Duas musas douradas da tevê, do cinema e do teatro brasileiro dão o ar da graça, neste fim de semana, de diferentes maneiras. Quem aparece, em carne e osso, no Teatro Glauce Rocha, sábado (21h) e domingo (19h), é Vera Fischer, integrando o elenco do espetáculo “Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito”.
Já Tônia Carrero, que partiu em 2018, aos 95 anos, volta à baila por ocasião do centenário de nascimento em uma mostra de filmes do Itaú Cultural Play.
O que as duas estrelas têm, ou tiveram, em comum, além de cabelos loiros, olhos azuis e uma beleza de arrasar quarteirão? Talento em cena e uma capacidade de reinvenção que, vistos de perto, certamente superam qualquer tanto de charme e formosura que as duas despejaram aos montes em carreiras mais que consolidadas e bastante festejadas.
No caso de Vera, atualmente com 70 anos, a quilometragem ainda corre em aberto.
E a estrada do showbiz também parece abrir os braços e querer mais da loira fatal, que muita gente jura ter olhos verdes – ou castanhos, pretos, etc.
Pouco importa. Fica a impressão de que se pode tudo quando se é Vera Fischer, inclusive projetar olhares multicor. Afinal, “Ela É o Cara”, como diz o título da peça anterior que a musa trouxe a Campo Grande, em 2016.
Dessa vez, La Fischer volta à Capital, no mesmo palco do Glauce, para viver Dulce Carmona, uma mãe possessiva que se torna o pomo de discórdia entre o filho e a nora.
Ou seria a nora, interpretada por Larissa Maciel, o elo destoante entre mãe e filho? Com texto de Eduardo Bakr e direção de Tadeu Aguiar, “Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito” traz ainda, no elenco, Mouhamed Harfouch.
Os ingressos custam de R$ 60 a R$ 180 e estão à venda pelo site: pedrosilvapromocoes.com.br ou no estande do Comper Jardim dos Estados. Assinantes do Correio do Estado têm direito a 50% de desconto. Mais informações pelo WhatsApp (67) 99296-6565.
TÔNIA CARRERO
Nos anos 1960, quando estava mais que consagrada e já não precisava provar nada para ninguém, Tônia Carrero (1922-2018) decidiu assumir o papel da prostituta Neusa Suely.
A peça foi “Navalha na Carne”, de Plínio Marcos, considerada hoje um clássico. Carrero disse, na época (1967), que estava cansada de fazer a bonitinha virtuosa e também dos comentários que a acusavam de ter se dado bem apenas por causa da estampa privilegiada.
Resultado: a atriz deu vida a Neusa Suely – aliás, o mesmo personagem que Vera Fischer encarnaria no longa-metragem de mesmo nome dirigido três décadas depois por Neville D’Almeida – e, sim, surpreendeu até os mais incautos com a sua performance.
A beleza romantizada que cercava a imagem da atriz foi forjada, muito antes da televisão, em filmes como os três títulos que a plataforma Itaú Cultural Play (itauculturalplay.com.br) disponibiliza a partir de hoje, via streaming, gratuitamente.
São dois dramas e uma comédia, todos produzidos na década de 1950 pela Vera Cruz. O acesso é gratuito. Tônia Carrero completaria 100 anos no dia 23.
“Tico-tico no Fubá” (1952), dirigido por Adolfo Celi e com o futuro astro Anselmo Duarte no elenco, é uma ficção biográfica sobre o compositor Zequinha de Abreu (1880-1935). “Appassionata” (1952), de Fernando de Barros, também com o galã Duarte, apresenta uma trama envolvendo a morte de um famoso maestro.
E a comédia “É Proibido Beijar” (1954), de Ugo Lombardi, é sobre as paqueras e apostas que agitam a temporada de uma jovem milionária dos EUA em São Paulo.
GERALDO E RAPHAEL
Outro veterano que mostra a cara, acompanhado do seu violão e de belas canções, é o cantor e compositor Geraldo Espíndola, neste domingo, 19h, na retomada do projeto Som na Concha.
Combinando a sonoridade do blues com os matizes autorais e fronteiriços de sua lavra, o músico apresenta o show “Raça das Matas” ao lado de Gabriel Andrade (guitarra e violão) e Gabriel Basso (baixo), além de convidados especiais, a exemplo de Raphael Vital e Erika Espíndola.
Mais cedo, às 18h, Vital é o dono do palco. O artista de Três Lagoas, experimentado no folk regional, apresenta o show “Vaqueiros Urbanos”, em que, além de cantar, toca violão, viola caipira e banjo americano.
Ivan Cruz (violão sete cordas), Edclei Calado (contrabaixo) e Marcus Loyola (bateria) participam do show ao lado do músico, que está lançando o DVD “Raphael Vital Voz & Cordas”. Na Concha Acústica Helena Meirelles, de graça.
KOMBINADO
No Sesc Cultura, além da “Maratona Folclore”, uma das atrações é o lançamento, no sábado, 18h30min, da coletânea “Nascentes: Uma Antologia em Verso e Prosa” (Life Editora, 2022), do Projeto Kombinado. Organizado por Anderson Lima e Vini Willyan, a publicação reúne 10 autores e diferentes práticas literárias – prosa, poesia, crônicas, etc.
BUZUM! EM BONITO
Depois de Três Lagoas, Aquidauana e Corumbá, a Cia de Teatro BuZum! apresenta o espetáculo infantojuvenil “Perigo Invisível” em escolas públicas de Bonito. As apresentações começam hoje e seguem até segunda. A peça destaca a importância da higiene pessoal, com lições tiradas da pandemia.
CINE PAPAI
Nas salas de cinema dos shopping centers, além de “A Fera”, com Idris Elba, e do terror “Gêmeo Maligno”, o destaque vai para o longa brasileiro “Papai É Pop”, de Caíto Ortiz, com Paolla Oliveira e Lázaro Ramos nos papéis principais. O lançamento pega carona no Dia dos Pais, celebrado neste domingo.