Hoje é celebrado o Dia do Idoso no Brasil. Exatamente nesta data, em 2003, foi aprovada a Lei nº 10.741, que tornou o Estatuto do Idoso vigente no País. O Estatuto estabelece por lei os direitos dos idosos, fazendo-os plenamente reconhecidos na sociedade contemporânea. São direitos que, anos atrás, pareciam irreais. “Na minha época, a gente tratava o idoso com respeito, porém, não existia ainda a garantia dos seus direitos. Hoje, o idoso tem um lugar nos transportes coletivos e uma fila reservada nos bancos, por exemplo. Muita coisa mudou”, define o professor Jânio Batista de Macedo, coordenador estadual do Sindicato Nacional dos Aposentados de Mato Grosso do Sul.
A médica cardiologista Angela Erminia Chichinel, que coordena o projeto de Atendimento Multidisciplinar ao Idoso (AMI), realizado por voluntários no Hospital São Julião, enfatiza que a população está envelhecendo cada vez mais. “Antigamente, se a pessoa atingia 40 anos, já era carta fora do baralho. Se chegava aos 60, não tinha mais nada para fazer da vida”, aponta.
“Com o controle das doenças, a redução da natalidade e as descobertas da medicina, hoje em dia, a gente vê idosos aos 80 anos, por exemplo, dirigindo. A Cora Coralina começou a escrever poesias aos 72 anos. As possibilidades hoje são diversas. Os idosos podem e querem viajar, estudar, ter qualidade de vida”, afirma.
* A reportagem, de Eduardo Fregatto, está na edição de hoje do Jornal Correio do Estado