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SONHO

Depois da quimioterapia, prêmio para Cláudia é ver Sandy e Júnior de perto

Fisioterapeuta adiou o tratamento do câncer de mama para ir ao show e conhecer a dupla no camarim

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Em poucos minutos de conversa é possível compreender a hashtag #sorrindocomquimio que Cacau criou no Instagram. A fisioterapeuta que descobriu um câncer de mama no final do ano passado consegue incluir uma risada frouxa em qualquer frase dita, principalmente, se ela estiver relacionada a dupla Sandy e Júnior. 

Com 34 anos e muitos vividos como fã da dupla, Claudia Massolim Brancaglion conseguiu realizar o sonho de muitos: não só comprou os ingressos para o show de retorno dos dois, que fez muita gente ficar em uma fila virtual e sair de mãos abanando, como tem um encontro marcado com os cantores no camarim, ao participar de um concurso e contar toda a batalha que viveu pela saúde nos últimos meses. 

“Eu tenho quase a mesma idade deles, então desde criança, quem me conhece sabe, eu sempre gostei muito dos dois. Não chego a seguir eles pelo país todo, mas já fui em Ribeirão Preto para assistir a um show. Quando fiquei sabendo que eles iriam voltar, eu disse que iria de qualquer jeito”, conta Claudia. 

“No primeiro dia que abriu a venda, eu fiquei na fila durante meia hora e esgotaram todos os ingressos e eu chorei muito. No outro dia, eu entrei na fila digital de novo, tentei para São Paulo, Manaus e nada, até que consegui para Brasília”, explica. Apesar do esforço, Claudia ainda tinha que enfrentar o tratamento médico para o câncer de mama e as apreensões da mãe, que não queria que ela enfrentasse uma multidão com a imunidade baixa. “Eu descobri o câncer em dezembro e no final do ano eu já fiz uma cirurgia para a retirada do tumor na mama direita. A minha sorte é que o câncer de mama costuma também atingir a axila, o que não foi o meu caso. Fiz uma cirurgia que retirou um quadrante da mama. Comecei a quimioterapia em fevereiro, depois comecei a quimioterapia oral e agora tenho que iniciar a radioterapia. Eu achei que a quimioterapia oral fosse mais tranquila, mas ela tem alguns efeitos colaterais chatinhos”, ri Claudia.

A pele sensível e a imunidade baixa são alguns dos efeitos colaterais do tratamento. “Não pode encostar muito na minha pele porque fica sensível. Minha mãe quer que eu vá de máscara, na verdade ela nem queria muito que eu fosse, mas eu falei que vou tomar meus cuidados e dar um jeito. Por isso, tirei umas férias do tratamento, com o aval do médico claro e vou iniciar a radioterapia apenas quando eu voltar”, explica.

Vaidosa, Claudia além de fisioterapeuta atua na área de dermatologia e tem uma clínica de estética, está confeccionando uma touca especial para o show com as iniciais da dupla Sandy e Júnior. Sobre o seio, ela não se preocupa, pelo contrário. “Ainda tenho que fazer um teste genético para saber se poderei reconstruir a mama, colocar silicone ou terei que tirar tudo, mas sinceramente não estou incomodada com isso”, diz. 

OTIMISMO

Cláudia Massolin escreveu sua história e foi selecionada para o camarim

Essa alegria que aparece nos momentos mais decisivos sempre foram uma característica de Cacau. “Sempre brincam comigo porque nunca me viram triste, até quando eu estou triste eu dou risada. O câncer foi um baque, claro, ninguém na minha família tem e eu sempre trabalhei muito, tive uma vida muito louca, ativa. Mas achei que se ficasse depressiva, seria ruim para mim mesma, para o tratamento e acabaria afastando as pessoas, o que eu não queria”, confessa.

Para Cacau, tudo tem um lado bom. “Eu brinco que a quimioterapia me deu férias, não tirava e nunca tirei férias. Por isso criei a hashtag #sorrindocomquimio e fiz alguns vídeos sobre o assunto. Não imaginava que tanta gente mandaria mensagem com coisas boas pela internet e isso me ajudou muito. Não sou blogueira, nem nada, mas só queria contar a minha história e continuar dando risada”, acredita Claudia.

