O “The Voice Brasil” é um formato internacional. Por isso mesmo, a produção musical não oferece muito espaço para variações. Produzido desde 2012 no Brasil, o programa mexe onde pode dentro da estrutura para se manter vivo na grade. Em sua oitava temporada, que estreia na próxima terça, dia 30, o “reality show” faz mais uma mudança no time de jurados. Com a saída de Carlinhos Brown, a cantora Iza é a nova integrante da competição. Com uma carreira recente, seu álbum de estreia, “Dona de Mim”, foi lançado no ano passado, Iza não tem a mesma bagagem profissional de Ivete Sangalo, Lulu Santos e Michel Teló, demais jurados da produção. Mas, conta com seu carisma e sua fábrica de “hits” para se firmar no programa. “Me sinto lisonjeada de fazer parte desse projeto. É muito legal ter uma produção que incentiva a cultura em um momento como esse. Acho que é fácil exercitar a empatia e se colocar no lugar do outro durante a disputa. É muito bom saber que posso ajudar a impulsionar a carreira de alguém. De alguma forma, a gente aprende muito aqui. Aprende a lidar com pessoas, lidar com vergonhas e ser carinhoso na hora de dizer algo necessário”, aponta Iza.
A próxima temporada contará com 20 programas ao todo. Assim como ocorreu no ano passado, o programa irá ao ar nas noites de terças e quintas. Serão seis “Audições às Cegas”, cinco “Batalhas”, quatro “Rodadas de Fogo”, três “Shows ao Vivo”, semifinal e final. O botão de bloqueio estará disponível durante toda a primeira fase. Com ele, os técnicos podem bloquear uns aos outros, dificultando ainda mais as escolhas do colega ao lado e impedindo que o talento opte por ingressar no time do rival. O técnico só saberá que está impedido de participar da disputa pela voz se virar sua cadeira. O botão de bloqueio poderá ser usado também durante as “Batalhas”, tirando o time rival da disputa pelo candidato eliminado. “A gente vai ter o bloqueio de novo na primeira fase, que é um dos grandes momentos. Estou feliz que vamos ter cinco fases de ‘Batalhas’. Amo as ‘Batalhas’ e acho a fase mais legal. Vamos passar por essa etapa com mais calma”, explica o apresentador Tiago Leifert. Ainda na etapa das “Batalhas”, os técnicos podem usar o famoso “Peguei” para resgatar os eliminados de cada performance. Com esse recurso, cada um poderá incluir até três novos participantes no seu time. “Eu sempre brinco que o ‘The Voice’ é um jogo que começa pelos pênaltis, que são as audições. Essa caminhada do participante até o palco é como a caminhada do jogador para bater o pênalti”, filosofa Leifert.
Além da cantora Iza, Jeniffer Nascimento é a outra grande novidade da temporada. Substituindo Mariana Rios, a atriz estreia na cobertura dos bastidores trazendo detalhes e curiosidades de todas as etapas vividas pelos candidatos. Recém-saída do elenco de “Verão 90”, Jeniffer tem um histórico com competições musicais. A atriz participou e venceu os “realities” “Fábrica de Estrelas”, do Multishow, e “Popstar”, da Globo. “É muito legal poder viver o outro lado agora. Venho para somar minha energia. Ser apresentadora era algo que eu sempre quis. O ‘start’ na arte foi apresentando um programa imaginário em frente ao espelho quando pequena. A música veio depois”, relembra.
Rumo ao pentacampeonato, Michel Teló é o principal adversário de Lulu, Ivete e a novata Iza. O sertanejo, inclusive, brinca com a possibilidade de virar hexa antes mesmo da Seleção Brasileira de futebol. “Estamos trabalhando para isso. Quem sabe dá certo? (risos). Mas, na verdade, o foco é sempre a galera no palco. A gente quer fazer um programa bonito e levar alegria para as pessoas em casa. Quem ganha é o público. A gente faz com muito amor. Venho para montar um time bacana”, desconversa. Para Ivete, o programa se mantém vivo para além dos meses em que fica no ar. A cantora segue em contato com antigos participantes. “É um programa prazeroso o tempo todo. Além de analisar as vozes, também somos público e fã. Se constrói relações e laços para uma vida inteira”, aponta.
Jurado mais experiente do quarteto e no “casting” do programa desde a estreia, Lulu evita racionalizar suas escolhas durante a competição. “Tenho de ser impulsivo e levado. A gente sabe o que quer e o que não quer. Quero ser tocado, arrepiado ou sentir algo de alguma forma. Se isso acontece, melhor. Se não acontece, a gente sabe explicar”, analisa.