Economia

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Caixa não vai mais financiar segundo imóvel para quem já tem crédito imobiliário ativo

Caixa não vai mais financiar segundo imóvel para quem já tem crédito imobiliário ativo

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06/08/2015 - 06h00
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A Caixa Econômica Federal não financiará novamente a casa própria para os clientes que já obtiveram crédito no banco estatal para mesma finalidade e ainda estão pagando as prestações (com contrato ativo), utilizando o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A medida começa a valer no dia 17 de agosto, para a aquisição de imóveis novos ou usados.

Pelas novas regras, os clientes que já forem detentores de um financiamento imobiliário ainda vigente desta linha de crédito não poderão tomar um novo empréstimo no banco, ainda que tenham renda para tal. Segundo a Caixa, a medida não afeta quem já financiou um imóvel e quitou a dívida, e agora quer fazer um novo financiamento. Para esses clientes, nada muda. A alteração também não vai afetar quem já tem dois financiamentos de imóveis ativos. Contratos já feitos serão mantidos. A mudança acontecerá apenas para futuras transações. A partir do dia 17, se o cliente ainda estiver pagando o primeiro empréstimo, o segundo será negado.

"Essas operações representam apenas 2,4% da quantidade de financiamentos concedidos pelo banco", justificou a Caixa, em nota.

Com a crise econômica, os brasileiros aumentaram o saque na poupança. Em junho, a caderneta registrou um volume de retiradas de R$ 6,26 bilhões, a maior saída de recursos para o mês desde o início da série histórica, em 1995.

Com a redução do volume de recursos disponíveis para emprestar, a Caixa Econômica informou ainda que o foco do banco este ano será o financiamento de imóveis novos, com destaque para a habitação popular —"Minha casa, minha vida" e recursos do FGTS.

Segundo uma resolução do Conselho Curador do FGTS, publicada este ano, 60% dos recursos para habitação nos bancos públicos deverão ser direcionados para o financiamento de imóveis novos.

Mudança anterior

No fim de maio, a Caixa já havia promovido mudanças na linha de crédito Pró-Cotista, destinada quem tem conta no FGTS há pelo menos três anos (36 meses) e não conta com outro imóvel na mesma cidade. Na ocasião, a instituição financeira reduziu o valor máximo do imóvel financiado de R$ 750 mil para R$ 400 mil.

A Pró-Cotista é destinada a quem ganha acima de R$ 5 mil (acima dos limites do "Minha casa, minha vida"). Com essa modalidade, é possível financiar até 85% do imóvel, pelo prazo máximo de 360 meses. A taxa de juros é de 7,66% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR). Essa linha pode ser requerida nas agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil (BB).

No fim de julho, a Caixa anunciou a liberação de R$ 4 bilhões para essa linha de crédito imobiliário Pró-Cotista, como forma de compensar os clientes pela restrição ao financiamento de imóveis.

Financiamentos com recursos da caderneta

No fim de abril, a Caixa já havia reduzido o limite de financiamento de imóveis usados adquiridos com dinheiro dos depósitos em caderneta de poupança ou recursos livres — ou seja, financiamentos de imóveis que valem mais de R$ 190 mil. Desde 4 de maio, o percentual máximo de financiamento para moradias usadas — que custam até R$ 750 mil — passou de 80% para 50% do valor do imóvel. No caso de bens novos, a Caixa só financia 80% do valor do bem. Antes, o percentual era de 90%

GLÓRIA DE DOURADOS

Com produção de 45 mil toneladas, MS tem Dia de Campo do Amendoim

Segundo Dia do Amendoim acontece no dia 24, a partir das 8h na sede do Amendoglória; MS é o segundo maior produtor da cultura no Brasil

22/01/2025 14h00

Produtor rural Aldo Lopes Rosa acredita em produtividade alta: de 150 a 200 sacas por hectare

Produtor rural Aldo Lopes Rosa acredita em produtividade alta: de 150 a 200 sacas por hectare Foto: Divulgação

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Mato Grosso do Sul se consolida como o segundo maior produtor de amendoim em casca do Brasil, atrás apenas de São Paulo. Com uma área plantada que ultrapassa 10 mil hectares e a expectativa de atingir uma produção recorde de 45 mil toneladas nesta temporada, o estado se prepara para o 2º Dia do Amendoim, que acontece no dia 24 de janeiro, na sede da Amendoglória, em Glória de Dourados.

Voltado para agricultores locais, o evento traz uma programação diversificada, com palestras ministradas por especialistas renomados e debates sobre inovações no cultivo de amendoim. A abertura oficial está marcada para as 8h.

Logo após, a programação segue com as seguintes palestras:

  • 8h30: “Desafios e Oportunidades do Agro em MS” – Representante da Semadesc.
  • 9h: “Variedades do Amendoim” – Momento IAC.
  • 10h: “Fisiologia e Nutrição Aplicada à Cultura do Amendoim” – Carlos Felipe Cordeiro (Unesp).
  • 13h30: “Inovação e Manejo de Praga em Amendoim” – Dr. Marcos Michelotto (IAC).
  • 14h30: “Momento Embrapa – Variedades de Amendoim” – Jair Heuert (Embrapa).
  • 15h30: “Sistema de Produção do Amendoim na Palha” – Dr. Denizart Bolonhezi (IAC).
  • 16h30: Encerramento.

Produtividade em alta 

A cultura do amendoim em Mato Grosso do Sul tem mostrado crescimento expressivo, com um aumento de 26% na área plantada em relação a 2023. Segundo Aldo Lopes da Rosa, produtor rural da região, a expectativa de produtividade é promissora.

