Economia

BAIXA RENDA

Alta na venda de carros deve superar 20%

Alta na venda de carros deve superar 20%

INFOMONEY

02/03/2011 - 00h01
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Como já mostravam os dados do último relatório da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), as vendas de carros no País voltaram a se aquecer e devem fazer de fevereiro um mês atípico para o setor.

“Esperava-se um mês fraco, mas deve ser bom”, avalia o economista da agência de varejo automotivo MSantos, Ayrton Fontes. De maneira geral, fevereiro é um mês fraco em vendas de veículos, tanto devido ao fato de os consumidores já terem aproveitado as promoções de fim de ano, como pelo fato de eles estarem mais atentos às contas e aos impostos que costumam chegar nesse período.

Contudo, a forte atuação das concessionárias para atrair os consumidores de volta às lojas está fazendo efeito. Segundo Fontes, com base nos dados do Renavam, entre carros, comerciais leves, ônibus e caminhões, devem ser comercializadas mais de 274 mil unidades. Na comparação com o mesmo mês de 2010, quando 220.951 carros foram vendidos, o aumento é de cerca de 24% - um crescimento recorde para o mês.

Na comparação com janeiro, quando foram comercializadas 244.585 unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, o aumento deve ficar em torno de 12%. Até a primeira quinzena do mês, a elevação frente a janeiro já era de mais de 15%. Ao todo, foram vendidas 138.741 unidades no período.

“A baixa renda não parou de comprar”
O aumento das vendas, depois de certo desaquecimento do setor, principalmente dos carros 1.0, deve-se, na avaliação de Fontes, à forte atuação das concessionárias para atrair os consumidores. “Elas querem vender a qualquer custo, porque estão com os estoques altos”, diz o economista.

Dessa forma, as marcas estão lançando mão de feirões, promoções e benefícios para aquecer as vendas e atualizar os estoques, que estão acima do normal. Para tanto, as grandes redes estão mirando nos consumidores de baixa renda.

Em fevereiro, foram eles que mantiveram o setor aquecido. “As concessionárias da periferia foram as que mais venderam neste mês”, avalia. E mesmo com as medidas de contenção de crédito do Banco Central, os bancos ainda flexibilizam o acesso ao financiamento para os consumidores comprarem o primeiro zero quilômetro. “Os bancos não querem perder participação nesse mercado”, afirma Fontes.

“A baixa renda não parou de comprar. Se você olha para os consumidores que ascenderam nesses últimos anos, nem 20% deles conseguiram comprar um carro. O potencial ainda é grande”, conclui o economista.

Economia

Frutas típicas da ceia de Natal apresentam queda de preço

Ceasa espera que, com os preços estáveis, o movimento aumente em até 20% à medida que o Natal se aproxima

10/12/2024 13h17

Divulgação

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Um levantamento divulgado pelas Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul (Ceasa/MS), órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), mostrou que entre os meses de novembro e dezembro de 2024, as frutas que compõem a ceia do sul-mato-grossense registraram queda nos preços.

Segundo a Ceasa, com os preços estáveis, a tendência é que o movimento aumente em até 20% à medida que o Natal se aproxima.

Entre as frutas mais procuradas nesta época do ano, o abacaxi Havaí se destaca com a maior queda nos preços no atacado (-17,95%). A caixa com 12 unidades da fruta pode ser encontrada por até R$ 70 nas centrais. Já o limão apresentou uma redução de 15%.

Em uma ceia que se preze, também não podem faltar o morango (-1,58%) e a uva (-1,75%). A uva Niágara está disponível a partir de R$ 75 a caixa com 5 kg, enquanto a variedade Vitória (sem semente) custa cerca de R$ 100. Já o preço da caixa de morango com 4 bandejas varia entre R$ 23 e R$ 30 na CEASA/MS.

Outros destaques são o maracujá (-8,84%), vendido por até R$ 130 a caixa com 11 kg, e o melão (-6,62%). A caixa de melão com 13 kg está sendo comercializada por até R$ 50 no início de dezembro. Outra queridinha do Natal é a melancia, que está 4,26% mais barata. O quilo, que custava R$ 1,90, agora é encontrado por R$ 1,60 na CEASA/MS. A maçã gala nacional também teve uma redução de 4,94%.

A caixa com 18 kg da maça está sendo vendida por R$ 180 em uma das empresas que ofertam seus produtos na CEASA/MS. Por outro lado, enquanto a banana nanica registrou uma queda de 1,12% no preço, a banana-da-terra está, em média, 2,11% mais cara do que em novembro. A banana nanica do tipo "exportação" pode ser encontrada por R$ 100 a caixa com 18 kg.

Entre as frutas mais procuradas neste período também estão:

  • Pêssego nacional: R$ 88/cx com 6 kg;
  • Ameixa nacional: R$ 200/cx com 6 kg;
  • Ameixa internacional: R$ 220/cx com 9 kg;
  • Nectarina: R$ 100/cx com 6 kg.

Importante destacar que pesquisa sazonal realizada pelo IPF-MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS), em parceria com o Sebrae/MS, aponta que 92,21% dos sul-mato-grossenses planejam comemorar o Natal reunindo a família para uma ceia na noite do dia 24 de dezembro. Diante dos preços das Centrais de Abastecimento, é evidente: a ceia de Natal sai mais em conta com os produtos da CEASA/MS.

