Economia

INFLAÇÃO

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Campo Grande tem a quinta maior alta no custo de vida do Brasil

Despesas com educação disparam devido ao aumento nas mensalidades dos cursos regulares

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A inflação oficial de Campo Grande teve alta de 0,42% em fevereiro, depois de variar 0,13% em janeiro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que o grupo que puxou o indicador para cima foi o grupo Educação, que registrou variação de 5,25%.

Entre as cidades pesquisadas, o índice da Capital sul-mato-grossense foi o quinto maior, atrás de Fortaleza (0,80%), Aracaju (0,66%), Belo Horizonte (0,50%) e Rio Branco (0,49%). No acumulado dos dois primeiros meses do ano, a inflação da Capital registra variação de 0,55%. Já considerando os últimos 12 meses, o índice inflacionou 4,48% .

Entre as despesas registradas no mês passado, as maiores foram com  a educação (5,25%), desde o ensino infantil ao superior. De acordo com os dados do IBGE, os itens que levaram o grupo para cima foram as despesas escolares: pré-escola (8,20%), ensino fundamental (8%), ensino médio (7,18%), cursos regulares (7,17%),ensino superior (7,02%) e  creche (6,97%). Fevereiro é o mês de matrícula na maior parte das instituições de ensino.

O grupo Transportes (0,95%), também apresentou variação positiva. Transportes é o grupo com maior influência no índice. Seu peso corresponde a 21% da inflação local. Sua alta foi influenciada pelo aumento no valor dos subitens motocicleta (5,28%), transporte escolar (2,1%), automóvel novo (1,93%) e gasolina (1,74%). Esta última foi responsável pela influência de 0,13% no índice.

Os outros grupos que registraram inflação no segundo mês do ano foram as Despesas pessoais (0,42%), os Artigos de residência (0,40%), Comunicação (0,25%) e Saúde e cuidados pessoais (0,03%).

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, três ajudaram a reter a inflação, o com maior deflação foi o grupo Vestuário (-0,64%), seguido de Habitação (-0,22%) e por fim Alimentação e bebidas (-0,17).  A queda no grupo Alimentação e bebidas (-0,17%) foi puxada pela redução nos preços de frutas (-3,01%) e carnes (-2,58%) que, dentro do tema, exerceu o maior impacto individual negativo no índice (-0,11%). Entre os itens cujos preços aumentaram, estão tubérculos, raízes e legumes (4,47%), açúcar e derivados (2,92%) e aves e ovos (2,25%).

Também merece destaque o grupo Habitação, que voltou a ficar negativo, com -0,22%, tendo um impacto de -0,17% no índice. Os itens Artigos de limpeza (1,49%) e aluguel e taxas (0,27%) não tiveram força suficiente para elevar os números, pois estes foram puxados para baixo pela Energia elétrica residencial (-1,21%). A explicação é a mudança da bandeira tarifária. Em janeiro estava em vigor a bandeira amarela, sendo cobrado um acréscimo para cada 100  quilowatts-hora consumidos. Em fevereiro passou a vigorar a bandeira verde, quando não há cobrança adicional.

NACIONAL

No País, o IPCA de fevereiro teve alta de 0,25%, depois de variar 0,21% em janeiro. Foi o menor resultado para um mês de fevereiro desde 2000, quando o índice foi de 0,13%. No ano, o IPCA acumulou alta de 0,46% e, nos últimos 12 meses, de 4,01%, abaixo dos 4,19% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2019, a taxa havia sido 0,43%.  

Assim como em Mato Grosso do Sul, o maior impacto no índice do mês, 0,23 ponto percentual (p.p.), veio do grupo Educação, que também registrou a maior variação (3,70%) entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados. Outros quatro grupos também apresentaram alta, com destaque para Saúde e cuidados pessoais (0,73% de variação e 0,10 p.p. de impacto) e Alimentos e bebidas (0,11% de variação e 0,02 p.p. de impacto). No lado das quedas, a contribuição negativa mais intensa (-0,06 p.p.) veio de Habitação (-0,39%), enquanto a maior queda ficou com Vestuário (-0,73%). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,23% em Transportes e a alta de 0,31% em Despesas Pessoais.

Quanto aos índices regionais, apenas a região metropolitana do Rio de Janeiro (-0,02%) teve deflação em fevereiro, dada a queda nos preços das carnes (-8,39%), que contribuíram com -0,18 p.p. no resultado da área. A maior variação positiva ficou com a região metropolitana de Fortaleza (0,80%), por conta da alta nos cursos regulares (5,86%).

