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Ibama vai investigar fraude em controle de poluentes pela Volkswagen

Montadora alemã é acusada de falsificar o desempenho dos motores

AGÊNCIA BRASIL

25/09/2015 - 15h49
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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) iniciou investigação para verificar se a fraude cometida pela Volkswagen no sistema de controle de poluentes em carros americanos também se aplica aos modelos fabricados no Brasil. A Agência de Proteção do Meio Ambiente (EPA, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, acusou a montadora alemã de falsificar o desempenho dos motores em termos de emissões de gases poluentes por meio de um software incorporado no veículo.

A Volkswagen anunciou, na terça-feira (22), que mais de 11 milhões de carros a diesel em todo o mundo foram equipados com o tipo de motor que poderia distorcer os dados de emissões. A fraude foi verificada nos veículos movidos a diesel de quatro cilindros, vendidos no período de 2009 a 2015.

“Trata-se de um caso gravíssimo”, diz o Ibama, em nota, informando que a Volkswagen deve ser notificada ainda hoje (25). Além da multa, a empresa, caso a fraude seja confirmada, será obrigada a corrigir o problema em todos os veículos que tenham sido submetidos à alteração no software.

A nota do Ibama diz, a partir de dados da EPA, que os testes identificaram que os carros, em uso normal, emitem 40 vezes mais poluição do que o máximo permitido pela norma americana. Se a violação no Brasil for confirmada, a montadora poderá ser multada em até R$ 50 milhões.

As investigações da EPA levaram o presidente executivo do grupo, Martin Winterkorn, a pedir demissão no dia 23. "Estou chocado com os acontecimentos dos últimos dias. Acima de tudo, estou chocado que a má conduta em tal escala tenha sido possível no grupo Volkswagen", afirmou, em comunicado.

Procurada pela reportagem, a montadora disse que ainda não foi notificada da decisão do Ibama e que, por enquanto, não irá se pronunciar.

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Cinema B+: A missão de Tom Cruise era outra

O problema de Acerto Final não é a ação é tudo entre uma cena e outra

17/05/2025 13h00

Cinema B+: A missão de Tom Cruise era outra

Cinema B+: A missão de Tom Cruise era outra Foto: Divulgação

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Tenho um fraco por franquias longas. Gosto de ver o que envelhece bem, o que desanda, onde os personagens tentam manter a dignidade mesmo quando o roteiro parece ter desistido deles. No caso de Missão: Impossível, sempre houve um charme na megalomania.

Tom Cruise pulando de um prédio, de um helicóptero, de um avião — e da própria lógica. E, de certo modo, a saga conseguiu se sustentar ao longo de quase 30 anos com essa fórmula: empilhar impossibilidades e fazê-las parecer naturais. Ou pelo menos inevitáveis.

Quando Cruise comprou os direitos da franquia nos anos 1990, a ideia era simples: transformar a série de TV dos anos 60 em um sucesso de ação para o cinema. E funcionou. Ele assumiu o papel do “ator infiltrado” da equipe de espiões — herdeiro do personagem de Martin Landau — e atualizou tudo o mais, inclusive o venerável Jim Phelps, que virou traidor no primeiro filme.

A partir dos anos 2000, o que era um projeto virou uma obsessão: Cruise transformou Missão: Impossível em franquia, e a franquia virou espetáculo. A cada novo filme, o salto era mais alto, o desafio mais letal, a missão mais impossível. E o público foi junto.

Agora, chegamos a Missão: Impossível – Acerto Final. O título sugere encerramento. O filme, nem tanto. Lançado oficialmente no Brasil no dia 22 de maio, já estreou em Cannes e em alguns países, e o veredito inicial é um só: morno.

A promessa era de conclusão, mas o longa termina em aberto — o que sempre soa como um truque para segurar a plateia. E, convenhamos, Cruise pode até ter quase 63 anos, mas dificilmente vai abrir mão do papel que ele mais ama.

Não que falte ação. As sequências são impressionantes, como sempre. Cruise continua a correr como se o mundo dependesse disso — e, dentro da lógica do filme, depende mesmo. Mas tudo ao redor parece perder o fôlego.

A trama é básica: o inimigo agora é uma inteligência artificial chamada A Entidade, e Ethan Hunt precisa impedi-la de dominar o planeta. Só que, ao longo de 2h30, o roteiro explica a missão repetidamente, como se a plateia não estivesse prestando atenção.

A cada meia hora, alguém resume tudo de novo — em jograis onde um personagem começa a frase e outro termina, como se estivessem ensaiando para um musical bizarro sobre a internet.

