Após oscilar entre leves subidas e descidas, o dólar fechou em alta, renovando o valor máximo desde 2002 e acumulando alta em 2015 de 45% nesta sexta-feira (11), após aproximar-se da barreira dos R$ 3,90 mais cedo.
Investidores seguiram atentos à crise política e econômica no Brasil após o país perder o grau de investimento, à espera de eventos importantes nos próximos dias, tanto no cenário local quanto no externo.
A moeda norte-americana subiu 0,69%, cotada a R$ 3,8771. Veja cotação. Mais cedo, o dólar chegou a recuar para cerca de R$ 3,82, mas ganhou força ao longo di dia.
Na semana, o dólar avançou 0,43% e acumula alta de 6,89% em setembro. No ano de 2015, a moeda tem valorização acumulada de 45,83%.
Veja cotação da moeda ao longo do dia:
Às 9h10, recuava 0,28%, a R$ 3,8396
Às 9h30, recuava 0,51%, a R$ 3,8307
Às 10h, subia 0,15%, a R$ 3,8562
Às 10h29, recuava 0,09%, a R$ 3,8467
Às 10h39, subia 0,03%, a R$ 3,8517
Às 11h, subia 0,59%, a R$ 3,8732
Às 11h39, subia 0,87%, a R$ 3,8842
Às 12h10, subia 0,99%, a R$ 38887
Às 12h50, subia 0,6%, a R$ 3,8734.
Às 13h20, subia 0,78%, a R$ 3,8807.
Às 14h15, subia 0,62%, a R$ 3,8742
Às 14h59, subia 0,75%, a R$ 3,8794.
Às 15h55, subia 0,91%, a R$ 3,8854.
Cenário político no radar
Preocupações com a deterioração das contas públicas e com a crise política no Brasil vêm golpeando o ânimo dos investidores nas últimas semanas, em meio a dúvidas sobre o comprometimento do governo com o ajuste fiscal.
A apreensão política ganhou mais um impulso no fim desta manhã, após a revista "Época" publicar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria suspeito de ter se beneficiado do esquema de corrupção envolvendo a Petrobras para obter vantagens pessoais, para o PT ou para o governo.
"Quando você acha que vai ter um dia tranquilo, vem mais notícia ruim. O mercado não está para fracos", disse mais cedo à Reeuters o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
Expectativa com juros dos EUA
No cenário externo, investidores também recorriam à moeda norte-americana para se proteger antes da reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, na semana que vem, e da divulgação de dados sobre a economia chinesa no fim de semana (produção industrial e vendas no varejo).
"O mercado vai aproveitar qualquer baixa (do dólar) para comprar. O cenário está muito incerto, ninguém quer ser pego de surpresa", disse à Reuters o operador de uma corretora internacional, acrescentando que o dólar deve atingir R$ 4 – máxima histórica – em breve.