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Qual a posição das cidades de MS que aparecem no ranking nacional de competitividade?

Entidade fez o levantamento com base em dados econômicos dos municípios

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Competitividade é a palavra que define o quanto uma localidade é capaz de atrair e manter organizações e investidores no seu território, fazendo com que a economia cresça e traga junto com ela desenvolvimento humano e de infraestrutura. Um ranking divulgado nessa quinta-feira (19) mapeou o grau de competitividade dos municípios brasileiros, contando com alguns representantes de Mato Grosso do Sul.

O estudo foi coordenado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) com base em uma complexa que metodologia que leva em consideração vários fatores e indicadores como funcionamento da máquina pública, acesso à saúde, acesso à educação, formalidade do mercado de trabalho, inovação e dinamismo econômico. 

A existência, ausência ou ineficácia desses fatores é o que ajudarão a tornar um município mais ou menos atrativos a investimentos. Quando há melhoras nesses aspectos, cada vez mais companhias poderão se interessar em se instalar e gerar mais impostos para fazer girar a máquina pública.

“Em um ambiente onde existe a competição saudável entre pessoas e organizações, é natural que ocorram maiores incentivos para a  excelência de resultados, bem como para a  inovação em instrumentos e métodos que  possibilitem a superação de desafios”, afirma o CLP.

O Estado não teve nenhuma cidade no top 50 da lista. Campo Grande foi a melhor posicionada e ela só aparece na 93ª colocação da lista com uma pontuação geral de 52,81. São Paulo, que foi a capital melhor colocada na lista, teve resultado de 61,91 pontos, seguida de Florianópolis (61,68), Curitiba (60,64), Vitória (60,41), Porto Alegre (59,11), Belo Horizonte (58,94), Palmas (54,18), João Pessoa (53,98), Rio de Janeiro (53,92) e Goiânia (52,86).

Isso levando em consideração apenas as cidades centrais de cada estado, pois o município mais competitivo no Brasil inteiro é Barueri, com 64,33 pontos.

O que pesou no desempenho da capital sul-mato-grossense foi o quesito economia, que rendeu 33,92 pontos. O instituto levou em consideração a razão entre a quantidade de pessoas inscritas no Cadastro Único e a população do município, a razão entre a quantidade de empregados em atividades formais e a população acima de 15 anos, crescimento nos postos de empregos formais, entre outros. 

Três Lagoas foi a segunda cidade do Estado a figurar na lista. Ela aparece em 111º lugar em comparação aos demais municípios do país que somaram pontos suficientes para ficar no ranking. Conhecida como polo de celulose, a cidade do bolsão obteve pontuação geral de 51,35.

Dourados, a segunda maior cidade sul, foi a terceira no “ranking estadual” e a 192ª na listagem nacional. O município somou um total de 47,61 pontos. O menor valor, que ajudou a puxar a média para baixo, também foi o quesito economia, que resultou em 29,52.

Corumbá ficou em 289ª na colocação geral, com pontuação de 42,63 e Ponta Porã, localizada na região de fronteira entre o Brasil e o Paraguai, somou 40,92 pontos e ficou em 318º lugar na lista. 

O ranking da CLP levou em consideração somente as 405 cidades brasileiras mais competitivas. Além de não entrar entre as cinquenta melhores, somente as maiores cidades do Estado apareceram, indicativo de que ainda é preciso caminhar bastante para alcançar níveis que façam as localidades alavancarem. 

META FISCAL

Governo Lula revê trajetória das contas e adia ajuste fiscal para próximo presidente

A meta fiscal será zero para 2025, igual a este ano, com uma alta gradual até chegar a 1% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2028.

15/04/2024 18h00

Após o déficit zero no ano que vem, o governo prevê um superávit de 0,25% do PIB em 2026, 0,50% do PIB em 2027 e 1% do PIB em 2028. Gabriela Biló/Folhapress

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O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai propor uma revisão na trajetória das contas públicas que, na prática, adia o ajuste fiscal para o próximo presidente da República.

A meta fiscal será zero para 2025, igual a este ano, com uma alta gradual até chegar a 1% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2028.

Os números sinalizam uma flexibilização em relação à promessa feita no ano passado, na apresentação do novo arcabouço fiscal, de entregar um superávit de 0,5% do PIB no ano que vem e alcançar um resultado positivo de 1% do PIB já em 2026, último ano de mandato de Lula.

A opção do Executivo pela meta zero no ano que vem também indica ainda a possibilidade de novo déficit, já que há uma margem de tolerância de 0,25% do PIB para mais ou menos. Para este ano, o governo já prevê um resultado negativo de R$ 9,3 bilhões.

Além da piora do cenário, o Executivo também reduziu a velocidade do ajuste fiscal. Se antes o esforço adicional era de 0,5 ponto percentual ao ano, a melhora do resultado agora será de 0,25 ponto ao ano em 2026 e 2027.