Economia

Em meio à crise, presidente da Petrobras descarta aumento de preços dos combustíveis

Na última semana, o presidente Jean Paul Prates confirmou que as etapas para conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas no fim deste ano.

18/04/2024 17h23

Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates Thomaz Silva/ Agência Brasil

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Durante um evento no Rio de Janeiro, com foco em "O Fortalecimento da Indústria Naval Nacional e o Setor Energético Offshore", o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, descartou um aumento nos preços dos combustíveis no Brasil a curto prazo.

"Estamos avaliando as condições de mercado. Não há razão nenhuma para aumento agora. Não está sendo avaliado (aumento para as próximas semanas). Estamos monitorando o cenário internacional. Por enquanto não há nada que faça mover. E o preço do petróleo indica isso", relatou ao jornal O Globo, na manhã de hoje (18).

Conforme divulgado pelo Correio do Estado, no início desta semana, a Petrobras anunciou que as etapas para a conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas até o final deste ano. A estatal informou que o processo licitatório para o reinício das obras será aberto em dezembro de 2024.

A expectativa inicial é que a unidade comece a operar até o fim de 2023.

Na semana passada, o governador Eduardo Riedel (PSDB) pediu ao presidente Lula que "olhasse com carinho" para a fábrica, que está com as obras paradas desde 2014. O pedido foi feito durante visita do presidente a Campo Grande.

Nesta segunda-feira (15), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou as falas do presidente, em entrevista à CNN, que as obras serão retomadas em breve.  
   

A UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - ReproduçãoA UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - Reprodução

Investimentos

De acordo com o presidente da Petrobras, rebateu um dossiê feito na semana passada, contra a permanência dele no comando da estatal e que apontava que Prates resistia em concluir a UFN3, que precisa de investimento de R$ 5 bilhões.

Durante a conversa, Jean Paul afirmou que sempre defendeu a importância da inclusão do projeto da fábrica no Planejamento Estratégico da Petrobras, o que foi feito em novembro do ano passado, após demonstração técnica de viabilidade financeira e decisão da estatal de voltar ao setor de fertilizantes.

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, reafirmou que o dossiê sobre a não retomada da UFN3 não correspondia à realidade

"Estamos acompanhando o assunto junto com a ministra Simone Tebet e temos inclusive a previsão que a licitação ocorra no final de ano", disse.

Quando concluída, a UFN3 deve reduzir em 15% a dependência brasileira dos nitrogenados, contribuindo para a autonomia nacional no setor de fertilizantes.

A obra da UNF3 foi paralisada no fim de 2014, com 81% da construção realizada.

A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.
 

Valor do petróleo 

Na tarde desta quinta-feira (18), o preço do petróleo Brent, usado como referência internacional, está em queda de 0,22%, a US$ 87,10. Na semana passada, chegou a passar os US$90. Segundo dados da Abicom, que reúne os importadores, o preço da gasolina cobrado pela estatal está 20% menor em relação ao cenário internacional. No caso do diesel, a diferença hoje é de 10%

Declarações 

Conforme informações do governo brasileiro, os preços feitos pela  Petrobras ocorreram em outubro do ano passado, quando a estatal reduziu o valor da gasolina nas refinarias, quando passou de R$2,93 para R$2,81. No caso do diesel, a queda foi em dezembro (caindo de R$3,78 para R$3,48).

Durante o evento nesta quinta-feira, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o impacto do conflito no Oriente Médio não deve intervir sobre os valores dos combustíveis no Brasil.

As declarações de Prates ocorrem em momento de crise na estatal, que se estendeu  ao Conselho de Administração da estatal, após falas de Silveira. 

A crise chegou até o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), com sede em São Paulo, que derrubou a decisão em primeira instância e reconduziu à presidência do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Mendes, um dos representantes da União no colegiado. Ele foi afastado na última semana. Logo em seguida, a Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu.

Questionado como estava no clima dentro da Petrobrás, Prates disse estar tranquilo.

"Eu estou tranquilo. O presidente Lula está na Colômbia. Eu não fui a Brasília para isso. Temos agendas em Brasília constantemente. Por exemplo, eu passei o dia inteiro no TCU (Tribunal de Contas da União). Fui ver as lideranças no Senado. São meus amigos afirmou Prates".

 

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Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

Divulgação

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A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

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