecionador de Sacis”.

O MIS fica no 3º andar do Memorial da Cultura e da Cidadania, localizado na Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559, Centro. Mais informações pelo telefone (67) 3316-9178.

Adaptação

TJMS lança livro sobre violência infantil traduzido para Guarani Kaiowá

Obra que conscientiza as crianças sobre violência infantil foi adaptada à realidade indígena

22/03/2025 13h00

Lançamento do livro

Lançamento do livro "Estrelas na Cabana" apatado para a realidade indígena Divulgação

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) lançou na última sexta-feira (21), o livro "Estrelas na Cabana", que trata sobre violência infantil, adaptado à realidade indígena e traduzido para o Guarani Kaiowá.

O evento, realizado no auditório da APAE de Amambai, reuniu crianças, lideranças indígenas e autoridades locais.

Adaptação

A Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) do TJMS liderou a adaptação da obra, que já era utilizada em outras cidades do estado.

Pela primeira vez, o livro foi ilustrado e narrado com elementos que respeitam a cultura indígena, facilitando a compreensão e promovendo uma conexão mais profunda com as crianças das aldeias.

A juíza auxiliar da CIJ, Katy Braun do Prado, destacou que o objetivo é ampliar a conscientização sobre os diferentes tipos de violência infantil.

Mato Grosso do Sul, que abriga a terceira maior população indígena do Brasil, será o cenário para a expansão do projeto. Após o lançamento em Amambai, a meta é levar o livro para outras comunidades indígenas do estado.

A adaptação cultural foi além da tradução literal. Personagens e cenários foram ajustados para refletir o cotidiano das aldeias indígenas.

Segundo a professora Aparecida Benites, o livro será usado de forma multidisciplinar em atividades lúdicas como leitura, teatro e produção artística.

A secretária municipal de Educação, Tânia Aparecida Ruivo Luz, destacou que o material ajudará as crianças a identificar situações de abuso e violência.

A psicóloga Elenice Peixoto da Costa dos Santos enfatizou que essa é a primeira vez que um material educativo aborda a violência infantil no idioma Guarani Kaiowá.

“Esse livro valoriza as crianças e sua cultura, preenchendo uma lacuna histórica no estado”, declarou.

Dados

Os números reforçam a necessidade urgente dessa ação. Em 2024, o estado registrou 1.862 denúncias de violência contra crianças e adolescentes pelo Disque 100, sendo 918 envolvendo menores de idade.

Em Amambai, onde vivem cerca de 8 mil indígenas – dos quais 3 mil são crianças –, os casos de violência infantil são frequentes.

O cacique Flaviano Franco, líder da aldeia de Amambai, emocionou-se ao falar sobre a importância do livro. Ele relatou que na aldeia muitas crianças indígenas crescem sem a presença dos pais.

“Eu diria que entre 70% e 80% das nossas crianças estão nessas condições, e isso gera uma desestrutura emocional que impacta diretamente no aprendizado e no convívio social”, disse.

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Cinema B+: A Roda do Tempo: Navegando Entre Poder e Destino

A Roda do Tempo oferece uma narrativa complexa e desafiadora, cheia de magia, reviravoltas e temas de poder e destino.

22/03/2025 12h00

Cinema B+: A Roda do Tempo: Navegando Entre Poder e Destino

Cinema B+: A Roda do Tempo: Navegando Entre Poder e Destino Foto: Divulgação

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Quando ouço pessoas alegando se perder com o rico universo criado por George R. R. Martin assumo que não vão conseguir acompanhar as personagens de Robert Jordan e A Roda do Tempo.

Se você não está atualizado com tudo que estava acontecendo antes da 3ª temporada, pode ficar meio perdido por boa parte dos três episódios já disponíveis na Amazon Prime Video. 

Muito drama, mágica, sangue e alianças acontecem ao mesmo tempo e é difícil equilibrar o que todos querem e o que devem fazer, ainda mais com tantos vilões à solta. Isso porque a série já é uma narrativa simplificada! Pois é.

Temos nossos heróis cheios e falhas e dúvidas navegando entre o Bem e o Mal, onde profecias e intenções só fazem contribuir para uma história um tanto caótica. Moiraine Damodred (Rosamund Pike) segue com sua liderança enigmática e sua entrega para guiar Rand al’Thor (Josha Stradowski) a abraçar seu destino como o Dragão Renascido.

Agora ele tem que reivindicar a espada Callandor em Tear, o que os leva a mais viagens pelo território nem sempre amigável do Deserto Aiel. A essa altura ter alguém o questionando como o escolhido já é piada, mas há.

O grupo de amigos nem consegue curtir o reencontro, cada um toma novo rumo – de novo – e Liandrin (Kate Fleetwood) finalmente revelada como Black Ajah, quer destruir o Dragão. Rand tem ao seu lado a traumatizada Egwene al’Vere (Madeleine Madden) que tem sido torturada com lembranças difíceis porque Lanfear (Natasha O’Keeffe) tem ciúmes dela.

Os efeitos especiais ainda nos fazem mais rir do que se deixar levar pela fantasia, mas é um universo complexo e divertido de acompanhar. A entrada de Olivia Williams igual à Cersei Lannister é um paradoxal desejo de vê-la em Game of Thrones em algum momento e o riso da cópia, mas sua Rainha Morgase é imponente e misteriosa.

Cinema B+: A Roda do Tempo: Navegando Entre Poder e DestinoCinema B+: A Roda do Tempo: Navegando Entre Poder e Destino - Divulgação

Com mais sangue e batalhas, A Roda do Tempo é um sucesso. Os temas podem estar em muitos outros conteúdos mais idolatrados – como Duna: Profecia (onde Williams é uma das estrelas), Anéis de Poder ou House of the Dragon, isso porque são séries primas que abordam questionamentos semelhantes: a sede do Poder, os males de profecias e a manipulação da Fé. Não é tarefa fácil navegar pela história, mas ela é imaginativa. Sempre há surpresas e reviravoltas.

Reparem que nem tentei recapitular em detalhes a trama pois é uma missão suicida. Em um cenário onde a complexidade das tramas pode facilmente confundir o espectador, A Roda do Tempo se destaca como uma narrativa desafiadora e enriquecedora.

Apesar dos momentos de exagero nos efeitos especiais e da rivalidade com outras grandes produções de fantasia, a série se mantém relevante e intrigante com suas intrincadas dinâmicas de poder, profecias e escolhas morais. No fim das contas, o que realmente importa é a jornada — uma jornada que nos leva a questionar a natureza do poder, da fé e do destino, mas, acima de tudo, nos surpreende a cada nova reviravolta.

Com isso, A Roda do Tempo se estabelece não apenas como uma competição saudável, mas também como uma sólida referência dentro do gênero, onde o caos e a magia coexistem de maneira única e inebriante.

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