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Mato Grosso do Sul arrecada 12% a mais após implantar sistema CPF na nota

Até o dia 30 de janeiro foram emitidas cerca de 4,5 milhões de notas fiscais com o cadastro pessoal

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Com ações de estímulo a economia de Mato Grosso do Sul e o primeiro mês do programa do Nota MS Premiada, a arrecadação estadual deu um salto de 12%. 

A informação foi confirmada pelo governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), durante evento de assinatura da Lei de Liberdade Econômica entre Estado e prefeituras, na manhã desta segunda-feira (10) no Sebrae-MS.

Como cadastrar o CPF na Nota ?

O consumidor deverá selecionar a opção "Cadastre-se" no portal da Nota MS Premiada ou (clique aqui)e seguir as orientações para completar o cadastramento. 

É necessário me cadastrar no programa? (Consumidor)

Não é necessário se cadastrar no programa para participar. Basta informar o seu CPF no ato da compra. 

Porém, no caso de ter sido sorteado, o consumidor será obrigado a cadastrar-se no site do Programa Nota MS Premiada para receber o prêmio.

A Nota MS premiada foi anunciada pelo governo do Estado em dezembro do ano passado.  

A campanha da gestão estadual passou a valer no dia 1º de janeiro, a partir dessa data a cada compra a partir de R$ 1, o consumidor tem direito de exigir o CPF na nota fiscal. 

Com a ação além de evitar a sonegação de impostos, o consumidor concorre a R$ 300 mil em prêmios.  

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Paulo Corrêa (PSDB), elogiou a gestão estadual a respeito da Nota MS Premiada. 

“Nós aprovamos no ano passado a proposta do Estado para criar a nota fiscal premiada. Ela aumentou em 12% a arrecadação estadual e ainda vai distribuir prêmios para a população”, disse.

Segundo o governador, a arrecadação estadual aumentou em janeiro, porém, não foi somente com o CPF na nota. “Em janeiro deste ano, nós tivemos um resultado 12% maior que janeiro de 2019. Mas não significa que no fechamento em dezembro você terá 12%. Não tenho dúvidas que a nota premiada estimula um segmento, que é a pequena venda do varejo, a ser mais assídua naquilo que já é obrigação: pedir nota fiscal. Mas não acho que foi só a nota que estimulou esse aumento”, explicou Azambuja.

Conforme informações da Secretaria de Fazenda (Sefaz), até o dia 30 de janeiro 15% das notas foram emitidas com CPF.

“Foram emitidas 30 milhões de notas fiscais em todo o Estado, das quais cerca de 15% tinham CPF, o que resulta entre 4,5 milhões e 5 milhões de notas [concorrendo no sorteio]”, informou o chefe da Unidade de Educação Fiscal da Sefaz, Amarildo Cruz.

A ação, conforme a gestão estadual, visa a redução da sonegação de impostos. Todos os cupons emitidos em janeiro concorrem pelo último sorteio da Mega-Sena de fevereiro. 

A premiação do governo do Estado vai entregar R$ 100 mil para quem acertar seis das oito dezenas e R$ 200 mil serão divididos entre os que fizerem a quina (cinco dezenas).  

Conforme informado ao Correio do Estado, caso não haja acertadores o dinheiro volta para o fundo.

“Só serão premiados aqueles que acertarem a sena (seis dezenas) e a quina (cinco). Se várias acertarem os seis números, o prêmio é dividido entre elas. Caso ninguém acerte os seis números, o prêmio de R$ 100 mil se junta aos outros R$ 200 e é dividido para todos que acertarem os cinco números. Caso aconteça de ninguém acertar nem a sena, nem a quina, o dinheiro volta para o Fundo da Sefaz. Conforme as nossas projeções isso dificilmente vai acontecer”, disse Cruz.  

SORTEIO

Se considerarmos as 4,5 milhões de notas já validadas para o sorteio a chance  de ganha é  bem maior que do sorteio da Mega Sena.

“A chance de ganhar é de um em 787.510, se levarmos em consideração os números atuais”,  explicou o professor de matemática Jhonattan Gonçalves.

Para ganhar na loteria, também varia de acordo com a quantidade de dezenas na sua aposta e o valor do prêmio. 

Considerando um prêmio de R$ 47 milhões da Mega Sena e apostando seis números, a chance de acertar todas as bolinhas sorteadas e faturar o prêmio maior é de uma em 50.063.860.