Cinema B+: A missão de Tom Cruise era outraCinema B+: A missão de Tom Cruise era outra - Divulgação

Há outras escolhas duvidosas. O tom é mais sombrio do que o necessário. A nostalgia é escancarada: closes dramáticos, risadas de vilão, objetos girando na mão de Ethan para nos lembrar de peças que voltaram ao tabuleiro. Funciona? Às vezes.

Mas quase sempre pesa. Some a isso os monólogos — internos ou não — em que se diz, sem nenhuma ironia, que Ethan Hunt é o último bastião da humanidade. Às vezes parece que estão falando de Cruise. Talvez estejam mesmo.

A história avança a partir do ponto onde o filme anterior parou. Ethan está sozinho, claro, tentando descobrir como neutralizar a IA. Tem uma chave que pode ser a salvação (ou a destruição) do planeta.

O caos se instala, antigos inimigos voltam, segredos do passado emergem. A essa altura, ninguém confia em ninguém. O mundo está às vésperas da Terceira Guerra Mundial, mas tudo parece muito familiar — não em termos de geopolítica, e sim de roteiro.

O problema não é que Ethan vai sobreviver. Sempre soubemos disso. O problema é que nunca sentimos que ele poderia não sobreviver. O risco é teórico. O impossível virou rotina — e isso tira parte da tensão. Pior: boa parte das cenas mais espetaculares foram divulgadas muito antes da estreia, em vídeos promocionais ou making ofs.

Vê-las na tela grande ainda impressiona, mas não emociona. Porque, no fundo, sabemos que são apenas cenas espetaculares interligadas por uma história que não tem muito a dizer além do velho alerta: cuidado com a internet, ela pode dominar tudo.

Cruise continua sendo um dos últimos grandes astros a fazer questão de nos lembrar disso. Ele pula do penhasco por nós, corre por nós, desafia a idade por nós.

E tudo isso é real, como gosta de repetir em entrevistas. Mas talvez a verdadeira missão agora seja outra: reinventar-se. Ou, pelo menos, nos dar uma razão para querer seguir junto.

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Turnê de despedida da banda Natiruts terá show em Campo Grande

O grupo se apresentará na capital no dia 12 de junho e promete uma "verdadeira viagem musical pela trajetória do grupo"

17/05/2025 11h45

Turnê de despedida da banda Natiruts terá show em Campo Grande

Turnê de despedida da banda Natiruts terá show em Campo Grande Divulgação

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Uma das maiores referências do reggae brasileiro, a banda Natiruts anunciou oficialmente sua despedida dos palcos e Campo Grande está entre as cidades escolhidas para a turnê final. 

O grupo se apresentará na Capital no dia 12 de junho, véspera de feriado. O espetáculo faz parte da turnê “Leve com Você”, que celebra quase três décadas de carreira da banda brasiliense.

O show terá início às 22h, com previsão de encerramento às 4h da manhã, e promete uma "verdadeira viagem musical pela trajetória do grupo", com mais de 30 sucessos no repertório. Clássicos como “Presente de Um Beija-Flor”, “Andei Só” e “Sorri, Sou Rei” estarão no setlist, além de faixas menos conhecidas que marcaram os primeiros álbuns e conquistaram os fãs mais antigos.

Ao contrário de outras bandas que optam por longas pausas, o Natiruts anunciou que esta será uma despedida definitiva. O último show no Brasil está marcado para 2 de agosto de 2025, em Brasília, cidade onde o grupo foi fundado, seguido por apresentações internacionais que deverão encerrar oficialmente a trajetória da banda nos palcos.

Os ingressos para o show em Campo Grande já estão a venda e são limitados, os valores variam entre R$110 (área vip) a R$270 (frontstage open bar). 

Serviço: 

  • Local: Expo Bosque
  • Horário: 22h às 04h
  • Ingressos: R$110 a R$270 (aqui)

História

Formado em 1996, em Brasília, a banda Natiruts ganhou notoriedade nacional com a proposta de fazer um reggae genuinamente brasileiro, misturando influências jamaicanas com sonoridades locais e letras que falam de espiritualidade, amor, natureza e consciência social. 

O álbum de estreia, Nativus (1997), trouxe o primeiro sucesso da banda, “Liberdade pra Dentro da Cabeça”. Ao longo dos anos, o grupo consolidou uma carreira sólida, com turnês pelo Brasil e pelo mundo.

Campo Grande já recebeu o Natiruts em diversas oportunidades ao longo da carreira do grupo, com apresentações em festivais, casas de shows e eventos culturais. 

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