Correio B

Rock in Rio

Metallica faz show no palco Mundo e coloca 100 fãs atrás de bateirista

Ao final da apresentação, grupo anunciou que prepara um novo disco para ser lançado em breve

FOLHAPRESS

20/09/2015 - 09h29
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O grupo Metallica tem milhões de fãs em todo o mundo, verdadeiros obsessivos que idolatram o quarteto e cruzam o planeta para vê-lo tocar. Mas poucos fãs gostam tanto de Metallica quanto um brasileiro de 66 anos chamado Roberto Medina, chefão do Rock in Rio.

O caso de amor entre Medina e a banda não é novo. O Metallica tocou para o empresário pela primeira vez em uma edição do Rock in Rio realizada em Lisboa, em 2004. Desde então, foram oito shows, incluindo apresentações em Madri, Las Vegas, e nas três últimas edições no Brasil, em 2011, 2013 e 2015.

Não importa que James Hetfield (voz, guitarra), Kirk Hammett (guitarra), Lars Ulrich (bateria) e Robert Trujillo (baixo) não gravem um disco de músicas novas do Metallica desde "Death Magnetic", de 2008 (sem contar o disco "Lulu", de 2011, uma parceria com Lou Reed): o apetite de Medina - e dos fãs - pela banda continua imenso. Tanto que os 85 mil ingressos colocados à venda para o show do grupo no encerramento do segundo dia do Rock in Rio acabaram rapidamente.

Enquanto isso continuar acontecendo, o Rock in Rio vai seguir chamando o Metallica, e os fãs não hesitarão em desembolsar uma boa grana para ver o mesmo show. OK, talvez não sejam exatamente os mesmos shows, mas são muito parecidos, com algumas poucas mudanças de repertório e de ordem das 18 músicas (o número é o mesmo em quase todos os concertos da banda).

Até que este último show começou com uma novidade, pelo menos para o Brasil: a banda colocou um grupo de cerca de 100 fãs em cima do palco, atrás da bateria de Lars Ulrich (o artifício já havia sido usado em shows em outros países, incluindo o Rock in Rio de Las Vegas). 

De início o resultado foi impactante, com a estranheza de ver fãs atrás da banda. Com o passar do tempo, no entanto, a surpresa acabou, e ver aquela multidão batendo cabeça e levantando os punhos em cima do palco virou uma chatice. Parecia programa de auditório.

O show do Rock in Rio foi o último do Metallica em 2015, depois de uma longa turnê, e a banda parecia cansada e levando a coisa no piloto automático. Até Robert Trujillo, sempre tão animado, estava meio borocoxô.

Mas o Metallica é uma banda tão boa e experiente que, mesmo longe de seus melhores dias, não decepciona. Também, com um repertório desses, é difícil não agradar: "Fuel", "For Whom the Bell Tolls", "The Unforgiven", "Sad But True", "One" e "Master of Puppets" animaram a plateia, que não ficou quieta nem quando um problema técnico durante a música "Ride the Lightning" provocou a interrupção do concerto por alguns minutos. Os fãs aproveitaram o silêncio no palco para entoar coros contra a presidente Dilma.

Depois da dobradinha "Fade to Black" / "Seek & Destroy", o Metallica saiu do palco e voltou para o bis fazendo uma homenagem ao baixista Cliff Burton, morto em 1986, com uma animada versão de "Whiskey in the Jar", tradicional canção irlandesa que a banda gravou no disco de covers "Garage Inc.", de 1998, antes de encerrar com "Nothing Else Matters" e, claro, "Enter Sandman".

No fim, o baterista Lars Ulrich pegou o microfone, agradeceu à plateia e revelou que a banda precisava voltar para os Estados Unidos para terminar um novo disco. Pode ser a explicação para um show tão frio e protocolar. O Metallica não parecia mesmo estar com a cabeça no Rock in Rio.

A programação completa do Rock in Rio pode ser acessada aqui.

ORQUESTRA JOVEM

'Show' de fim de ano da Fundação Barbosa Rodrigues une novos e velhos talentos no palco

Noite de apresentações marcada para às 20h de segunda-feira (09), no Teatro Aracy Balabanian, mostra os talentos musicais lapidos em Campo Grande

04/12/2024 13h00

Apresentação do dia (09) traz apresentação com novos alunos dos projetos da Fundação, mas também rememora antigos talentos formados pela Fundação

Apresentação do dia (09) traz apresentação com novos alunos dos projetos da Fundação, mas também rememora antigos talentos formados pela Fundação Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Marcada para 20h do dia (09) de dezembro, no Teatro Aracy Balabanian, a apresentação de fim de ano da Fundação Barbosa Rodrigues traz um verdadeiro show para Campo Grande, com novos e velhos talentos que foram lapidados nos mais diversos projetos musicais da organização que há quase meio século estimula a cultura local. 

