Economia

PESQUISA

A+ A-

Alimentos custam até três vezes mais dependendo do estabelecimento na Capital

Preço de um mesmo produto tem variação de mais de 185% entre os supermercados

Continue lendo...

O morador de Campo Grande deve ficar atento na hora de ir às compras nos supermercados. Levantamento realizado pela Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon-MS) aponta variação de até 185,31% em um mesmo alimento nos estabelecimentos da Capital. 

A maior variação foi encontrada no fubá Donana, embalagem de 1 quilo, que foi de R$ 2,45 a R$ 6,99. Já a menor diferença (8%) foi identificada nos preços do óleo de soja Soya de 900 mililitros, que variaram entre R$ 4,95 e R$ 5,35.

A pesquisa foi realizada em 19 supermercados de norte a sul de Campo Grande. Segundo o Procon, o objetivo do estudo, realizado trimestralmente, “é orientar o consumidor na hora de realizar suas compras, verificando preços dos principais produtos que integram a cesta básica”.  

O sal Lebre de 1 kg foi do preço mínimo de R$ 1,15 em estabelecimento localizado na Avenida Fábio Zahran, a R$ 2,99 em comércio do Jardim Itamaracá, diferença porcentual de 160%. O óleo de soja Liza, com 900 ml, também apresentou diferença de mais de 100%, indo de R$ 4,98 a R$ 9,99.

Também merece atenção na hora das compras a margarina Delícia 500 gramas, que foi de R$ 3,99 a R$ 8,19. O macarrão espaguete Petybon 500 g vai do mínimo de R$ 2,79, em mercado do Jardim América, ao máximo de R$ 4,99 em estabelecimento localizado no Bairro Alto do São Francisco.  

Ainda entre as grandes diferenças estão a farinha de mandioca branca Yoki 1 kg, que variou entre R$ 5,49 e R$ 10,49; o arroz tipo 1 Prato Fino, com 5 kg, que variou de R$ 19,98 a R$ 25,90; o feijão Bem-Te-Vi 1 kg, foi de R$ 4,98 a R$ 8,99.  

Já entre os preços mais estáveis, é possível encontrar o feijão da marca Kicaldo 1 kg, que foi de R$ 6,45 a R$ 6,99. O café almofada Premiado, com 500 g, variou entre R$ 5,98 e R$ 6,59. O macarrão espaguete Adria 500 g variou entre R$ 3,19 e R$ 3,45. E a farinha de trigo Anaconda 1 kg foi encontrada entre R$ 2,59 e R$ 2,89, variação de 11,58%.

HIGIENE E LIMPEZA

Além dos alimentos, os fiscais do Procon estadual também consultaram os preços de produtos de higiene e limpeza. Nas gôndolas dos supermercados da Capital, a maior variação no setor ficou com o sabonete em barra Lux 85 g, que variou 147,37%. 

Conforme a pesquisa, em supermercado no Bairro Estrela do Sul, o produto foi comercializado a R$ 0,95 no local, enquanto em comércio da região central custava R$ 2,35 na semana passada.  

Ainda apresentou diferença a água sanitária Candura 1 litro, que variou de R$ 1,89 a R$ 3,45. O sabão em barra Pequi 1 kg foi de R$ 4,39 a R$ 7,89, variação de 79,73%. O papel higiênico Personal com 4 rolos foi encontrado pelo mínimo de R$ 4,70 ao máximo de R$ 7,15.

No setor,  a menor diferença (7,73%) foi verificada em relação ao sabão em pó Brilhante, caixa de 800 g, produto que foi de R$ 7,89 a R$ 8,50. Os outros produtos variaram acima de 25%.

TRIMESTRE

A equipe de pesquisadores traçou também um comparativo entre os preços encontrados em itens que mantêm a mesma apresentação em tamanho, peso e medida de um trimestre para outro. 

Foram comparados 97 itens  e se observou que 70 obtiveram aumento e 24 decréscimo em seus valores. As maiores diferenças ocorreram em relação ao óleo Liza 900 ml , que ficou 37,25%  mais caro no comparativo entre maio e agosto, saindo do preço médio de R$ 4,43 para R$ 7,06.

De acordo com o superintendente do Procon-MS, Marcelo Salomão, a diferença no preço do óleo de soja surpreendeu. “O preço para exportação está alto e os produtores estão preferindo vender para fora do País, comprometendo o abastecimento interno e causando a alta de preço”, destacou.

Ainda entre os aumentos, o pacote de arroz Camil, com 5 kg, saiu de R$ 15,07 em maio para R$ 18,22 em agosto. O leite em pó integral Itambé 400 g subiu da média de R$ 11,85 para R$ 13,49 neste mês. 

O leite longa vida integral Elegê 1 l foi de R$ 3,77 para 4,39. Enquanto isso, a maior retração no período foi registrada no feijão Paquito 1 kg , redução de 42,21%, saindo de R$ 9,40 para R$ 6,41. O fubá Ponzan de 1 kg apresentou redução de R$ 3,82 para R$ 3,39 entre maio e agosto.  

Economia

Prévia do PIB brasileiro cresce 0,6% em janeiro

Indicador superou projeção de alta de 0,26%

18/03/2024 20h00

Fotos: Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

Continue Lendo...

