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BASTIDORES

União feminina: "Quatro por Quatro"

Cômica e sensual, a trama completa 25 anos de exibição

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Marcello Novaes e Letícia Spiller em "Quatro por Quatro" (Foto: Divulgação)

Por conta de sucessos como “Vereda Tropical” e “Bebê a Bordo”, Carlos Lombardi ajudou a reformatar o tom que seria típico de uma trama das 19 horas. Tendo o humor como base, o autor virou mestre em aglutinar tórridos romances, com dramas leves e forte apelo sensual. E dos trabalhos de Lombardi na Globo, a trama que mostrou a perfeição e a viabilidade dessa “receita” foi “Quatro Por Quatro”, que completa, este mês, 25 anos de exibição. “Escrever essa novela demandava muita energia. Queria uma trama ágil, mas sem perder a qualidade linguística. Eu gosto muito do resultado. Existia o entrosamento perfeito entre texto, direção e o desempenho dos atores", analisa o autor. A meta da Globo era manter a faixa das sete em alta. No entanto, tentar igualar ou superar os índices do sucesso arrebatador da antecessora, “A Viagem”, que terminou com 52 pontos de média-geral, não chegou a ser uma preocupação para Lombardi. “Se eu me ligasse nisso, ficaria louco. Tivemos picos de 52 e a novela fechou com 49 de média. Um sucesso que é lembrado até hoje”, valoriza.

Letícia Spiller, Elizabeth Savalla, Cristiana Oliveira e Betty Lago em "Quatro por Quatro". (Foto: Divulgação)

Na história, depois de se envolverem em um acidente de trânsito, Auxiliadora, Tatiana, Babalu e Abigail, personagens de Elizabeth Savalla, Cristiana Oliveira, Letícia Spiller e Betty Lago, acabam presas na mesma cela. Em meio a este contratempo, aos poucos, o quarteto começa a trocar experiências e perceber várias semelhanças em suas desastrosas relações amorosas. Do desejo de vingança, surge uma amizade. E as quatro desconhecidas decidem se ajudar em um plano para resgatar o amor próprio de cada uma e arruinar a vida de seus pares, Alcebíades, Gustavo, Fortunato e Raí, respectivamente, interpretados por Tato Gabus Mendes, Marcos Paulo, Diogo Vilela e Marcello Novaes. “Era uma novela deliciosa de se fazer. Um texto afiado e que realmente repercutiu junto ao público. Eu era nova e inexperiente, a Babalu caiu nos meus braços e foi complicado dar conta de tanta responsabilidade. Devo o desenvolvimento da minha carreira a este trabalho”, conta Letícia Spiller, grande revelação da época e sucesso ao lado de Marcello Novaes.

"Quatro por Quatro" (Foto: Divulgação)

Em meio aos dilemas e armações do quarteto, a história do confuso – e despido – Bruno, de Humberto Martins, também teve importância. Além de se envolver com várias mulheres ao longo da trama, o personagem se recuperava da perda de seu grande amor e tentava a todo custo retomar a guarda da filha, Ângela, de Tatyane Goulart. “Depois que a esposa morre, ele fica sem condições psicológicas de cuidar da criança e a entrega ao irmão, Gustavo (Marcos Paulo). Quando Bruno decide voltar a viver, as coisas já estão bem diferentes. Ele vai se encontrando ao longo dos capítulos”, resume Martins. Ângela sempre quis conhecer seu verdadeiro pai, mas fica dividida ao ter de deixar de morar com o homem que a educou. “Eu tinha entre oito e nove anos na época da novela. E lembro que, pela primeira vez, comecei a me preocupar em construir uma personagem. A Ângela era muito esperta e carregada de uma rebeldia infantil peculiar. Eu era muito paparicada nos bastidores”, conta a atriz.