"Este ano, estamos com bom desenvolvimento das lavouras. Se o clima colaborar, podemos alcançar uma média alta, em torno de 150 a 200 sacas por hectare", explica.

O preço do amendoim, atualmente na faixa de R$ 90 por saca, é influenciado pela oferta e demanda. "Com uma safra maior, o preço tende a cair um pouco em relação ao ano passado. Mas é um mercado em crescimento, com boas perspectivas, especialmente no mercado internacional", acrescenta Aldo.  

A produção total do amendoim no município pode variar entre 400 a 600 mil sacas de 25 quilos, segundo expectativa dos produtores. 

Desafios 

A produção de amendoim exige investimentos elevados, com custos que podem dobrar em comparação à soja, segundo Aldo. "É necessário adquirir máquinas específicas, já que a terceirização de serviços é inviável no cultivo de amendoim. Além disso, a cultura demanda manejo técnico rigoroso e controle de pragas e doenças para evitar prejuízos."

Jair Caires, da Amendoglória, destaca o potencial do mercado interno e externo. "Grande parte do amendoim produzido no Brasil é exportada, principalmente para a produção de óleo. No entanto, há espaço para expandir o consumo no mercado interno, com mais informações sobre os benefícios do alimento."

Rogério Hidalgo Barbosa, também da Amendoglória, reforça que o evento será uma oportunidade para os produtores locais se capacitarem e trocarem experiências. "O Dia do Amendoim é essencial para fortalecer essa cultura no estado e criar um ambiente propício para o crescimento sustentável da produção."

Perspectivas 

Com iniciativas como o Dia de Campo e a dedicação dos produtores, o amendoim tem conquistado espaço como uma alternativa viável e lucrativa para as lavouras de Mato Grosso do Sul. Além disso, a chegada de novas estruturas, como secadores industriais na região, deve impulsionar ainda mais o setor nos próximos anos.

Para participar do evento, os interessados podem se dirigir à sede da Amendoglória no dia 24 de janeiro e aproveitar essa oportunidade de aprendizado e inovação.

segundo ano seguido

Estiagem piora e já prejudica 1,73 milhão de hectares de soja em MS

Cerca de 30 municípios da região sul do Estado estão sendo afetados e em algumas lavouras as perdas já chegam a 70%

22/01/2025 10h01

Se chover ao longo das próximas semanas algumas lavouras ainda conseguem se recuperar, mas a produtividade já está comprometida

Se chover ao longo das próximas semanas algumas lavouras ainda conseguem se recuperar, mas a produtividade já está comprometida Valéria Araújo

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Os produtores de Mato Grosso do Sul plantaram em torno de 4,5 milhões de hectares de soja para a safra que está em andamento. E, por conta da escassez de chuvas, pelo menos 1,73 milhão de hectares terão problemas na produtividade, conforme dados do boletim semanal da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja) divulgado nesta terça-feira (21).

Isso significa que 38% da área total está sendo prejudicada pela estiagem, de acordo com a Aprosoja. A região mais afetada é a região da fronteira com o Paraguai, onde 70% das lavouras estão em condições consideradas ruins ou regulares. 

Mas, toda a região centro-sul está com falta de chuvas. Das lavouras incluídas na chamada região sul, como Dourados e Caarapó, apenas 31% eram consideradas boas. Em algumas fazendas os produtores já estimam perdas da ordem de 70%, mesmo que ocorram chuvas nos próximos dias

Conforme a Aprosoja, produtores de pelo menos 30 municípios já sofreram perdas irreversíveis, uma vez que “observamos 30 dias de seca moderada, com poucas chuvas variando entre 1,4 mm e 66,6 mm, e 10 dias de seca severa, sem precipitações”, diz o boletim desta terça-feira. 

Até a semana passada, conforme este mesmo boletim, a área total prejudicada pela falta de chuvas em Mato Grosso do Sul era de 29%, ou 1,3 milhão de hectares. Mas, com a atualização dos dados, este montante aumentou em mais de 400 mil hectares em apenas uma semana. 

Conforme a previsão inicial, que leva em consideração da produtividade dos cinco anos anteriores, Mato Grosso do Sul esperava colher 13,97 milhões de toneladas. Porém, se as chuvas ajudassem, este volume chegaria à casa das 16 milhões de toneladas, já que ouve aumento de quase 7% na área plantada na comparação com a safra passada. 

ESTIAGEM SEM FIM

Embora as lavouras na região mais ao norte do Estado estejam em boas condições e a perspectiva é de que ocorra boa produtividade, este é o segundo ano consecutivo em que a falta de chuvas provoca prejuízos bilionários ao agronegócio local. 

Na safra passada, por exemplo, Mato Grosso do Sul  colheu apenas 12,35 milhões de toneladas de soja. Isso significa retração de 18%, ou 2,7 milhões de toneladas, ante a colheita do ano anterior, quando os protutores do Estado produziram 15 milhões de toneladas. 

Levando em consideração o aumento de 5,2% na área plantada, a queda foi ainda maior. A produtividade média foi de apenas 48,8 sacas por hectare, ante 62,4 da safra anterior, o que representa queda de 27,8%. 

Transformando a perda de 2,7 milhões de toneladas em sacas, foram em torno de 45 milhões de unidades a menos que na safra anterior. E, levando em consideração o preço médio da saca no Estado na última semana, de R$ 116,00, os produtores de Mato Grosso do Sul deixaram de faturar em torno de R$ 5,2 bilhões por causa da estiagem. 

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