Nem mesmo a menopausa precoce e os problemas de infertilidade deixaram Cláudia preocupada. “O meu prognóstico é bom, ainda tenho cinco anos de tratamento e ficarei na menopausa por uns 2 ou 3 anos. Essa menopausa foi induzida porque os hormônios como estrogêneo e progesterona não são bons de manter no meu caso, então eu tomo uma injeção que bloqueia os meus hormônios. Como quero ser mãe e corro o risco de ficar estéril, fiz o congelamento de óvulos e eles estão lá congeladinhos todos bonitinhos esperando os cinco anos de tratamento”. 

A luta contra o câncer ainda é longa para Cláudia, mas, por enquanto, ela se preocupa com um sonho de cada vez. “O show é dia 20 de julho e eu fui selecionada em uma promoção que eles fizeram no dia 1 de julho. Eu contei a minha história e estou muito animada, acho que vai dar tudo certo”, acredita. 

Correio B+

Capa B+: Entrevista exclusiva com uma das maiores bartenders do país Adriana Pino

"A conquista aconteceu a cada drink e a cada cliente. Como em qualquer profissão, é preciso ter dedicação".

12/01/2025 17h00

Capa B+: Entrevista exclusiva com uma das maiores bartenders do país Adriana Pino

Capa B+: Entrevista exclusiva com uma das maiores bartenders do país Adriana Pino Foto:Glauco Epov

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Referência de bartender mulher no Brasil, Adriana Pino se consolida no setor ao fazer da degustação de bebidas uma experiência única ao paladar nas suas receitas

Ela é representante do laboratório de coquetéis A Bartenderia, além de possuir títulos importantes em premiações de drinks mundo a fora.

Adriana Pino é bartender especialista em transformar bebidas em experiências únicas através da degustação de suas receitas. Ao começar a atuar nesse mercado para conseguir uma renda extra, ela descobriu que trabalhar nos bares também é uma forma de harmonizar história à gastronomia e decidiu fazer dessa combinação a sua profissão.

Com quase 20 anos de carreira, ela se tornou uma profissional referência nacional em um espaço predominantemente ocupado pela figura masculina.

“Sou mulher, autônoma e mãe. Dou aula, crio experiências, tenho uma empresa de eventos, e constantemente preciso estar até tarde neles, seja de festa infantil, de formatura, de marcas ou de executivos. Trabalho mostrando que o bar pode ser um lugar de encontros, boas conversas e experiências agradáveis”, afirma. Adriana é representante da “Bartenderia”, um laboratório de coquetéis. Em sua trajetória, ela também carrega consigo títulos em premiações importantes como “Cocktail Journey 2015”, “Katel One 2015”, “Behind The Barrel 2016” e “WC BR 2018”.

Na A Bartenderia na capital paulista, ela realizou o seu sonho de ter uma escola de coquetelaria. “Parecia algo muito grande e distante para uma bartender, aí eu conheci os melhores sócios, o João e o Will, que acreditaram e apostaram na minha ideia. Juntos, nós fazemos eventos, masterclass e vídeo aulas”, conta Adriana Pino.

“O público dos cursos é muito diverso, desde empresas a entusiastas e até mesmo amigos que acompanham o meu trabalho e acabam se interessando em fazer o Masterclass para aprender sobre o universo da coquetelaria. Poder atingir diferentes tipos de público ensinando tudo o que eu aprendi durante todos esses anos a tanta gente é uma das melhores partes em fazer o que eu faço”, completa.

Através do seu trabalho, Adriana representa um posicionamento influente do setor de bebidas. “Os bartenders são a conexão das marcas com os consumidores. Cabe a nós a responsabilidade de atestar a credibilidade daquilo que elas oferecem. Fico feliz pela valorização do setor, que confia no meu trabalho, e não só contrata o meu serviço como também investe no que eu faço entrando como apoiador ou patrocinador dos meus projetos, por exemplo. Assim como em qualquer profissão, é preciso dedicação, disciplina e treino, e ser reconhecido é uma consequência. Fico muito feliz ao olhar para o início da minha trajetória e ver o lugar que consegui chegar hoje”, finaliza.

Referência na bartenderia do país, premiada e destaque nos principais veículos de comunicação do Brasil, Adriana é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana, e em entrevista ao Caderno ela conta do seu início de carreira, sobre preconceito na profissão e de realização de sonhos em sua área.