"Quatro por Quatro" (Foto: Divulgação)

Com direção de núcleo de Ricardo Waddington, “Quatro Por Quatro” era ambientada no Rio de Janeiro e foi produzida sem grande ostentação, abusando de cenas de estúdio e contando com uma pequena cidade cenográfica retratando um bairro suburbano. Inicialmente, a novela foi pensada para ter cerca de 150 capítulos. No entanto, o êxito ao longo da exibição da trama fez com que autor e diretor trabalhassem para esticar a história em mais de 80 capítulos. “Fechamos com 233. E acho que a novela nem teve tanta barriga. Lombardi soube trabalhar seus protagonistas de forma muito bem pensada. Todo mundo brilhou. Nossa preocupação era manter a qualidade e o sucesso até o final”, conta o diretor. Em tempos de elencos numerosos, muitos nomes tiveram destaque na trama, como Bete Mendes, Drica Moraes, Helena Ranaldi, Marcelo Faria, Luana Piovani e Bianca Byington. “Todas as apostas deram muito certo. Acho que é por isso que muitos personagens são lembrados até hoje”, acredita Carlos Lombardi.

Cinema

Lilo & Stitch: Saiba quem são os dubladores do novo live-action

Com estreia prevista para maio, trailer do filme foi lançado na última quarta

14/03/2025 13h30

Lilo & Stitch

Lilo & Stitch Reprodução

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A Disney divulgou na última quarta-feira (12) o live-action de Lilo & Stitch, dirigido por Dean Fleischer Camp, e que está prestes a chegar aos cinemas em maio de 2025.

A nova adaptação promete manter a essência do clássico animado de 2002, com uma mistura de atores reais e elementos em CGI. 

Uma das características mais marcantes das animações no Brasil são as dublagens e esse é um ponto que o live-acrion apostou para garantir a nostalgia do público. O elenco de dubladores contará com algumas das vozes do filme de 2002.

Quem "empresta" a voz?

Lara Paciello, de apenas 6 anos, é a dubladora brasileira da personagem Lilo, interpretada originalmente pela atriz Maia Kealoha, de 8 anos. Na animação de 2002, Lilo era dublada por Bianca Salgueiro.

Já o alienígena Stitch vai garantir a familiaridade da história. No Brasil, seu dublador permanece o mesmo de 2002, tendo a voz de Márcio Simões. O mesmo ocorreu na versão original, com Chris Sanders dando continuidade ao seu trabalho.

A irmã mais velha de Lilo, Nani é interpretada por Sydney Agudong e dublada por Vic Brow. Na animação, a dublagem brasileira era por conta de Mareliz Rodrigues.

O papel de Dr. Jumba Jookiba, o criador de Stitch, é assumido por Zach Galifianakis. No Brasil, a voz do personagem fica por conta de José Leonardo, dublador conhecido por trabalhos como "Os Simpsons" e "Coragem, o cão covarde".

Pleakley, um agente alienígena que ajuda Lilo e Nani, será dublado por Yuri Chesman, conhecido pelas dublagens do ator estadunidense Taylor Lautner. Pleakley foi originalmente dublado no Brasil por Cláudio Galvan.

O assistente social que cuida de Lilo e Nani, Cobra Bubbles, é interpretado por Courtney B. Vance e dublado por Ronaldo Júlio.

Estreia

O filme está programado para estrear nos cinemas em 22 de maio de 2025. Ainda não há uma data confirmada para sua chegada ao Disney+, mas é provável que ocorra entre três a quatro meses após a estreia nos cinemas.

Confira o trailer:

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agenda cultural

Fim de semana conta com rock pesado, estreia nos cinemas e lançamento de livro

Expoente mundial do rock pesado, Angra volta a Campo Grande para show histórico neste sábado, com abertura das bandas Mind Evil e Shadows Legacy; e tem mais rock no Buteco do Miau, espetáculo infantil no Sesc Prosa e novo longa de Fernanda Montenegro

14/03/2025 10h30

Com Rafael Bittencourt, Felipe Andreoli, Bruno Valverde, Marcelo Barbosa e Fabio Lione, a banda apresenta amanhã, no Clube Estoril, a turnê

Com Rafael Bittencourt, Felipe Andreoli, Bruno Valverde, Marcelo Barbosa e Fabio Lione, a banda apresenta amanhã, no Clube Estoril, a turnê "Temple of Shadows 20th Anniversary Tour Interlude" Divulgação

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Depois de mais de uma década sem se apresentar na Capital, o que acabou motivando até uma petição pública tempos atrás, a banda Angra está de volta para uma apresentação que pode ser considerada histórica – é amanhã, no Clube Estoril.