A estimativa da  Sefaz é distribuir R$ 3 milhões somente neste ano. 

A diferença em relação aos demais estados que também têm promoções semelhantes é que Mato Grosso do Sul não exigirá cadastro prévio das notas para que o contribuinte participe. 

Somente os ganhadores terão que entrar no site da secretaria e preencher um formulário com dados pessoais e da conta bancária para depósito da quantia. “Não tem a obrigatoriedade de guardar o documento fiscal, porque o CPF da pessoa sorteada já consta e ela terá de fazer um cadastro para receber o prêmio”, informou Cruz.

O primeiro sorteio será no dia 29 de fevereiro. 

O pagamento dos prêmios será efetuado através de transferência bancária, informados no cadastro do mesmo CPF do sorteado. 

Não haverá outra forma de pagamento. O cadastro é exigido para quem for o ganhador do prêmio. Logo, não será preciso fazer cadastro prévio para concorrer.

Qualquer pessoa física que tenha CPF ativo pode participar do Nota MS Premiada independentemente da idade. 

Para participar, basta o consumidor solicitar a inclusão do seu CPF nas notas fiscais das suas compras no comércio do Estado (bens e serviços).

 

IMPOSTO-RENDA

Senado aprova isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 2.824

Segundo a Receita, 15,8 milhões de brasileiros deixarão de pagar imposto neste ano, medida válida para empregados, autônomos, aposentados, pensionistas e demais contribuintes, e outros 35 milhões de cidadãos

17/04/2024 20h00

A exemplo do que fez no ano passado, Lula reajustou a faixa de isenção do IR, ampliando o número de contribuintes que deixarão de pagar o tributo Marcos Oliveira / Agência Senado

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O Senado aprovou nesta quarta-feira (17) o projeto de lei que isenta de Imposto de Renda quem ganha até dois salários mínimos, R$ 2.824 mensais. O texto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A medida adotada pelo governo vem para evitar que pessoas que estavam isentas de IRPF passem a recolher pela primeira faixa da tabela por causa do último reajuste do salário mínimo —que subiu para R$ 1.412 em 1º de janeiro.

A exemplo do que fez no ano passado, Lula reajustou a faixa de isenção do IR, ampliando o número de contribuintes que deixarão de pagar o tributo. Salários, aposentadorias e pensões de dois salários mínimos ficarão isentos.

O reajuste é de R$ 6,97% na faixa inicial, subindo de R$ 2.112 para R$ 2.559,20. O governo concedeu um desconto extra de R$ 564,80 para chegar à isenção ao R$ 2.824.

Segundo a Receita, 15,8 milhões de brasileiros deixarão de pagar imposto neste ano, medida válida para empregados, autônomos, aposentados, pensionistas e demais contribuintes, e outros 35 milhões de cidadãos pagarão menos IR por causa da progressividade da tabela.

O texto foi enviado ao Congresso em fevereiro como MP (medida provisória), mas acabou avançando via projeto de lei diante da resistência da Câmara com a tramitação de MPs, que exigem uma comissão formada por deputados e senadores.


O projeto de lei foi apresentado pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e relatado no Senado pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).

Durante a votação, senadores de oposição lembraram a promessa de Lula de isentar de IR quem ganha até R$ 5.000 por mês e tentaram ampliar a isenção de dois para três salários mínimos, o equivalente a R$ 4.236,00.

A proposta, no entanto, acabou derrotada durante a votação.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse que, antes de Lula, a tabela do Imposto de Renda não era corrigida desde 2015 —no governo Dilma Rousseff (PT).

"Não é não querer dar. É, infelizmente, tem que dar sem provocar um impacto negativo, que seria eventualmente o não controle das contas públicas. Nós já estamos com um problema que não é nosso, é das guerras lá fora. Sobe petróleo, sobe dólar. Daqui a pouco vão querer subir juros."

Em seu parecer, o líder do governo Lula no Congresso disse também que o debate sobre a isenção será "mais bem aprofundado" durante a tramitação da reforma do Imposto de Renda —que o governo pretende enviar ao Congresso até o fim do ano.


Em janeiro, Lula reforçou o compromisso de campanha em entrevista a uma rádio na Bahia: "Eu tenho um compromisso de chegar até o fim do meu mandato isentando todo mundo que ganhar até R$ 5.000. Nesse país, quem vive de dividendo não paga Imposto de Renda e quem vive de salário paga Imposto de Renda".

