O auxílio emergencial foi criado para ajudar trabalhadores informais, desempregados, microempreendedores individuais (MEIs), beneficiários do Bolsa Família e pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com o intuito de reduzir os efeitos da crise econômica causada pela pandemia.
Em abril, 130 mil pessoas eram beneficiárias do Bolsa Família em Mato Grosso do Sul. Com a criação do auxílio emergencial, que inclui beneficiários do programa e do CadÚnico e as pessoas que se registraram voluntariamente, o número saltou para 844,4 mil pessoas assistidas pelo governo federal, ou seja, seis vezes mais.
Do total, são 159,6 mil do Bolsa Família, 191,8 mil do Cadastro Único e 492,9 mil que se cadastraram voluntariamente. Cada trabalhador inscrito no programa recebe parcelas de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães chefes de família).
Até o fim de agosto, de acordo com os dados do Ministério da Cidadania, foram pagos R$ 2,65 bilhões aos sul-mato-grossenses. Sendo R$ 663 milhões às pessoas que recebem o Bolsa Família; R$ 615,6 milhões para os beneficiários do CadÚnico; e R$ 1,37 bilhão para os que realizaram o cadastro no aplicativo Caixa Tem.
De acordo com a economista Daniela Dias, o auxílio é a única fonte de renda de 10% da população estadual.
O benefício ajudou a manter a movimentação econômica no Estado.
“De uma forma geral, todo recurso neste momento tende a ampliar as expectativas, principalmente quando a gente considera o atual cenário do coronavírus. Esses recursos foram muito necessários, ajudaram a amenizar os impactos. Foi em totalidade? Não, mas entre nada e pouco, esse pouco pode significar muito para diversas famílias. E trouxe mais esperança para essas famílias que não tinham expectativa de renda mínima para sobrevivência nessa pandemia. No Estado, foi a principal fonte de renda de 10% da população, sem dúvida foi uma ajuda vinda em um momento que precisava”, disse.
A economista ainda alerta que é preciso utilizar o benefício de forma consciente, pagando contas, comprando alimentos ou coisas prioritárias.
“Esses recursos precisam ser gastos de forma consciente, renegociando o que for possível, e de qualquer forma eles vêm para a economia. Seja para as instituições bancárias, com o pagamento de contas, seja na forma de consumo, para alimentação e despesas prioritárias”, destacou Daniela.