Espaço de todos e, de maneira contemplativa, capaz de proporcionar paz e tranquilidade, a natureza está no centro do projeto Compasso’s Trilhas Terapêuticas.
Idealizado pela psicóloga Marley da Silva Costa, 53 anos, o projeto tem a proposta de aliar natureza com terapias alternativas, como um desses casamentos que dão certo. “Percebemos que quanto mais natural o ambiente onde as vivências acontecem, maiores as chances de reconexão com nosso eu interior”, explica.
Adepta de trilhas longas, a psicóloga iniciou o projeto no início de 2020, com o objetivo de oferecer uma oportunidade de meditação ao ar livre e que transmita a sensação de relaxamento. “Entendemos que a natureza nos disponibiliza esta transformação positiva, ela serve como um facilitador para as vivências. O ar puro, as energias mais limpas, as belas paisagens, os sons da cachoeira, dos passos pisando a terra. Tudo isso nos leva a um estado contemplativo que regenera o organismo como um todo, trazendo de volta sensações perdidas, esquecidas em meio à correria da vida que levamos, quase que totalmente no automático”, argumenta.
Como funciona
Mato Grosso do Sul tem diversos locais perfeitos visualmente que conquistam os moradores e também os praticantes da trilha diferenciada.
Cachoeiras, diferentes espécies de fauna e flora, esportes radicais e terapia alternativa acabaram chamando a atenção de todos os tipos de público, inclusive famílias com crianças a partir de seis anos. Dependendo do percurso, a trilha dura cerca de três a quatro horas, e, em alguns locais, a duração pode se estender por conta de serviços como café da manhã estilo colonial e almoço no fogão a lenha.
O destino não é fixo, muda de acordo com o grupo, mas normalmente não fica distante de Campo Grande. A trilha pode chegar a 4,5 km de percurso total em uma manhã, por exemplo. A programação acontece uma vez por mês e começa cedo. O horário do encontro inicial é às 5h30min, e, em seguida, a abertura oficial conta com uma atividade orientada para estimular a conexão com o presente.
Há também o café da manhã, o início da trilha e uma parada para meditação e banho de cachoeira. “É importante salientar que os horários são flexíveis, pois, tratando-se de vivências, a gente analisa o andamento de cada dinâmica programada e cada um vai em comboio no seu próprio carro até a chegada na trilha”, explica Marley.
No primeiro encontro, ela conta que foram mais de 18 pessoas inscritas. Já na segunda e terceira vivências, foram registrados 15 participantes. “Esta reconexão remete à nossa essência, traz paz, confiança e renova nossa sintonia com a nossa casa de origem, a natureza”.
Já sobre o que levar, a terapeuta holística garante que, além da máscara e água para o trajeto, é necessário incluir também tênis confortável, camiseta de secagem rápida, calça legging, chinelos na mochila para o caminho de volta, cangas, toalhas e protetor solar.
A psicóloga reforça que os efeitos pós-trilha terapêutica são os melhores possíveis, uma vez que os participantes a procuram para tentar abstrair o estresse do dia a dia. “As pessoas começam o evento com um semblante carregado, talvez pelo estresse do dia a dia, talvez pela ansiedade ante o desconhecido... E quando chegamos ao fim, parece que estamos diante de um outro ser humano, bem mais calmo, semblante leve e renovado”, pontua. Informações pelo Instagram @compassos.trilhaterapeutica.