Quinta obra de Augusto Cury a ganhar os palcos, “O Futuro da Humanidade” marca a volta do ator Kadu Moliterno ao teatro depois de um intervalo de cinco anos. A peça, com direção de Rogério Fabiano, estreia em Campo Grande neste fim de semana em sessão única, no sábado, às 21h, no Teatro Glauce Rocha, com classificação indicativa de 10 anos e ingressos de R$ 50 a R$ 150. Assinantes do Correio do Estado têm direito a 50% de desconto.
Além do ator e galã que marcou época em produções televisivas como a novela “Paraíso” (1982) e a série pop “Armação Ilimitada” (1985-1988), a montagem traz no elenco Julio Oliveira, That Bergamim, Renato Scarpin, Silvana França e Rodrigo Banks.
“O Futuro da Humanidade” é o primeiro romance de Cury e tem uma pegada “psiquiátrica/sociológica” para embalar uma mensagem de esperança e coragem, na melhor linhagem de autoajuda que fez o autor ser considerado o psiquiatra mais lido do mundo.
A trama gira em torno de Marco Polo, um jovem psiquiatra idealista que, com suas ações, desafia o complexo universo dos tratamentos psiquiátricos tradicionais, defendendo terapias mais humanas e sensíveis às histórias e aos sentimentos dos pacientes.
Em seus ideais, ele desenvolve uma abordagem individualizada da saúde mental enquanto luta pelo amor de uma mulher insegura e problemática que esconde um grande segredo.
“Um espetáculo necessário, em que os sentimentos mais bonitos do ser humano são revistos e refeitos e então vividos profundamente. O amor, a amizade e a felicidade costuram essa tocante encenação”, afirma Fabiano, que está dirigindo pela segunda vez um texto de Cury. O primeiro foi “Nunca Desista de Seus Sonhos”, segundo romance do autor.
23 MILHÕES
Inspirado na própria experiência do psquiatra, o espetáculo, seguindo a obra original, aborda temas como a ética médica, o preconceito e a discriminação da sociedade em relação às pessoas que sofrem com problemas de saúde mental. O preconceito leva ao agravamento dessas condições, que têm aumentado sobretudo entre crianças e adolescentes.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) informam que 12% da população brasileira – ou aproximadamente 23 milhões de pessoas – apresentam sintomas de transtornos mentais, números que têm grande chance de serem subestimados em função da subnotificação resultante do estigma social em torno do tema.
“Esse texto foi muito providencial. Eu estava um dia na praia, olhei para o céu e pedi a Deus que me mandasse um trabalho, mas que não fosse qualquer trabalho, mas algo com o que eu pudesse celebrar meus mais de 50 anos de carreira. Um pouco depois recebi uma ligação, e era o convite para fazer essa peça”, relata Moliterno, que nos últimos 10 anos fez, no teatro, “Os Divorciados”, “Lição de Anatomia”, “Três Casamentos e Uma História” e “Um Casamento Feliz” (2019).
450 MIL
“Os assuntos abordados são tão relevantes nesses tempos sombrios que atravessamos, como a depressão, a ansiedade e a importância da psicoterapia. Espero que essa história de superação e esperança toque muitos corações e possa emocionar e inspirar o público, assim como o livro me emocionou e inspirou”, afirma Ingrid Zavarezzi, a qual, após “Nunca Desista de seus Sonhos”, assina a sua segunda adaptação teatral de um texto de Cury a quatro mãos com o médico e escritor.
Além de “O Futuro da Humanidade”, dos livros escritos pelo psiquiatra, já foram montados nos palcos “O Vendedor de Sonhos”, “O Homem Mais Inteligente da História”, “Nunca Desista de seus Sonhos” e “A Turma da Floresta Viva”, somando, no total, um público de mais de 450 mil espectadores.
O produtor Luciano Cardoso, responsável por todas as versões das obras do psiquiatra para o teatro, endossa: “As obras de Augusto Cury nos trazem reflexão e a busca de sermos seres humanos melhores para nós mesmos e para uma sociedade mais humana, mais empática”.
“Realizarmos a quinta montagem teatral em cinco anos e tendo em especial o reconhecimento do grande público, com cerca de meio milhão de pessoas já tendo prestigiado essas obras por todo o País, só reforça o quanto precisamos de cultura e de mensagens construtivas que reforcem o propósito
e o que mais importa na vida: o amor, a amizade e as relações humanas saudáveis”, conclui.