Expoente mundial do heavy metal, especialmente do power metal (mais rápido e com influências da música clássica), com turnês concorridas, altas vendagens de seus álbuns e fãs ardorosos da América Latina ao Japão, onde conquistou o primeiro disco de ouro, o grupo chega por aqui em tom de despedida.

Ou quase: é que desde o anúncio da nova turnê, em 2024, a banda – leia-se o guitarrista Rafael Bittencourt, único integrante da formação original e chefão do Angra – informou que faria uma pausa sem data de retorno após mais essa excursão internacional.

Criado em 1991, em São Paulo (SP), por estudantes de música e virtuoses, o Angra experimentou crossover do metal com ritmos brasileiros antes mesmo que o Sepultura.

E revelou ao mundo ícones do gênero, como o vocalista André Matos (1971-2019), que foi da Viper antes do Angra e que, ao lado de Luis Mariutti (baixo) e Ricardo Confessori (bateria) – também ex-integrantes do grupo –, montou o Shaman; e o guitarrista Kiko Loureiro, que tocou no Megadeth (de 2015 a 2023), lançou videoaulas e segue em carreira solo.

Mais do que tudo isso, o Angra lançou 10 álbuns de estúdio muito elogiados, pela coesão conceitual, pela inspiração e pela fúria – e seus integrantes costumam ser bem potentes no palco.

Um dos álbuns poderosos, considerado por muitos o seu melhor trabalho, é “Temple of Shadows” (2004), que alimenta a turnê “Temple of Shadows 20th Anniversary Tour – Interlude”, prevista para rodar até agosto.
Como já fez com “Angels Cry” (1993), “Holy Land” (1996) e “Rebirth” (2001), discos que mereceram turnês de celebração 20 anos depois do lançamento, o Angra reapresenta, na atual excursão, o repertório de “Temple of Shadows” na íntegra. São 13 faixas de arrepiar e fazer bater a cabeça de qualquer mortal.

Quer dizer, a intro “Deus Le Volt!” e a apoteótica “Gate XIII”, que encerra o álbum, são mais contemplativas, uma vez que o Angra se encontra com mais força, digamos, com a sua porção sinfônica. Mas as outras faixas não são menos que pérolas do metal, isto é, de deixar qualquer headbanger de queixo caído.

Se você nunca ouviu o disco, que foi criado sob a inspiração da saga de um cavaleiro do século 11, extraído das Cruzadas medievais, vá diretamente a “Spread Your Fire”, a “Waiting Silence” ou a “Wishing Well”, por exemplo. Mas ali tudo vale muito a audição.

A formação que aporta em Campo Grande traz, além do mentor Rafael Bittencourt (guitarra base e teclado), Felipe Andreoli (baixo e teclado), Bruno Valverde (bateria), Marcelo Barbosa (guitarra solo) e o italiano Fabio Lione (vocais).

Os ingressos ainda disponíveis, via articket.com.br, custam R$ 110 (meia-entrada) e R$ 130 (ingresso social), ambos para a área VIP e mediante a entrega de 1 kg de alimento não perecível. A área premium já está esgotada.

A partir das 19h, com Mind Evil e Shadows Legacy, já vai ter som ao vivo rolando. O Angra entra em cena às 22h. Programão!
(Marcos Pierry)

MIAU ROCK

O rock autoral também vai rolar solto no Buteco do Miau. 

Três bandas locais se apresentam por lá na noite de hoje: Peixes Entrópicos, Ovelhas Elétricas e Dr. Soup. Das três, a mais veterana, com 10 anos de estrada, é a Peixes, que volta aos palcos depois de um tempo meio sumida.

“Convidamos as Ovelhas e a Dr. Soup porque também precisamos de energia nova nos palcos da cidade. É importante que as bandas e os artistas que atuam há mais tempo se atentem ao que acontece de novo e busquem formar parcerias”, opina João P. Abdo, contrabaixista da Peixes Entrópicos. Ingressos a R$ 15 com bilheteria somente no local (Av. José Nogueira Vieira, nº 1.303, Tiradentes).

A Peixes Entrópicos surgiu em 2015 com o estilo autodenominado “pop-sonhador-delicinha”, que é uma brincadeira envolvendo um dos estilos que norteia o som deles, o dream pop, bem como o nome de uma faixa do disco “Peixes Entrópicos”, de 2017.

