Ricardo Campos Jr
31/10/2020 06:00
Norma ditada pela Comissão de Valores Mobiliarios (CVM) autorizou qualquer brasileiro a investir em parcelas de grandes empresas dos Estados Unidos, Europa e Ásia. Na lista estão gigantes tentadoras, como Facebook, Apple, Amazon, Microsoft e até mesmo a plataforma de streaming Netflix, mas será que realmente vale a pena?
Esse processo não exige a abertura de qualquer tipo de conta no exterior. As ações (chamas de BDRs) podem ser compradas diretamente com uma corretora ou plataforma digital.
O administrador e especialista em investimentos pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) Trajano Ellera Gomes disse ao Correio do Estado que esse tipo de negócio sempre esteve disponível, mas apenas para investidores qualificados, ou seja, que comprovavam ter mais de R$ 1 milhão em investimentos.
Essa abertura recente implica que agora não há mais reservas ou restrições. “Essa abertura permite, então, que o investidor possa comprar títulos representativos de ações de empresas estrangeiras sem que elas necessariamente abram seu capital aqui no Brasil, abrindo então essa nova fronteira para os pequenos investidores. Hoje o Brasil representa algo como 0,7% do PIB mundial, o que podemos pensar realmente como uma oportunidade para diversificar investimentos em outros países e mercados globais”, explicou à equipe de reportagem.
Segundo ele, é difícil fazer uma previsão considerando qual mercado será mais rentável, “mas podemos analisar quais setores ou negócios hoje têm uma possibilidade de valorização e crescimento maior”, pondera.