Segundo o governo federal, a redução de receitas prevista com a medida neste ano é de R$ 3,03 bilhões. O valor passa para R$ 3,53 bilhões no próximo ano e para R$ 3,77 bilhões em 2026.

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Economia

BC não intervém no câmbio quando mercado precifica risco de investir no Brasil, diz Campos Neto

Declaração foi dada após dólar ter tido cinco sessões consecutivas de fortes altas

17/04/2024 14h00

Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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O Banco Central não faz intervenções no mercado de câmbio quando os agentes econômicos precificam o risco de investir no Brasil, afirmou Roberto Campos Neto, presidente da autoridade monetária, nesta quarta-feira (17).

A declaração foi dada em uma reunião com investidores, organizada pela XP, em Washington, nos Estados Unidos, um dia depois de o dólar ter encerrado a sessão de terça (16) cotado a R$ 5,268, operando em seu maior valor desde março de 2023.
Após cinco sessões consecutivas de fortes altas, a moeda americana operava em queda na manhã desta quarta, devolvendo parte dos ganhos.

Segundo Campos Neto, essa função é usada em casos de disfunção no mercado de câmbio, lacuna de liquidez ou episódios marcados por má interpretação dos investidores.
"Não reagimos ao fato de as pessoas estarem precificando nosso prêmio de risco. Reagir a isso é muito perigoso porque há muitas maneiras diferentes de fazer hedge [instrumento de proteção] do prêmio de risco no Brasil", disse.

O presidente do Banco Central atribuiu a maior parte do estresse do mercado financeiro à piora do cenário externo e outra parcela à questão fiscal doméstica.

No cenário global, o principal fator de atenção está relacionado à perspectiva de que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) reduza os juros apenas no segundo semestre devido à resiliência da economia americana. Houve ainda o acirramento dos conflitos no Oriente Médio, com o ataque do Irã a Israel e um eventual impacto sobre o preço do petróleo.

Na política doméstica, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propôs uma revisão na trajetória das contas públicas, reduzindo a velocidade do ajuste fiscal. Para 2025, a meta fiscal passa a ser zero, não mais um superávit 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto), conforme o PLDO (projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) do próximo ano.

"Há muito tempo dizemos que é muito importante perseverar com as metas. Novamente, não há relação mecânica [entre a questão fiscal e a política de juros]. [...] Mas a evidência que temos do que aconteceu nos últimos dias nos diz que o mercado ficou mais preocupado com a parte fiscal", disse.

"Isso pode mudar as expectativas sobre qual será o equilíbrio fiscal no futuro e isso terá um efeito no prêmio de risco. Isso também torna o trabalho [do BC], em termos de política monetária, mais difícil e mais custoso. A reação do mercado implica que parte da revisão recente vem da parte fiscal, mas uma parte muito maior vem do [ambiente] externo", complementou.

Campos Neto voltou a afirmar que as âncoras fiscal e monetária estão muito relacionadas e que, com a mudança em um dos lados, a autoridade monetária precisa entender agora como isso influenciará a sua função de reação.
"Sempre defendemos o fato de que eles deveriam se ater à meta e fazer o que fosse necessário para alcançá-la. Entendemos que houve a necessidade de mudança. A ideia não é comentar tanto sobre fiscal, mas tentar ver como isso vai influenciar nossas funções de reação através das várias medidas que são importantes para nós", disse.

"O importante para nós é como essas variáveis [decorrentes da questão fiscal e do cenário externo] influenciam nosso quadro e se achamos que isso é temporário ou se há uma mudança mais estrutural na qual precisamos prestar atenção", acrescentou.

Diante de uma nova turbulência no cenário econômico, Campos Neto relembrou uma conversa que teve com seu antecessor, Ilan Goldfajn, quando assumiu o comando da autarquia.

"Ele me disse que nunca há um momento calmo no Banco Central. Acho que estava certo. Quando olho para trás naqueles anos em que começamos, tivemos crise na Argentina, depois Brumadinho [rompimento da barragem]. Acho que não tivemos um período de três meses sem qualquer tipo de crise", afirmou.

O presidente do BC disse também que a autoridade monetária fará o que for necessário para levar as expectativas de inflação em direção às metas definidas pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

A partir deste ano, o alvo é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Isso significa que o objetivo é considerado cumprido se oscilar entre 1,5% (piso) e 4,5% (teto).

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