Concerto de encerramento das atividades anuais, do projeto social de ensino de música, a noite do dia (09) dezembro traz apresentação com novos alunos dos projetos da Fundação, mas também rememora antigos talentos formados pela Fundação.

É o caso de Brenner Rosales, que chegou a representar Mato Grosso do Sul como violista da Filarmônica de Israel, e está de volta em território brasileiro, em colaboração com renomadas orquestras nacionais. 

Além dele, outro músico de renome na apresentação da segunda-feira (09) é Matheus Coelho, que nos dias atuais atua como regente no Canadá, com uma trajetória internacional que reflete o impacto do projeto em sua formação.

Monitora de Projetos na Fundação Barbosa Rodrigues, Juliana Bezerra Pereira da Silva também foi "fruto" da Orquestra, mas ressalta que projetos como a "Orquestra Jovem" servem não só para despertar talentos musiciais, mas também ajuda no desenvolvimento socio emocional, além de agir até como auxílio educacional. 

Passando pela turma de violino de 2015, o que ela cita ter sido uma experiência incrível, para Juliana Bezerra a "Orquestra Jovem" é uma porta a ser aberta para esse grupo de crianças entre 04 a 16 anos,. 

"Não permaneci devido a ter tendinite no braço que seria de apoio do instrumento. Mas pude retornar para a Fundação em 2023, onde voltei a ter contato com esse projeto lindo que fez e faz a diferença na vida de muitas crianças e jovens, seja no auxílio educacional, seja como ajuda socioemocional, ou como perspectiva profissional para eles", afirma. 

Resultados para vida

Apesar de ser instrumento de formação de novos musicos, os projetos da Fundação auxiliam não somente quem um dia sonhou em seguir carreira musical, caso de Pâmela Rodrigues, que afirma ter sua vida "completamente mudada" pela iniciativa. 

"Independente de não estar seguindo com a música hoje, foi algo que me ajudou muito como pessoa, Desenvolvi uma habilidade com a música que não conhecia. Fiz amizades que levo até hoje, conheci cidades e lugares incríveis, tive experiências únicas que levo comigo na memória", expõe ela. 

Ela cita que, além do aprendizado musical, a Fundação foi uma rede de apoio e incentivo do crescimento pessoal, pelo simples fato de conectar pessoas com o mesmo interesse em um espaço de colaboração. 

Integrante da fase inicial da Orquestra Jovem, ela diz que leva a música hoje como um "hobby", mas de forma série, sendo fote de "paz, calmaria, conforto, alegria".

"A Orquestra Jovem sempre fará parte da minha vida e sempre é um prazer poder voltar a tocar. Esse tipo de projeto tem como missão ajudar a descobrir um propósito maior, moldar a visão de mundo. Proporciona uma experiência prática valiosa, que me ajudou na construção de confiança e no entendimento de como as ações podem ter um impacto direto na comunidade ou no mundo", completa. 

Advogada, Fabíola Borges também é outro nome que passou pelo projeto da Fundação Barbosa Rodrigues e, mesmo que tenha seguido caminhos distintos da música, afirma que a arte foi sua base desde a infânica. 

"Me ensinou desde criança a ter compromisso, a ser mais cuidadosa, me trouxe amigos verdadeiros que se assemelham a uma familia e fez eu enxergar o mundo de uma maneira mais artística - essa é a parte incrível. Apesar de ter seguido outro caminho profissional foi a música que me guiou até aqui", completa.

Projetos

Como bem esclarece o Maestro Eduardo Martinelli, as atividades da Fundação registraram uma expansão em suas atividades aducacionais, com mais turmas e maior amplitude de seu alcance. 

Entre os cursos oferecidos na Fundação Barbosa Rodrigues aparecem: 

  • Coro infantil, 
  • Violão clássico, 
  • Teclado, além de 
  • Musicalização para pais e filhos.

Pioneira no projeto social da Fundação Barbosa Rodrigues, a musicalização para pais e filhos, por exemplo, favorece o aprendizado musical, mas também torna os laços familiares mais fortes, através de ambiente de interação e cooperação entre as gerações. 