Todo mundo pode comprar na CEASA/MS

Com a proximidade das festas de final de ano, a expectativa é de que o movimento na CEASA/MS aumente devido à maior procura por produtos natalinos, como frutas, verduras e legumes. Quem confirma essa tendência é o diretor de Abastecimento e Mercado da CEASA/MS, Fernando Begena.

"Ter um preço competitivo sempre foi uma das marcas da CEASA/MS, o que atrai tanto os comerciantes quanto o consumidor final. Nossa expectativa para este ano é de um aumento no movimento, variando entre 10% e 20%," comenta Begena.

O período também traz otimismo para os comerciantes, uma vez que os preços tendem a subir moderadamente com a proximidade do Natal. "O preço deve subir, mas acredito que não será muito. Tudo depende da oferta e da procura," explica José Andrade, vendedor da empresa Fruta Sul.

É importante lembrar que a CEASA/MS está aberta ao público em geral, e não apenas aos comerciantes. Qualquer consumidor pode visitar a instituição, acessar os boxes, comparar preços e escolher os produtos de sua preferência. A maioria é vendido em caixas fechadas a preços de atacado.

A maioria das empresas não aceita pagamento com cartão de crédito, mas trabalham com Pix, débito ou boleto, mediante aprovação. Também é gigantesca a oferta de verduras e legumes que brilham nas principais receitas das festas de fim de ano, vindos direto do campo.

"Se houver sobra de produtos, o preço tende a baixar. Geralmente, consigo manter os mesmos preços ou até reduzi-los, tudo depende de como estará o mercado," comenta Ademir Zanotto, proprietário da Zanotto Comércio de Frutas.

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mudanças climáticas

Estiagem histórica reduz faturamento com as exportações de MS

Retração no faturamento foi de 5,6% nos primeiros 11 meses do ano e só não é bem maior por causa do aumento de 53% no valor médio da celulose

10/12/2024 10h43

Ativação da fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo elevou o volume da produção de celulose em MS desde julho

Ativação da fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo elevou o volume da produção de celulose em MS desde julho Marcelo Victor

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O faturamento com as exportações de Mato Grosso do Sul nos primeiros 11 meses deste ano foi 5,6% menor que em igual período do ano passado e uma das principais explicações é a estiagem sem precedentes que atinge o Estado desde setembro do ano passado e que segue travando as vendas ao exterior, principalmente de minérios. 

Dados da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) revelam que nos 11 primeiros meses do ano passado as vendas externas renderam US$ 9,84 bilhões de dólares, ante US$ 9,29 bilhões em igual período de 2024. 

A receita com a exportação de minério de ferro, feita principalmente a partir dos portos de Corumbá e Ladário, encolheu 31,4%, passando de US$ 327 milhões para US$ 223 milhões. O volume exportado despencou de 6,09 milhões de toneladas para 3,19 milhões. 

E a principal explicação para isso é que faltou água no Rio Paraguai. O pico da cheia, que em 2023 foi de 4,24 metros, foi de apenas 1,47 metro na régua de Ladário, uma das menores cheias da história. Além disso, o rio atingiu neste ano seu nível mais baixo dos últimos 124 anos, chegando a 69 centímetros abaixo de zero em meados de outubro. 

Depois disso o nível começou a subir e nesta terça-feira (10) amanheceu com 69 centímetros. O transporte de minérios, porém, só pode ser retomado depois que ultrapassar a marca de um metro em Ladário, o que deve acontecer em cerca de duas semanas. Mas, até atingir 1,5 metro, os comboios terão de descer o rio com apenas 70% da carga. . 

Além de prejudicar o setor de minérios, a estiagem também afetou a produção e exportação de soja. Na última safra foram colhidas 12,35 milhões de toneladas. Isso significa retração de 18%, ou 2,7 milhões de toneladas, a menos que a colheita do ano anterior, quando os protutores do Estado colheram 15 milhões de toneladas. 

E por conta disso, o faturamento com as vendas externas caiu 26%, ficando em US$ 2,83 bilhões, ante US$ 3,83 bilhões na safra anterior. A queda no volume exportado foi de quase um milhão de toneladas, passando de 7,44 milhões de toneladas para 6,54 milhões. 

Mesmo assim, a soja segue como principal produto da pauta de exportações, representando 30,5% do total vendido para outros países. No mesmo período do ano passado, porém, ela equivalia a 38% do total. 

Em seu lugar, a celulose ganhou importância. Nos primeiros meses do ano passado o faturamento representava quase 14% do total. Agora, este percentual passou para quase 25,5%. 

Além da ativação de uma nova indústria, em Ribas do Rio Pardo, elevando o volume de 3,64 para 4,14 milhões de toneladas, a principal explicação para esse aumento é a alta no preço da celulose no mercado mundial. No ano passado, o valor médio da tonelada foi de 373 dólares, ante 571 dólares neste ano, representando alta de 53% na cotação. 

E, além de afetar as exportações de soja e minérios, a estiagem também prejudicou a produção e as vendas externas de milho. Nos primeiros 11 meses do ano passado, Mato Grosso do Sul exportou 3,45 milhões de toneladas. Neste ano, o volume despencou para apenas 936 mil toneladas. 

 A queda no faturamento com esse grão caiu de 855 milhões de dólares para 204 milhões. Por conta da falta de chuvas, o milho safrinha rendeu apenas 9,2 milhões de toneladas, o que é quase 35% inferior à safrinha do ano anterior. 

E por conta disso, Mato Grosso do Sul está até comprando milho de Mato Grosso para o consumo interno, que aumentou muito nos últimos três anos, após a ativação de três indústrias de etanol de milho no Estado. 

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