Capa B+: Entrevista exclusiva com uma das maiores bartenders do país Adriana PinoA emprasária e bartender Adriana Pino é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Glauco Epov - Diagramação: Denis Felipe e Denise Neves

CE - Adriana como você começou como bartender?
AP -
Meu primeiro contato com bar foi em balada servindo doses de destilados e terríveis mojitos (risos). Era pra ser somente um extra de fim de semana, depois fui entendendo que existe muita história, cultura e criatividade nesse ramo.

CE - Como você vê as mulheres dentro desse espaço?
AP -
As mulheres têm desempenhado um papel fundamental na profissão, trazendo mais diversidade, criatividade e praticidade, mostrando que o bar pode ser um lugar de encontros, boas conversas, experiências agradáveis. Vemos excelentes bartenders, sommelieres, mixologistas, professoras e mestres destiladoras de diversos estilos e culturas.

CE - Como você começou a conquistar esse espaço Adriana?
AP -
Acho que eu nunca realmente calculei essa conquista, ela simplesmente aconteceu, aliás ela continua acontecendo, a cada drink e a cada cliente. Assim como qualquer profissão é preciso dedicação, disciplina e treino, ser reconhecido é a consequência.

CE - Sofreu ou sofre algum preconceito?
AP -
Sou mulher, sou autônoma, sou mãe, dou aulas, crio experiências, tenho uma empresa de eventos, constantemente preciso estar até tarde nos eventos, seja ele festa infantil, formatura, com marcas ou executivos.

O que pra mim é uma grande conquista pra outras pessoas soa como se eu fosse da rua, da vida, já fui chamada dos piores nomes e inclusive por gente da família, que me conhece e convive comigo, então respondendo a pergunta, sim, diariamente sofro preconceito em relação ao que faço, o negócio é que eu aprendi a contornar e não deixo mais me atingir, pois eu sou honesta e amo o que faço, e não preciso provar isso pra ninguém, estou constantemente com pessoas boas que me apoiam e reconhece meu talento, isso basta pra mim.

Capa B+: Entrevista exclusiva com uma das maiores bartenders do país Adriana PinoAdriana Pino - Foto: Glauco Epov

CE - Para quem quiser seguir esse caminho, quais são os seus conselhos?
AP -
Não tem jeito, coquetelaria é treino, tem gente que faz 3 eventos tatua, uma taça martini no braço e se diz bartender. Meus conselhos seriam seguir a ordem certa das coisas: começe como barback, o trabalho de um assistente é aprender produção e auxiliar o bartender, ir executando as receitas clássicas pra depois começar a usar a criatividade nos drinks.

Divida seu aprendizado por técnicas ou família de coquetéis, assim vai ficar mais fácil entender como o mundo da coquetelaria funciona. Siga personalidades que gosta e faça masterclass com elas, conhecer a visão de vários profissionais te fará mais criativo.

CE - Muitas mulheres fazem os seus cursos, seguem você nas redes sociais, te pedem conselhos, como é?
AP -
O público dos cursos são diversos, mas sim, converso com muitas mulheres, acho que mais recebo elogios do que dou conselhos, o que mais gosto de ouvir é quando dizem que sou inspiração pra elas. Outro dia uma mulher me mandou uma mensagem agradecendo pelos meus vídeos, ela havia ajudado a “melhorar” as receitas dos drinks no bar do pai dela e aquilo havia ajudado a aumentar os ganhos da família, ela estava muito agradecida, eu fiquei muito feliz.

CE - Qual é o seu drink favorito e porquê?
AP -
Essa com certeza é a pergunta mais difícil (risos). Acho que eu sou de fases, ultimamente tenho me aventurado no mundo dos bitters e aperitivos, mas também estou aprendendo bastante sobre coquetéis clarificados.

CE - Muitas marcas te apoiam e patrocinam, você acha que é um novo espaço e posicionamento delas?
AP -
Depois de quase 20 anos de profissão, acho que tenho feito alguma coisa legal (risos), mas brincadeiras á parte, acho que adquiri um estilo que tem sinergia com muitas marcas, e fico feliz e mais uma vez agradecida pela valorização delas e pela a oportunidade de estar próxima. As marcas tem apostado cada vez mais nos bartenders porque somos nós quem criamos e realizamos experiências com os clientes, então acho que existe espaço pra muitos profissionais de bar.

