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Terceira fase do Zoneamento Agroecológico começa na Bacia do Rio Paraná

Pesquisa desenvolvida pela Semagro deve alcançar 46 municípios nesta fase

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A terceira fase do Zoneamento Agroecológico (ZAE) teve início na Bacia do Rio Paraná, e deve alcançar 46 municípios.

O trabalho é desenvolvido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), em parceria com a Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 

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Os pesquisadores José Ronaldo, Nilson Pereira, Waldir de Carvalho Junior e Silvio Bhering, da Embrapa Solo (RJ), juntamente com os técnicos da Semagro, deram início à atividade de coleta de amostra de solos no dia 31 de maio, já tendo passado pelos municípios de Cassilândia, Chapadão e Costa Rica.

Nesta fase, o objetivo é realizar a harmonização e unificação dos estudos de solo e de zoneamento das fases anteriores. 

De acordo com o governo do Estado, ainda devem ser feitas a interpretação dos requisitos edáfico-climáticas das culturas e elaborar o mapa de áreas de uso restrito por condicionantes ambientais.

Além disso, durante a terceira fase, deve ser realizado o mapeamento de solos, zoneamento agroecológico por culturas, mapas de atributo dos solos como carbono, pH, teor de argila, e incorporar estudos de água no solo e terras para irrigação.

Segundo a Embrapa, já foram concluídos os trabalhos de desenvolvimento e validação de aplicativos de navegação e aquisição de dados no campo, a harmonização dos estudos de solos do municípios da bacia do Rio Paraguai - durante as fases 1 e 2, e o mapeamento dos Solos Unificados para a bacia do Rio. 

Para isto, foi preciso realizar a primeira campanha de campo para coleta de solos na bacia do Rio Paraná, que compreende o limite norte. 

O trabalho é todo realizado com plena integração dos projetos estruturantes da SEMAGRO: Rede de Estações Meteorológicas; Sistema de Informação do Agronegócio - SIGA/MS e Portal de Informações e Geoposicionamento - PIN/MS.

Ainda nesta terceira etapa, o grupo também irá identificar as áreas com potencial para a prática da irrigação. 

Os dados coletados também servirão para enriquecer o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), que subsidia as tomadas de decisões dos produtores, as recomendações dos técnicos e serve como base para contratação dos seguros agrícolas e financiamentos. 

“Esse trabalho propicia recomendações técnicas mais seguras e precisas e auxilia o produtor a obter melhor produtividade com menos riscos” , explica Carlos Henrique Lemos Lopes, analista de desenvolvimento sócio econômico da Semagro.

Os trabalhos das primeira e segunda fases geraram 448 Mapas (escala 1:100.000) com a indicação das melhores áreas para as culturas: (Fase 1) Abacaxi, Arroz, Banana, Citrus, Goiaba, Mamão, Manga, Maracujá, Milho, Milho Safrinha, Soja e Uva (fase 2) as culturas anteriores e ainda Cana de Açúcar, Eucalipto, Girassol e Seringueira.

Segundo explicou, a partir dessas análises são definidos os locais em que serão escavadas trincheiras para a descrição de perfis de solo e realizados os estudos necessários para as recomendações que serão inseridas no ZAE daquela região.

O cruzamento das informações climáticas, com as necessidades das culturas resultam na indicação de aptidão daquele solo ou ainda no apontamento de suas fragilidades.

ZARC 

 O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) é um instrumento de política agrícola e gestão de riscos na agricultura.

 O estudo é elaborado com o objetivo de minimizar os riscos relacionados aos fenômenos climáticos adversos e permite identificar a melhor época de plantio das culturas, nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares. 

A técnica é de fácil entendimento e adoção pelos produtores rurais, agentes financeiros e demais usuários.

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