A febre dos influenciadores digitais começou há alguns anos e ainda hoje é febre entre crianças, jovens e adultos. Não há idade para querer começar um blog, um canal no YouTube ou até mesmo ter uma conta popular no Instagram. Porém, será que com tanta concorrência e regras de monetização cada vez mais rígidas, há espaço para novatos?
Thayara Barboza é jornalista e head de relacionamento e influência da agência Rise Marketing. Como entendedora do tema, ela garante que vale a pena “mais do que nunca” se aventurar nesse mercado.
É um nicho que “só tem crescido, ainda mais quando nos vimos “obrigados” a consumir muito mais conteúdo na internet, por conta da pandemia. Isso abriu novas possibilidades para muita gente”, afirmou ao Correio do Estado.
Prova disso são as evoluções das ferramentas que as próprias redes disponibilizam aos usuários.
“Recentemente o Instragram, por exemplo liberou uma opção para que os influenciadores façam captação de recursos diretamente nas lives. Ainda está em fase de implantação, mas o objetivo é ajudar os produtores de conteúdo a monetizarem de forma mais rápida seu conteúdo.”, diz Barboza.
O CAMINHO CERTO
Para a jornalista, não basta abrir uma conta e sair postando qualquer coisa. Primeiramente é preciso pensar para qual público se deseja falar.
E não se trata de escolher uma categoria ampla, mas é necessário ser bastante específico. “Por exemplo, a influencer que fala sobre maquiagem, para qual faixa etária ela fala? qual classe social acompanha seu conteúdo? De quais regiões? Qual objetivo ela tem (vender produtos? Receber itens? Fechar parcerias?)”.
Outra dica de ouro é entender que o influenciador, antes de se aproximar das marcas para ter contratos mais vantajosos e ganhar dinheiro com seu conteúdo, precisa ficar perto de quem já faz parte de campanhas publicitárias e integrar times de outros influenciadores que gerem interesse.
ENTENDENDO AS REDES SOCIAIS
Hoje em dia existem muitas ferramentas para “comprar” seguidores ou curtidas. Muitas vezes esses perfis nem são reais.
Para blindar esse tipo de prática, os sistemas operacionais das redes sociais usam matemática para criar códigos que vão literalmente ditar as regras.
“Os algoritmos levam muito mais do que milhões de seguidores em conta, para considerar um perfil como “influenciador” ou não. Número de visualizações, comentários, salvamentos e compartilhamentos são a base para “medir” a influência de um conteúdo”, afirma Thayara.
FOCO E OBJETIVO
Isso significa que alcançar posto de influenciador digital requer tempo e uma estratégia bem definida.
No caso das crianças, a atividade não necessariamente deve ser feita com tanta rigidez, pois os pequenos ainda têm muito pela frente. Além disso, ter um canal no YouTube, por exemplo, pode ajudar a romper até mesmo as barreiras da timidez que podem ser empecilho para qualquer outra carreira no futuro.
Já para quem deseja, de fato, entrar de cabeça nesse seguimento, e deseja ter algum resultado, é preciso muito esforço e uma linguagem que case com o público com o qual se espera retornos em curtidas e comentários.