Capa B+: Entrevista exclusiva com uma das maiores bartenders do país Adriana PinoAdriana Pino - Foto: Glauco Epov

CE - Como é trabalhar em um ambiente que antes eram dominados por homens?
AP -
Igual a trabalhar em qualquer ambiente acredito, mesmo ciente que é um ambiente dominado por eles, eu nunca me senti intimada por isso, pra mim é um trabalho, um trabalho difícil, e pra se destacar não dá pra enrolar, tem que trabalhar, simples assim, eu nunca tive vantagens por ser mulher, muito pelo contrário, pra ser respeitada eu tive, muitas vezes que trabalhar mais do que eles, chegar mais cedo e sair mais tarde para demostrar interesse e ser respeitada.

CE - Como eles veem isso e se comportam na sua opinião?
AP -
Ah, isso eu não sei dizer com certeza, se gostam ou se não gostam, eles não me falam (risos), mas me sinto parte da história da coquetelaria do nosso país, sei que sabem disso.

CE - Você já teve algum problema com isso?
AP -
Neste ramo e com o tempo de trabalho que tenho, já tive todos os tipos de problemas, mas a gente cresce, aprende, se arrepende, pede desculpas, recebe desculpas, começa de novo e evolui.

CE - Você está à frente da A Bartenderia, fala um pouco pra gente?
AP -
Um dia eu tive um sonho de ter uma escola de coquetelaria, parecia muito grande e muito distante pra uma bartender, aí eu conheci os melhores sócios o João e o Will, que acreditaram e apostaram na ideia, estamos trabalhando pra sermos referência em São Paulo e quem sabe em outros estados também.

Capa B+: Entrevista exclusiva com uma das maiores bartenders do país Adriana PinoAdriana ao lado de seu sócio na A Bartenderia João - Foto: Glauco Epov

CE - Quais os objetivos e atrativos da empresa?
AP -
Somos um laboratório de drinks. Aqui na A Bartenderia a coquetelaria é o centro, fazemos eventos, masterclass, vídeo aulas, produção e criação pras nossas marcas parceiras e pros clientes.

CE - Você voltou de viagem da Itália, conta pra gente o que aconteceu por lá, e novidades?
AP -
Sim, por dois nos consecutivos fui jurada do campeonato que mais cresce no Brasil, o CBC (Campari Bartender Copetition), este ano fui pra Milão acompanhar a Biruta da Terra, a Campeã 2024. Visitamos o Camparino, um bar histórico onde aconteceu uma experiência exclusiva pra nós com drinks especiais e um jantar incrível com o time, visitamos a Galeria Campari onde conhecemos ainda mais a conexão da marca com artistas e a importância dela na coquetelaria mundial, visitamos bares e pontos turísticos em Milão, Veneza e Torino.

CE - Como tem sido tantas viagens que tem feito pelo Brasil e mundo?
AP -
Eu acho que existem alguns ápices na via do bartender, ganhar campeonatos, abrir o próprio bar e viajar. Pra mim tem sido além de experiência profissional, uma grande oportunidade de conhecimento e conexão com outros profissionais e outros sabores, enriquecendo meu repertório e portfólio, aprendendo e ensinando, compartilhando nossos sabores e diversidade.

CE - Um drink exótico que você criou e as pessoas adoram...
AP -
O Botânic, em 2015 no Brown Sugar, drink feito para um campeonato, fui campeã e o drink eu já reproduzi em mais de 10 bares, ele ainda existe no Brown Sugar em São Paulo, e é um dos mais vendidos.
Ele é feito com manjericão, vodka (Ketel One) suco de lima e limão, xarope simples e espuma de jambu com cardamomo.

Capa B+: Entrevista exclusiva com uma das maiores bartenders do país Adriana PinoAdriana Pino - Foto: Glauco Epov

CE - Como você desenvolve uma carta nova de drinks para um bar ou restaurante?
AP -
Antes de criar, preciso entender vários pontos: o tamanho da casa, o tema, os horários, o ticket médio pretendido, a estrutura disponível e os objetivos que os proprietários planejam pro projeto.

CE - Como é esse processo todo?
AP -
Começo criando um cronograma pro cliente com: criação e degustação dos drinks que é feito na A Bartenderia, escolha dos copos e bebidas que farão parte do menu, ficha técnica com todas as receitas e processos de produção dos ingredientes, toda a documentação do bar com planilhas de ingredientes, bebidas, hortifrutti, utensílios e equipamentos necessários.

Com a posse de todos os produtos a gente parte pra parte prática que consite em treinamento de produção, treinamento dos bartenders para execução de todos os drinks disponíveis na carta, treinamento dos garçons para venda de todos os coquetéis e em alguns casos harmonização com os pratos. Produção das fotos para conteúdo de redes sociais e finalmente inauguração da casa.

