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LEVANTAMENTO

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Estado deve produzir 21,5 milhões de toneladas de grãos

Estimativa do IBGE aponta crescimento de 13,5% na produção de cereais, leguminosas e oleaginosas em Mato Grosso do Sul na safra deste ano

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A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas em Mato Grosso do Sul deve alcançar 21,583 milhões de toneladas neste ano, de acordo com a última estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgada em maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  

O número é 13,5% maior (ou 2,547 milhões de toneladas acima) da safra colhida no ano passado (19,009 milhões) .

Ainda de acordo com o levantamento, a área semeada no Estado terá um acréscimo de 9,3% no comparativo anual. Em 2022, são 5,928 milhões de hectares, ante os 5,422 milhões de hectares plantados em 2021.  

“A safra de verão nas lavouras do centro-sul do País sofreu com questões climáticas, o que levou à redução de estimativas de produção. Mas, com o retorno das chuvas em janeiro, houve recuperação de algumas lavouras”, explica o gerente da pesquisa, Carlos Barradas.

Para a safra nacional, a projeção aponta para 261,5 milhões de toneladas, 8,3 milhões de toneladas (ou 3,3%) acima da produção obtida em 2021 (253,2 milhões).

A área colhida é estimada em 71,9 milhões de hectares, crescimento de 4,9% no comparativo com a safra do ano passado (3,4 milhões de hectares).  

O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos desse grupo, somados, representam 92,2% da estimativa da produção e respondem por 87,8% da área a ser colhida.  

Frente a 2021, houve acréscimos de 8,1% na área do milho (7,2% na primeira safra e 8,4% na segunda), de 10,4% na área do algodão herbáceo e de 4,2% na da soja. Por outro lado, houve quedas de 2,0% na área do arroz e de 2,9% na do trigo.

Na projeção de produção, houve altas de 11,6% para o algodão herbáceo em caroço, alcançando 6,5 milhões de toneladas, de 1,4% para o trigo (7,9 milhões) e de 27,5% para o milho (111,9 milhões).  

É esperada queda de 1,4% no milho na 1ª safra (25,3 milhões) e alta de 39,4% no milho na 2ª safra (86,6 milhões). Há projeção de queda de 12,2% para a soja (118,5 milhões) e de 8,5% para o arroz em casca (10,6 milhões).

REGIÕES

A estimativa da produção apresentou alta anual para quatro regiões: Centro-Oeste (11,7%), Sudeste (11,4%), Norte (5,2%) e Nordeste (9,9%), com queda para a Sul (-14,5%).  

O Centro-Oeste lidera, concentrando 49,8% da produção brasileira, seguido por Sul (25,1%), Sudeste (10,5%), Nordeste (9,7%) e Norte (4,9%).

Entre as unidades da Federação, Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 30,5%, seguido por Paraná (13,9%), Goiás (10,7%), Rio Grande do Sul (9,0%) e, em quinto lugar, Mato Grosso do Sul, responsável por 8,3% da produção brasileira.  

Principal commodity do País, a soja teve a colheita praticamente finalizada nos principais estados produtores e apresentou aumento de 2% no volume de grãos em comparação com março.  

Ainda assim, a produção nacional deve atingir 118,5 milhões de toneladas, uma redução de 12,2% na comparação com 2021. “Como dito anteriormente, é uma safra marcada por efeitos climáticos adversos, com registro de forte estiagem durante o desenvolvimento da cultura”, justifica Barradas.  

Dados regionais divulgados pela Associação de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS) corroboram com os dados do IBGE. A safra de soja terminou com 8,6 milhões de toneladas da soja retirados do solo (38 sacas por hectare), ante expectativa de 12,7 milhões de toneladas.

Já o milho segunda safra tem boas perspectivas e colheita estimada em 78,13 sacas por hectare, gerando, em produção, 9,34 milhões de toneladas. “Vai se confirmando uma excelente segunda safra de milho, que compensa, em parte, as perdas da primeira, da safra de verão”, confirma o gerente do levantamento.

5º maior produtor

Entre as unidades da Federação, Mato Grosso do Sul aparece em quinto lugar, sendo responsável por 8,3% da produção brasileira de grãos.