A rede social pode ser uma grande rede de apoio às mulheres. Assim pensa a maquiadora e influencer digital, Pamela Eifler, mais conhecida como Pam Make, que aos 34 anos resolveu ampliar seu conteúdo nas redes sociais para poder ajudar as mulheres que, de alguma forma, a procuram para ouvir uma palavra de conforto. “Recebo muitos relatos de mulheres em depressão, que tentam suicídio, mães solo que dividem comigo os perrengues diários, diversas situações em que vejo mulheres sofrendo, se sentindo pra baixo e inevitavelmente com auto estima abalada entre outras coisas”, explica a influencer.
Para que as seguidoras possam ter um ânimo a mais na vida, Pam juntou outras profissionais para poderem juntas, criar o projeto de sororidade Acolhendo Mulheres. “Chamei meus amigos para que pudéssemos fazer pelo menos um pouco, para alegrá-las e também servir de impulso para que elas não se entreguem a depressão”, diz.
Ainda segundo a maquiadora, o objetivo do projeto é oferecer um serviço de resgate da autoestima da mulher. Dentre as opções estão, um curso de automaquiagem, sessões de psicoterapia ‘online’ com a psicóloga de mulheres Lara Gobetti @psicolara_ ,hidratação, escova, manicure e pedicure com os profissionais da @studioloiras, makes básicas + produtos para cuidados dos cabelos do @bambucosmeticoscg, cesta básica + hortifruti da @omarihortifrutidelivery , além de serviços com ginecologista, dentista e até advogado que poderão ser utilizados conforme necessidade.
“A gente se sensibilizou com os inúmeros relatos que a Pamela recebe, desde relacionamentos abusivos, mães solos e ela ficou bem comovida com relatos de tentativas de suicídio e me ligou para somar no projeto”, comentou a psicologa Lara Gobetti que irá contribuir com um mês de sessão para escutar e nortear as mulheres.
História de vida
A campo-grandense Pam Make atua como maquiadora há sete anos e há dois se tornou influencer digital. Mãe de uma menina de 13 anos e um menino de 3 anos e 9 meses, ela encontrou nas redes o apoio que lhe faltou. Atualmente 86% do seu público é formado por mulheres.
“Eu senti essa necessidade porque sempre fui sozinha, sem pai e mãe, sou mãe solo, já até apanhei de marido, passei por tudo isso e as redes sociais formam minha maior rede de apoio, hoje sou mais forte por isso, então sei o que elas sentem, porque exceto o abuso sexual, já passei por tudo nessa vida”, enfatiza Pamela.
Com duração de um ano, o projeto é destinado a mulheres residentes em Campo Grande/MS, que estejam passando por alguma situação de vulnerabilidade. Estas devem encaminhar e-mail para [email protected] contando sua história. Segundo a influencer, todas as histórias serão mantidas sob sigilo. “Acreditamos que cada um fazendo sua parte, podemos contribuir para um mundo onde a empatia e a sororidade sejam cada vez mais contagiosas”, finaliza.