Após o déficit zero no ano que vem, o governo prevê um superávit de 0,25% do PIB em 2026, 0,50% do PIB em 2027 e 1% do PIB em 2028, já no primeiro biênio do mandato do próximo presidente da República.

A piora no alvo da política fiscal deve ter consequências negativas sobre a trajetória da dívida pública. Segundo estimativas da própria área econômica, é preciso um superávit de 1% do PIB para estabilizar a dívida -patamar que, agora, só deve ser alcançado no próximo governo.

A intenção do governo de perseguir uma meta menos ambiciosa foi revelada pela Folha de S.Paulo. O número constará no PLDO (projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2025, a ser apresentado nesta segunda-feira (15) ao Congresso.

Na tarde desta segunda, a poucas horas da divulgação oficial, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) confirmou à Globonews a meta zero em 2025, em uma inusual entrevista exclusiva concedida pelo chefe da pasta antes de uma coletiva à imprensa convocada para tratar justamente do PLDO.

Nem Haddad nem a ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) participarão da coletiva para justificar a piora no cenário fiscal, tarefa que caberá a secretários das duas pastas.

"Nós não costumamos antecipar os dados da LDO antes da entrevista oficial, mas vazaram esses dois dados [meta de 2025 e salário mínimo], e aí a imprensa toda está dando. Até me desculpo por estar falando disso antes das 17h, que é o horário combinado. Mas, sim, os dados que eu tenho são esses", disse o ministro.

Além da meta, ele fez referência à previsão de salário mínimo de R$ 1.502 no ano que vem, como antecipou a Folha de S.Paulo.

Apesar da revisão do cenário fiscal dos próximos anos, Haddad disse não desistiu de alcançar um superávit ainda neste mandado do governo Lula. "Tem 2026 ainda", afirmou.

A flexibilização da trajetória fiscal se dá diante de um quadro desafiador para continuar aumentando a arrecadação e alcançar o superávit de 0,5% do PIB, como prometeu o ministro da Fazenda.

Embora o governo tenha aprovado uma série de medidas de receitas ao longo de 2024, boa parte delas são extraordinárias e não se repetirão no ano que vem.

Além disso, membros do Executivo têm a avaliação de que a agenda de arrecadação está se exaurindo, o que dificulta ir atrás de novas receitas.

Um sinal disso são as resistências enfrentadas pelo governo na discussão de medidas enviadas ao Legislativo no fim de 2023, como a reoneração da folha de pagamento de empresas e prefeituras, o fim do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) e a limitação do uso de créditos judiciais pelas empresas para abater tributos.

A Fazenda precisou abrir as negociações e flexibilizar boa parte dessas iniciativas para melhorar sua aceitação no Congresso. Consequentemente, isso afeta a capacidade do governo de reequilibrar as contas públicas.

Na entrevista à Globonews, Haddad disse que o governo vai manter a interlocução com o Congresso Nacional em busca de novas fontes de receitas. "Vamos rever os gastos tributários", disse. "Vamos fazer a arrecadação voltar um patamar razoável, acima de 18% [do PIB]. A gente está mirando em 18,5% [do PIB]."

Para este ano, a meta já é de déficit zero, e a avaliação mais recente do Orçamento indica um resultado negativo em 0,1% do PIB -dentro da margem de tolerância da meta fiscal, que é de 0,25 ponto percentual para mais ou menos.

Embora a meta seja igual para 2024 e 2025, o governo tem o discurso de que a proposta de Orçamento do ano que vem precisará ser enviada cumprindo esse objetivo central, enquanto neste ano o resultado esperado já é de déficit. Por essa comparação, o governo estaria garantindo a trajetória de melhora contínua das contas.

Meta 2025

Haddad confirma meta fiscal de déficit zero para 2025 e salário mínimo de R$ 1.502

Há um ano, a equipe econômica havia estabelecido que buscaria fazer um superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025

15/04/2024 16h00

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad e presidente Luiz Inácio Lula da Silva Arquivo

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou no período da tarde desta segunda-feira, 15, que o governo definiu a meta fiscal do próximo ano como déficit primário zero, assim como o alvo deste ano, conforme mostrou mais cedo o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Há um ano, a equipe econômica havia estabelecido que buscaria fazer um superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025.

A confirmação foi dada em entrevista à GloboNews. Haddad pediu desculpas por antecipar os números antes da divulgação pelo Ministério do Planejamento do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) ainda no período da tarde desta segunda-feira, mas argumentou que os números já haviam sido "vazados" à imprensa.

Haddad confirmou também que a projeção para o salário mínimo no próximo ano é de R$ 1.502.

Haddad foi questionado se, com a decisão de revisar a meta de 2025, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, teria desistido de fazer superávits neste mandato. O ministro rebateu, contudo, que ainda haverá 2026 para buscar esse alvo.

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