CE - Quais as novidades para 2025?
AP -
Muita energia para 2025 com novos projetos de abertura de bares. Estou a frente de alguns projetos com marcas, que ainda não posso divulgar, mas acredito que vamos agitar o mundo da coquetelaria brasileira com novos campeonatos, competições e experiência com os clientes.

CE - Como é ser vista hoje como uma das principais bartenders do país?
AP -
Eu sinto muito orgulho daquela menina inocente cheia de sonhos, que não tinha nenhuma perspectiva de vida, que sofreu demais por não ter uma família estruturada e unida, sinto que estou no caminho certo pra fazer história e colaborar para colocar o Brasil na lista dos melhores bares do mundo. Porque é isso, temos uma biodiversidade única, o mundo precisa ver isso e a coquetelaria e um caminho.

CE - Quais os prêmios que já conquistou?
AP -
Acho que o maior e mais importante foi o World Class 2018, fui representar nosso país em Berlin, mas também ganhei o Behind the barrel do Whiskey Wild Turkey em 2016 onde fui pro Kentucky conhecer tudo sobre produção de Bourbon e e da Katel One 2015 fui conhecer a Holanda, lá além de conhecer toda história e produção da Vodka, tb participei de alguns master class harmonizando queijos com Vodka, Gin e Genever, bebida que ainda não chega pra nós. 

Saúde e clima

Calor intenso: quatro dicas para lidar com a queda de pressão

Com temperaturas perto dos 40ºC, é comum a pressão baixa em algumas pessoas; saiba o que fazer

12/01/2025 16h40

Calorão pode fazer a pressão cair

Calorão pode fazer a pressão cair Arquivo

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Mato Grosso do Sul tem nos últimos dias, municípios com a temperatura superior a 40ºC, caso de Porto Murtinho, que neste início de 2025 tem acumulado recordes de temperatura no Brasil.

Nas grandes cidades do Estado, a situação não é diferente e a temperatura também tem rondado os 40ºC, por causa de uma bolha de calor que está sobre o centro da América do Sul. 

Este período do verão, com sol quente e altas temperaturas, é propício para quedas de pressão, também conhecida como hipotensão. A causa da hipotensão é o calor em excesso, que provoca a vasodilatação das artérias, principal geradora deste incômodo estado de saúde. 

"A queda de pressão está associada a sintomas como tontura, sensação de desmaio ou desmaio, turvação visual, palidez na pele, suor frio e náuseas", informa Amanda Gonzales, cardiologista do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em entrevista ao site Minha Saúde. 

A especialista também lembra que os casos são mais frequente são em idosos, pessoas com diabetes e pacientes que fazem uso de medicamentos como diuréticos e vasodilatadores. 

Diante destes desafios impostos pelo calorão, como lidar com a queda de pressão em temperaturas extremas?
Aqui vão algumas dicas, enumeradas pela cardiologista: 

  • Se alimente corretamente
  • Se mantenha hidratado
  • Pratique exercícios físicos em horários com menos sol ou em locais climatizados
  • Levante-se devagar e em fases (Se sente e aguarde alguns minutos, se levante e aguarde alguns minutos e então caminhe)

A médica ainda orienta: "Caso o sintoma de hipotensão apareça, é importante que a pessoa sente-se ou até mesmo se deite e eleve um pouco as pernas. Se não apresentar enjôo, deve-se oferecer água ou outro líquido, como medida de hidratação".

Sal embaixo da língua?

E o famoso sal embaixo da língua, receita de vó, famoso no senso comum por ajudar a regular a pressão arterial em episódios de pressão baixa, funciona?

A médica explica que a crença popular não é eficaz. 

 "Não existe indicação para colocar sal embaixo da língua, basta ingerir uma boa quantidade de água ou outros líquidos, de preferência gelado, deitar e esperar a pressão e os sintomas melhorarem", esclarece a cardiologista. 

E quando buscar ajuda médica?

A cardiologista explica que o paciente deve buscar ajuda médica se os simtomas permanecerem, depois de todos os cuidados citados acima. Se houvere dor no peito, palpitação e desmaio também é indicado procurar um médico.

"Pessoas que fazem uso de medicamentos para hipertensão, quando chegam no verão podem apresentar quedas excessivas, então devem consultar seu médico para ajuste da medicação", aconselha. 
 

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