Economia

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Aviação agrícola será prejudicada com portaria

Aviação agrícola será prejudicada com portaria

Cícero Faria, de Dourados

14/08/2012 - 00h00
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Uma portaria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) proibindo a pulverização aérea de defensivos que contenham quatro princípios ativos específicos não terá impacto neste momento sobre o setor de aviação agrícola. Mas com a chegada da nova safra de verão, esse segmento será muito prejudicado.

A previsão é do dono de uma empresa aérea em Dourados, Eder Roberto Peviani que prevê prejuízos para todo setor, se a media não for revista, como vem defendendo aviação agrícola, industrias e revendas de defensivos e produtores rurais.

A partir desta semana, o Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária deve levar ao Ministério do Meio Ambiente uma proposta elaborada pelos segmentos afetados para estabelecer uma alternativa à proibição de aplicação aérea de defensivos agrícolas que contenham os princípios ativos Imidacloprid, Tiametoxam, Clotianidina ou Fipronil.

A medida do Ibama, publicada em julho, tem o objetivo de proteger as abelhas, que, conforme pesquisas científicas, estariam até morrendo pelo contato com os agrotóxicos que acabam dispersando com o vento. O presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Nelson Paim, defende um consenso que permita as operações, já que as lavouras de cana e de cítricos hoje estão desprotegidas.
 

ECONOMIA

Pix automático beneficiará 60 milhões de brasileiros a partir de hoje

A nova ferramenta elimina a exigência de convênios com cada banco, como ocorria no débito automático tradicional

16/06/2025 14h30

Pix

Pix Marcello Casal jr/Agência Brasil

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A partir desta segunda-feira (16), o débito automático de boletos poderá ser substituído por pix automático. A medida já estava disponível para clientes do Banco do Brasil desde o fim do mês de maio, no entanto, outras instituições financeiras só começaram a ofertar o serviço agora.

A nova modalidade permitirá que o usuário autorize pagamentos periódicos a empresas e prestadores de serviços, como microempreendedores individuais (MEIs). A autorização é feita uma única vez, e os débitos ocorrem automaticamente na conta do pagador.

De acordo com o Banco Central (BC), a nova ferramenta deve beneficiar até 60 milhões de brasileiros que não possuem cartão de crédito.

Na prática, para as empresas, o Pix Automático elimina a exigência de convênios com cada banco, como ocorria no débito automático tradicional. Agora, basta solicitar a adesão no banco onde têm conta.

ENTENDA COMO VAI FUNCIONAR

  • A empresa envia o pedido de autorização ao cliente.
  • O cliente acessa a opção "Pix Automático" no aplicativo do banco.
  • Lê e aceita os termos.
  • Define periodicidade, valor (fixo ou variável) e limite por transação.
  • A partir da data combinada, os débitos são feitos automaticamente.
  • A cobrança pode ocorrer 24h por dia, inclusive em feriados.
  • O usuário pode cancelar ou ajustar os pagamentos a qualquer momento.

Cabe ressaltar que, o Pix Automático é voltado a pessoas físicas como pagadoras e empresas ou prestadores de serviços como cobradores. Além disso, para transferências entre pessoas físicas, como salários de trabalhadores domésticos continua vao Pix Agendado Recorrente, que é obrigatório desde outubro de 2024.

RISCOS

Apesar de prática, a nova modalidade traz alguns riscos como a possibilidade de golpes por meio de propostas falsas enviadas por empresas inexistentes. Para reduzir fraudes, o BC estabeleceu critérios rigorosos para adesão das empresas ao Pix Automático, entre eles, as instituições financeiras devem verificar:

  • Data de inscrição no CNPJ e situação dos sócios no CPF;
  • Coerência entre o serviço ofertado e a atividade econômica da empresa;
  • Número de funcionários, capital social e faturamento;
  • Tempo de abertura da conta e histórico de cobranças;
  • Frequência de transações com a instituição.

Além disso, apenas empresas em operação há mais de seis meses poderão oferecer cobranças via Pix Automático.