A banda cria uma imersão sonora por meio de melodias que causam a sensação de profundidade e espacialidade, com letras a respeito dos conflitos relacionados à existência e o posicionamento das pessoas no mundo enquanto sujeitos.

Na ativa desde 2015, a banda – que completa 10 anos – já se apresentou nos principais redutos musicais e culturais de Campo Grande, inclusive dividindo o palco com importantes nomes da cena independente nacional, como Vitor Brauer e Gorduratrans.

Com um álbum homônimo lançado, disponível nas principais plataformas de música, a banda trabalha para novos lançamentos ainda neste ano. Atualmente, a Peixes é composta por Higor Müller (voz/guitarra), Leandro Bezerra (bateria), Gustavo Tonani (guitarra) e João P. Abdo (contrabaixo). Confira mais no perfil 
@entropeixes no Instagram.

MÊS DA MULHER

Dois eventos hoje, ambos às 19h, seguem marcando o Dia Internacional da Mulher. 

No Sesc Prosa (Rua Anhanduí, nº 200, Centro), Jackeline Mourão e Reginaldo Borges recebem o público para a sessão de lançamento do curta-metragem “Corre!”, dirigido pela dupla, a qual é conhecida pelo trabalho com dança contemporânea permeado por um intenso laboratório de experimentações em vídeo.

Com Rafael Bittencourt, Felipe Andreoli, Bruno Valverde, Marcelo Barbosa e Fabio Lione, a banda apresenta amanhã, no Clube Estoril, a turnê "Temple of Shadows 20th Anniversary Tour  Interlude"Curta-metragem de Jackeline Mourão e Reginaldo Borges que traz no elenco, entre outros nomes, Renata Leoni (foto); hoje, 19h, no Sesc Prosa - Foto: Divulgação/Regi Borges

O filme propõe um mergulho no cotidiano das mulheres, “evidenciando desafios, preconceitos e as múltiplas formas de violência enfrentadas diariamente”. Segundo o material de divulgação da produção, “a obra propõe uma reflexão sobre empoderamento, resistência e a força criativa feminina diante das pressões sociais”.

Foi sensibilizada por abortos malsucedidos e outros episódios trágicos envolvendo a condição da mulher e a maternidade que a jornalista e psicanalista Eliene Smith escreveu “Não Quero Ser Mãe”.

O romance, com lançamento no Senac Hub Academy, apresenta “uma jornada íntima e visceral por meio dos olhos de uma jornalista que, ao conhecer Camila, uma adolescente grávida abandonada pelo namorado, mergulha em uma realidade brutalmente honesta e profundamente comovente”. O livro ganha publicação pela Life Editora.

“O Estado não fala tão abertamente sobre o tema, e a gente fala muito sobre doenças sexualmente transmissíveis, mas acaba desprezando a questão do planejamento reprodutivo, que deveria ser discutido dentro das escolas. Muitos pais também não falam dentro de casa com seus filhos. Então, por mais que estejamos em uma sociedade que parece estar tão bem informada, na verdade não está, e tudo isso me levou a querer debater o assunto, para que possamos trabalhar mecanismos de prevenção e discutir alternativas”, resume a autora.

TEATRO - "FALA BICHO"

Com Rafael Bittencourt, Felipe Andreoli, Bruno Valverde, Marcelo Barbosa e Fabio Lione, a banda apresenta amanhã, no Clube Estoril, a turnê "Temple of Shadows 20th Anniversary Tour  Interlude"Foto: Divulgação

Espetáculo reunindo um narrador, um músico e uma acrobata da Cia Habilidoces, que, por meio da contação de histórias, dá vida a “personagens encantadores que habitam os contos populares e a literatura infantojuvenil brasileira”; amanhã, 16h, no Sesc Prosa.

CINEMA - "VITÓRIA"

Com Rafael Bittencourt, Felipe Andreoli, Bruno Valverde, Marcelo Barbosa e Fabio Lione, a banda apresenta amanhã, no Clube Estoril, a turnê "Temple of Shadows 20th Anniversary Tour  Interlude"Foto: Divulgação

Longa-metragem estrelado por Fernanda Montenegro, baseado na história de uma mulher que grava imagens do tráfico no Rio de Janeiro e entrega para a polícia.

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