A economia brasileira começou 2024 em expansão. Considerado uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) cresceu 0,6% em janeiro, superando a projeção do mercado financeiro de alta de 0,26%.

Na comparação com janeiro do ano passado, o indicador cresceu 3,45%. No acumulado de 12 meses terminados em janeiro, o índice acumula alta de 2,47%. Os dados são dessazonalizados, livres de oscilações associadas a uma determinada época do ano.

Apesar da alta em janeiro, o IBC-Br desacelerou em relação a dezembro, quando registrou crescimento de 0,82%. Divulgado todos os meses pelo Banco Central, o IBC-Br analisa a atividade econômica em três componentes: indústria, comércio e serviços.

Esse é o quinto mês seguido de alta no IBC-Br. Apesar da desaceleração em relação ao mês anterior, o fato de o indicador ter crescido além das previsões das instituições financeiras mostra que a economia brasileira atravessa um momento favorável.
 

Economia

Dólar ultrapassa os R$ 5 e atinge maior valor do ano com cautela antes de decisões sobre juros

O dólar subiu 0,55% e fechou cotado a R$ 5,024 nesta segunda-feira (18), atingindo seu maior valor desde outubro

18/03/2024 19h00

Operadores relatam ambiente de cautela diante da expectativa pela divulgação na sexta-feira, 6, do relatório de empregos (payroll) nos EUA Arquivo/Agência Brasil

Continue Lendo...

O dólar subiu 0,55% e fechou cotado a R$ 5,024 nesta segunda-feira (18), atingindo seu maior valor desde outubro, em meio a cautela de investidores antes de decisões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos, que serão divulgadas na quarta (20).
Apesar de as projeções sobre os comunicados desta semana serem praticamente unânimes, o mercado ainda aguarda sinalizações sobre os próximos passos dos juros em ambos os países.

No cenário local, a expectativa é que o Banco Central do Brasil deve realizar um corte de 0,50 ponto percentual na Selic (taxa básica de juros), mantendo o ritmo adotado nas últimas reuniões.

"O Copom [Comitê de Política Monetária] deve reduzir as taxas em 0,50 ponto pela sexta vez consecutiva, levando a Selic para 10,75% em decisão unânime, ao mesmo tempo em que destaca a resiliência da atividade e as preocupações com a inflação para justificar a manutenção do ritmo", diz David Beker, chefe de economia para Brasil do Bank of America.
Há dúvidas, no entanto, sobre as sinalizações do comunicado, em especial se o comitê vai continuar indicando um corte da mesma magnitude nas próximas reuniões.

O analista Lucas Farina, da Genial Investimentos, afirma que o comunicado da autoridade monetária brasileira deve destacar, do lado positivo, o aumento da arrecadação federal no início deste ano. Por outro lado, o BC também deve ressaltar a piora da inflação nos últimos meses.

"No saldo geral, o balanço de riscos deve sofrer alguma piora, à medida que as forças inflacionárias -El Niño, atividade forte e mercado de trabalho aquecido- estão, no momento, superando as forças deflacionárias, resultando num viés de alta para a inflação", diz Farina.
Por isso, o analista acredita que o Copom deve deixar de apontar cortes de juros de 0,50 ponto nas próximas reuniões. "O intuito disso não seria necessariamente o de diminuir a magnitude de corte de juros para 0,25 ponto, mas sim o de aumentar os graus de liberdade na condução da política monetária por parte do BC", diz ele.

Mais cedo, dados do Banco Central mostraram que a atividade econômica iniciou 2024 com crescimento bem acima do esperado em janeiro, reforçando a visão de que a economia passa por um momento favorável mesmo que tenha desacelerado em relação ao final do ano passado.

"Olhando apenas a inflação, há espaço para o Copom seguir baixando os juros. No entanto, pode ser que os membros do Comitê resolvam adotar uma postura mais cautelosa devido à atividade econômica. Na prática, quer dizer que o comunicado e a ata podem retirar o plural ao falar dos próximos movimentos para os juros", disse a Levante Investimentos em relatório a clientes.
Já nos EUA, a aposta é que o Fed deve manter inalterados os juros do país na faixa entre 5,25% e 5,50%, sem espaço para surpresas. O mercado aguarda, no entanto, sinalizações da autoridade monetária sobre o atual estado da economia americana.

A decisão ocorre após dados recentes mostrarem um mercado de trabalho aquecido e uma inflação persistente nos Estados Unidos, o que apontou para uma economia aquecida e trouxe dúvidas sobre o início do corte de juros pelo Fed.

"Fevereiro foi dominado por uma nova rodada de dados mais fortes nos EUA e, principalmente, pela revisão do ciclo de queda pelo Fed. Ao contrário de outros momentos, a bolsa nos EUA teve um desempenho forte, subindo mais de 5%. Todo o mercado e os bancos centrais ao redor do mundo acompanham de perto os próximos passos do Fed para se posicionarem", afirma Beto Saadia, economista e diretor de investimentos da Nomos
Atualmente, a aposta majoritária é de que o Fed deve esperar pelo menos até junho para iniciar o afrouxamento monetário nos EUA.

Já a Bolsa brasileira terminou o dia em leve alta de 0,16%, aos 126.954 pontos, impulsionada por fortes altas da Vale e da Embraer, que ficaram entre as mais negociadas da sessão.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).