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Em "Bom Sucesso", Shirley Cruz se encanta com o universo das novelas

Em "Bom Sucesso", Shirley Cruz se encanta com o universo das novelas

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Shirley Cruz não esconde os olhos brilhantes e o discurso animado ao falar de seu trabalho em “Bom Sucesso”. Com 19 anos de carreira e algumas novelas no currículo, a atriz encara, pela primeira vez, um papel do começo ao fim da história. “Está sendo uma experiência mágica. Sem querer romantizar, porque tem muito trabalho envolvido. Mas é fascinante a maneira com que fui recebida, a confiança, o ambiente leve e bem-humorado, além dos colegas veteranos que o tempo todo estendem a mão para quem está chegando”, valoriza Shirley, que vibra com a oportunidade de interpretar a segura Gláucia. “Já estava na hora (participar de uma novela). No Brasil, sem dúvida, a novela é muito importante na trajetória de um ator. Primeiro pela alta visibilidade e segundo pela indústria mesmo. Entender como funciona, conhecer novos profissionais, ampliar parcerias e entender todas as suas possibilidades”, completa.

Na história de Rosane Svartman e Paulo Halm, Gláucia é diretora comercial na Editora Prado Monteiro. Bem-resolvida e segura de si, a personagem não esconde sua homossexualidade dentro da empresa. Apesar de ser uma mulher bem-sucedida dentro do mundo corporativo, Gláucia tem um fascínio pela atriz Silvana Nolasco, interpretada por Ingrid Guimarães. “Gosto da naturalidade com que o tema da homossexualidade é tratado na trama, porque é assim que tem de ser. Ela não esconde o que e quem quer. Com a Silvana é aquela coisa de fã mesmo. Ela adora aquela exuberância e ainda é caidinha por ela. Sonha em pegar mesmo (risos). É muito bom contracenar com a Ingrid, né? É fácil levar essa admiração da vida para o vídeo”, elogia. Além dos trabalhos diante das câmeras, Shirley também é idealizadora da Cia. Contemporânea Mulher de Palavra, em que atua, produz e escreve. “A companhia surgiu da minha necessidade de fazer alguma coisa a favor das mulheres, gritar contra o feminicídio e usar a arte como ferramenta de reflexão sobre o papel da mulher na vida e na sociedade. O maior desejo é provocar pensamentos e ações positivas que fortaleçam cada vez mais a trajetória e as conquistas femininas. Mais importante que para a carreira em si, esse projeto me completa na vida”, ressalta.

Shirley Cruz, a Gláucia de "Bom Sucesso". (Foto: Divulgação)

Nome: Shirley da Silva Cruz.

Nascimento: Em 8 de setembro de 1975, no Rio de Janeiro.

Atuação inesquecível: “Glória, da série ‘Filhos do Carnaval’, da HBO, com Direção geral de Cao Hamburger”.

Interpretação memorável: “Vou destacar um trabalho que eu vi de perto e que até hoje me emociona: O ator Rodrigo dos Santos, que vivia o personagem Brown também em ‘Filhos do carnaval’”.

Um momento marcante na carreira: “O tapete vermelho em Cannes e o momento em que anunciaram que o filme ‘A Vida Invisível de Eurídice Gusmão’ como vencedor. É indescritível”.

O que falta na televisão: “Valorização da cultura negra”.

O que sobra na televisão: “Violência”.

Com quem gostaria de contracenar: A americana Viola Davis.

Se não fosse atriz, o que seria: Cantora.

Ator: Will Smith.

Atriz: Elisa Lucinda.

Novela preferida: “Tieta”, da Globo, de 1989.

Vilão marcante: Maria de Fátima, personagem de Gloria Pires em “Vale Tudo”, da Globo, de 1988.

Personagem mais difícil de compor: “A escrava Guilhermina, da série ‘A Revolta dos Malês’”.

Que novela gostaria que fosse reprisada: “Tieta”.

Que papel gostaria de representar: “Uma cientista”.

Filme: “Cidade de Deus”, de Fernando Meirelles.

Autor: Clarice Lispector.

Diretor: Pedro Almodóvar.

Vexame: “Quando trabalhei com um diretor de teatro mau-caráter. Era vexame todo dia”.

Uma mania: “Comer, comer e comer”.

Um medo: “De morrer”.

Projeto: “Ser roteirista”.

Adaptação

TJMS lança livro sobre violência infantil traduzido para Guarani Kaiowá

Obra que conscientiza as crianças sobre violência infantil foi adaptada à realidade indígena

22/03/2025 13h00

Lançamento do livro

Lançamento do livro "Estrelas na Cabana" apatado para a realidade indígena Divulgação

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) lançou na última sexta-feira (21), o livro "Estrelas na Cabana", que trata sobre violência infantil, adaptado à realidade indígena e traduzido para o Guarani Kaiowá.

O evento, realizado no auditório da APAE de Amambai, reuniu crianças, lideranças indígenas e autoridades locais.

Adaptação

A Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) do TJMS liderou a adaptação da obra, que já era utilizada em outras cidades do estado.

Pela primeira vez, o livro foi ilustrado e narrado com elementos que respeitam a cultura indígena, facilitando a compreensão e promovendo uma conexão mais profunda com as crianças das aldeias.

A juíza auxiliar da CIJ, Katy Braun do Prado, destacou que o objetivo é ampliar a conscientização sobre os diferentes tipos de violência infantil.

