Economia

REABERTURA

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Após decreto presidencial, prefeito libera reabertura de restaurantes e lotéricas

Marcos Trad disse ser contra medida, mas vai limitar funcionamento dos estabelecimentos

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Uma semana depois de decretar situação de emergência em decorrência da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e colocar o município em quarentena, o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), liberou com restrições a reabertura de estabelecimentos comerciais. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (26) durante vídeo transmitido ao vivo pela rede social Facebook.

O gestor do município disse que restaurantes e casas lotéricas podem abrir a partir desta sexta-feira (26), mas devem respeitar rigidamente as regras para funcionamento. “Não vão abrir sem regras. O primeiro valor é a vida, depois a economia. Dá para conciliar os dois”, disse Trad.

O prefeito ainda reforçou que a atitude veio após pressão.  “Não sou a favor de abrir nada disso, mas como o presidente mandou, eu estou disciplinando”, afirmou Trad, em referência ao presidente da República, Jair Bolsonaro, que autorizou a reabertura desses estabelecimentos.

Entre as condições impostas, os restaurantes podem abrir com limite de 30% de lotação, a higienização será obrigatória na abertura e fechamento do estabelecimento, a máquina de cartão também deve ser higienizada e  a distância entre as mesas deve ser de 2 metros. Além disso os funcionários devem usar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), sendo máscara e luvas itens obrigatórios, além de medir a temperatura dos clientes, já que quem estiver com febre não poderá entrar. “Fiscalizações surpresa vão ocorrer”, frisou o prefeito da Capital.

As lotéricas vão funcionar também com regras rígidas, com o horário de funcionamento limitado das 9h às 17h. Os locais deve ser higienizados e os clientes deverão manter distância de 1,5 m com demarcação no piso. Trad ainda reforçou a necessidade de ter álcool em gel, que se não estiver disponível, não autoriza a reabertura. “Vamos fiscalizar e se não tiver, vamos cassar o alvará”, afirmou.

Quanto às indústrias, que devem abrir na segunda-feira (30), trabalhadores devem manter uma distância de 1,5m, com a disponibilidade de lavatórios para lavagem periódica das mãos. Equipamentos e espaços de trabalho também devem ser higienizados.  

As obras na construção civil têm as mesmas regras aplicadas às indústrias, ficando limitada a circulação de apenas 20 trabalhadores.

Por fim, igrejas ficam limitadas a realizar apenas duas reuniões ao dia, entre 6h e 19h30, respeitando o limite máximo de lotação de uma pessoa a cada 10m2. Fiéis devem permanecer distante 1,5m um do outro, além de higienizar as mãos periodicamente. Também fica proibida entrada de pessoas que apresentarem febre.

O comércio segue fechado e o transporte coletivo continua suspenso. “Nada decidido ainda”, destacou o prefeito, que afirmou que vai se reunir com representantes dessas categorias para decidir.  

O Aeroporto Internacional terá uma barreira sanitária, submetendo passageiros a exames. Outros detalhes dessa decisão estarão em decreto que deve ser publicado amanhã no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande).

EXPECTATIVA

Mais cedo, o titular da Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica de Mato Grosso do Sul (Segov), Eduardo Riedel, antecipou em entrevista ao SBT MS que Trad liberaria obras na Capital. “Isso também retoma em parte a movimentação econômica. A gente tem que respeitar todas as medidas técnicas para resguardar a nossa população da pandemia, é um fato que não vamos abrir mão. Mas o olho na economia e o plano de investimento continua”, declarou o secretário.

Após essa entrevista, a Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul (Acomasul) divulgou nota informando que aguardava “com ansiedade o decreto que possibilita a retomada das pequenas obras”.

“Nós entendemos a necessidade de isolamento conforme preconizam as autoridades em saúde em relação à Covid-19. Porém, também temos a convicção de que o prefeito está agindo de maneira ponderada - como grande administrador que é - ao liberar os canteiros de obras porque o setor não pode ficar parado por muitos dias”, avalia o presidente da Acomasul, Adão Castilho.

HISTÓRICO

Na última quarta-feira (18), Trad decretou situação de emergência, determinou a suspensão do atendimento ao público nas repartições públicas, fechou parques e praças e recomendou que estabelecimentos comerciantes - exceto serviços essenciais, como supermercados e farmácias - fechassem as portas por 15 dias.

Já no sábado (21), decretou toque de recolher, proibindo a circulação de pessoas entre 22h e 5h, exceto aquelas que pretendem acessar ou trabalham em serviços essenciais, como saúde e segurança pública. A partir de hoje, a restrição foi ampliada, indo das 20h às 5h.

IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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