"Estudos comprovam que a educação musical compartilhada entre pais e filhos pode ter um impacto profundo no desenvolvimento emocional e cognitivo das crianças, além de promover a construção de um vínculo mais estreito e positivo entre pais e filhos. A interação durante as aulas contribui para o fortalecimento da comunicação e colaboração familiar, essencial para o desenvolvimento integral das crianças", expõe o maestro. 

O Teatro Aracy Balabanian fica dentro do Centro Cultural José Octávio Guizzo, localizado Rua 26 de Agosto, número 453, localizado na região central de Campo Grande. 
 

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PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Prédio do ILA é abandonado em Corumbá

Prefeitura recebeu recursos para conservação de edifício histórico do Instituto Luiz Albuquerque em Corumbá, mas obra de restauração não foi concluída

04/12/2024 10h00

Edifício histórico no centro de Corumbá sofre com o abandono

Edifício histórico no centro de Corumbá sofre com o abandono Foto: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

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A falta de conservação dos prédios históricos de Corumbá, seja no porto geral, seja no entorno da área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), é o retrato do abandono da cidade, em que moradores convivem com escuridão nos bairros, acúmulo de lixo, arborização em declínio e ausência de políticas públicas. Imagens que chocam entre o passado e o presente.

Entre os casarões que apresentam aspecto de desmazelo se destaca o Instituto Luiz de Albuquerque (ILA), cuja calçada da sua imponente fachada está tomada pelo mato. A prefeitura recebeu R$ 3,2 milhões do governo federal para sua reforma, após a transferência do bem pelo Estado, mas a obra iniciada em 2021 foi paralisada um ano depois e sem previsão de continuidade.

Ficaram as marcas nas paredes de uma intervenção malsucedida – a prefeitura culpa a empreiteira, que teria descumprido o contrato –, impactando um belo exemplo da arquitetura em estilo eclético que compõe o conjunto histórico da cidade. Construído entre 1918 e 1922 para ser um grupo escolar, situa-se na Praça da República, de frente para o Rio Paraguai e o Pantanal.

Riscos de incêndio

Com grandes salões e janelas, o prédio conta ainda com um pátio, onde a reforma demoliu um espaço coberto que sediava oficinas de arte e eventos culturais. Abrigando um valioso acervo e duas das maiores bibliotecas do Estado, tornou-se nas últimas décadas uma verdadeira casa da cultura sul-mato-grossense. Porém, em nenhum momento passou por um restauro efetivo.

A falta de manutenção e conservação ocasionou sucessivas interdições, uma delas motivada por Ação Civil Pública do Ministério Público Federal (MPF), com base nos riscos de incêndio e na necessidade de se tomar medidas de segurança na edificação. Em 2014, foi realizada uma reforma paliativa, contemplando o telhado, que estava desabando.

O casarão centenário está fechado há 10 anos. Na retomada da reforma, foi transferido para outros espaços o acervo que inclui 12 mil jornais catalogados dos séculos 19 e 20 e duas mil fotos antigas da cidade, o Museu Regional do Pantanal e a Biblioteca Municipal Lobivar Matos, com 16 mil livros. Por último, de centro cultural, passou a ser sede da Defesa Civil local.

Nova licitação

Em julho de 2020, foi anunciada a tão esperada restauração, com recursos do Iphan repassados ao município. O projeto incluía intervenções em toda a estrutura (como janelas, portas, piso de madeira, escadaria, área externa, telhado, ladrilhos, hidráulica e elétrica) e instalação de um elevador acoplado ao prédio.

A prefeitura prometeu finalizar a obra em um ano, relatando que o maior problema do prédio era o telhado, ameaçando ruir. A requalificação envolveria as áreas externas, como praças e ruas, agregando mais conforto, iluminação, segurança, beleza e qualidade de vida ao espaço público, valorizado por outro prédio centenário, a Igreja de Nossa Senhora da Candelária (1885).

No entanto, o que se vê hoje é uma obra (entre tantas) abandonada, “um verdadeiro sinistro”, como definiu um ativista cultural da cidade.

O prefeito eleito Gabriel Oliveira garantiu a retomada imediata da reforma, que será relicitada nos primeiros meses de 2025. Também anunciou a criação da Fundação do Patrimônio Histórico para fazer a gestão real desse bem material.

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