Mato Grosso do Sul, que abriga a terceira maior população indígena do Brasil, será o cenário para a expansão do projeto. Após o lançamento em Amambai, a meta é levar o livro para outras comunidades indígenas do estado.

A adaptação cultural foi além da tradução literal. Personagens e cenários foram ajustados para refletir o cotidiano das aldeias indígenas.

Segundo a professora Aparecida Benites, o livro será usado de forma multidisciplinar em atividades lúdicas como leitura, teatro e produção artística.

A secretária municipal de Educação, Tânia Aparecida Ruivo Luz, destacou que o material ajudará as crianças a identificar situações de abuso e violência.

A psicóloga Elenice Peixoto da Costa dos Santos enfatizou que essa é a primeira vez que um material educativo aborda a violência infantil no idioma Guarani Kaiowá.

“Esse livro valoriza as crianças e sua cultura, preenchendo uma lacuna histórica no estado”, declarou.

Dados

Os números reforçam a necessidade urgente dessa ação. Em 2024, o estado registrou 1.862 denúncias de violência contra crianças e adolescentes pelo Disque 100, sendo 918 envolvendo menores de idade.

Em Amambai, onde vivem cerca de 8 mil indígenas – dos quais 3 mil são crianças –, os casos de violência infantil são frequentes.

O cacique Flaviano Franco, líder da aldeia de Amambai, emocionou-se ao falar sobre a importância do livro. Ele relatou que na aldeia muitas crianças indígenas crescem sem a presença dos pais.

“Eu diria que entre 70% e 80% das nossas crianças estão nessas condições, e isso gera uma desestrutura emocional que impacta diretamente no aprendizado e no convívio social”, disse.

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Cinema B+: A Roda do Tempo: Navegando Entre Poder e Destino

A Roda do Tempo oferece uma narrativa complexa e desafiadora, cheia de magia, reviravoltas e temas de poder e destino.

22/03/2025 12h00

Cinema B+: A Roda do Tempo: Navegando Entre Poder e Destino

Cinema B+: A Roda do Tempo: Navegando Entre Poder e Destino Foto: Divulgação

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Quando ouço pessoas alegando se perder com o rico universo criado por George R. R. Martin assumo que não vão conseguir acompanhar as personagens de Robert Jordan e A Roda do Tempo.

Se você não está atualizado com tudo que estava acontecendo antes da 3ª temporada, pode ficar meio perdido por boa parte dos três episódios já disponíveis na Amazon Prime Video. 

Muito drama, mágica, sangue e alianças acontecem ao mesmo tempo e é difícil equilibrar o que todos querem e o que devem fazer, ainda mais com tantos vilões à solta. Isso porque a série já é uma narrativa simplificada! Pois é.

Temos nossos heróis cheios e falhas e dúvidas navegando entre o Bem e o Mal, onde profecias e intenções só fazem contribuir para uma história um tanto caótica. Moiraine Damodred (Rosamund Pike) segue com sua liderança enigmática e sua entrega para guiar Rand al’Thor (Josha Stradowski) a abraçar seu destino como o Dragão Renascido.

Agora ele tem que reivindicar a espada Callandor em Tear, o que os leva a mais viagens pelo território nem sempre amigável do Deserto Aiel. A essa altura ter alguém o questionando como o escolhido já é piada, mas há.

O grupo de amigos nem consegue curtir o reencontro, cada um toma novo rumo – de novo – e Liandrin (Kate Fleetwood) finalmente revelada como Black Ajah, quer destruir o Dragão. Rand tem ao seu lado a traumatizada Egwene al’Vere (Madeleine Madden) que tem sido torturada com lembranças difíceis porque Lanfear (Natasha O’Keeffe) tem ciúmes dela.

Os efeitos especiais ainda nos fazem mais rir do que se deixar levar pela fantasia, mas é um universo complexo e divertido de acompanhar. A entrada de Olivia Williams igual à Cersei Lannister é um paradoxal desejo de vê-la em Game of Thrones em algum momento e o riso da cópia, mas sua Rainha Morgase é imponente e misteriosa.

Cinema B+: A Roda do Tempo: Navegando Entre Poder e DestinoCinema B+: A Roda do Tempo: Navegando Entre Poder e Destino - Divulgação

Com mais sangue e batalhas, A Roda do Tempo é um sucesso. Os temas podem estar em muitos outros conteúdos mais idolatrados – como Duna: Profecia (onde Williams é uma das estrelas), Anéis de Poder ou House of the Dragon, isso porque são séries primas que abordam questionamentos semelhantes: a sede do Poder, os males de profecias e a manipulação da Fé. Não é tarefa fácil navegar pela história, mas ela é imaginativa. Sempre há surpresas e reviravoltas.

Reparem que nem tentei recapitular em detalhes a trama pois é uma missão suicida. Em um cenário onde a complexidade das tramas pode facilmente confundir o espectador, A Roda do Tempo se destaca como uma narrativa desafiadora e enriquecedora.

Apesar dos momentos de exagero nos efeitos especiais e da rivalidade com outras grandes produções de fantasia, a série se mantém relevante e intrigante com suas intrincadas dinâmicas de poder, profecias e escolhas morais. No fim das contas, o que realmente importa é a jornada — uma jornada que nos leva a questionar a natureza do poder, da fé e do destino, mas, acima de tudo, nos surpreende a cada nova reviravolta.

Com isso, A Roda do Tempo se estabelece não apenas como uma competição saudável, mas também como uma sólida referência dentro do gênero, onde o caos e a magia coexistem de maneira única e inebriante.

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