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MERCADO EXTERNO

Alta exposição à China e aos EUA favorece MS em "guerra tarifária"

Para economista da Lifetime, Mato Grosso do Sul já está se beneficiando da guerra comercial dos gigantes

16/06/2025 08h30

Marcela Kawati, economista da Lifetime, analisa cenário para MS

Marcela Kawati, economista da Lifetime, analisa cenário para MS Foto: Divulgação

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Os números da balança comercial de Mato Grosso do Sul deste ano mostram que a “guerra tarifária”, deflagrada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a China, teve mais impactos positivos do que negativos para a economia de MS e que o Estado poderá se beneficiar ainda da imposição de tarifas entre os dois países.

A leitura é da economista da Lifetime Investimentos, Marcela Kawati. Segundo ela, Mato Grosso do Sul está fortemente exposto às exportações de produtos do agronegócio para a China e também bem posicionado no que tange às compras que os Estados Unidos fazem do Brasil.

De fato, as vendas de carne bovina para os Estados Unidos, desde fevereiro, quando Trump chegou ao poder, dispararam, mesmo com tarifas de 10% sobre elas. Já as vendas de soja, sobretudo para a China, mantiveram-se estáveis, mas com perspectiva de alta, em meio à possível substituição da soja norte-americana pela brasileira.

Por ter mais familiaridade com a burocracia chinesa, Mato Grosso do Sul pode levar vantagem ao vender mais para a China.

“Quando a gente fala de agronegócio, não existe a possibilidade de você botar uma fazenda em uma caixa e levar para outro país. Por isso, o fato de o Brasil estar exposto às exportações via agronegócio faz com que a gente tenha aí uma vantagem, no sentido de que não é um produto de fácil substituição”, explica Marcela.

Exportações

Neste primeiro semestre, as exportações de Mato Grosso do Sul estão em alta, mesmo com a guerra tarifária mundo afora, polarizada entre EUA e China. O total acumulado de exportações entre janeiro e maio é de US$ 4,28 bilhões, crescimento de 2,95% em relação ao mesmo período de 2024.

Como as importações estão em queda, sobretudo pela compra menor de gás natural da Bolívia, o Brasil comprou, via Mato Grosso do Sul, US$ 1,037 bilhão, o que contribuiu para o aumento do saldo da balança comercial.

O acumulado dos primeiros cinco meses deste ano indica a permanência das contas externas em superavit, com saldo de US$ 3,25 bilhões, 8,41% a mais que no mesmo período do ano passado.

E os principais produtos sul-mato-grossenses vendidos ao exterior estão muito expostos à disputa comercial entre China e Estados Unidos.

Em termos de volume exportado, os principais produtos locais são soja (28,66%), celulose (24,83%) e carne bovina (18,02%).

Em termos de valor agregado, porém, a celulose já tem larga vantagem sobre a soja: representa 34% do volume financeiro das vendas externas, enquanto a soja representa 27% e a carne, 14%.

Sozinha, a venda de celulose, que tem a China como grande destino, resultou em um faturamento de US$ 1,44 bilhão nos primeiros cinco meses deste ano, 78% a mais que no mesmo período do ano passado.

“Existe mais oportunidade de ganhar espaço neste vácuo entre o que acontece entre China e Estados Unidos”, afirma a economista.

No que diz respeito à carne bovina, ela enxerga uma tendência de estabilidade ou baixa, uma vez que os Estados Unidos já fizeram grandes compras antes do início do tarifaço e, também, que as vendas para a China seguem estáveis. Marcela Kawati vê grande oportunidade mesmo é na soja.

“Quando a gente fala especificamente de Mato Grosso do Sul, a gente vê uma grande exposição à China. E tem uma vantagem aí, porque, neste momento, EUA e China vão se afastar geopoliticamente e fica um vácuo ali [o país asiático é um grande comprador da soja norte-americana], pois a China vai precisar comprar de alguém”, analisa.

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