Economia

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Com estimativa de ascensão, marcas focam na venda de veículos para pessoas com deficiência

Segundo as empresas o segmento de mercado representa 10% do faturamento anual

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As vendas de veículos para pessoas com deficiência (PCD) tiveram uma queda de 5,74% em 2020, no comparativo com o ano anterior. 

O dado foi levantado pela Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz), responsável pelas análises de descontos de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). 

Durante todo o ano de 2019 foram registrados 923 veículos para PCD, já em 2020, até a primeira quinzena de dezembro, o número era de 870.

Em contrapartida, ao saldo negativo, as marcas investem nas consultorias para este nicho. Conforme empresas ouvidas pelo Correio do Estado, o segmento representa 10% do faturamento anual.  

Campo Grande, por exemplo, ganhou uma loja especializada nas vendas para o segmento. 

O Grupo Enzo inaugurou, em agosto, a “Enzo Mobility”, primeira concessionária do Estado voltada especificamente para compra de veículos para PCD. 

De acordo com o gerente da unidade, Antônio Aparecido, a abertura nasceu da necessidade de facilitar o processo para o cliente, que muitas vezes não tem acesso fácil às informações ligadas a compra de veículos adaptados.

“As pessoas chegavam na loja e os atendentes não tinham conhecimento adequado, então a ideia é deixar a experiência mais confortável e ágil para o cliente”, explica.  Além das vendas, a loja também oferece consultoria aos interessados.

 “Estamos numa ascensão de vendas. Conforme os dados do Detran, 23% da população do Estado é PCD, se considerarmos que uns 5% são potenciais compradores teríamos umas 30 mil pessoas como clientes em potencial”, considerou o gerente.

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Apesar da abertura de loja com modelo específico, a venda de veículos adaptados não é novidade. A Honda foi pioneira no atendimento especializado ao público PCD. 

Com um programa criado em 1997, a marca auxilia os compradores durante todo o processo, das dúvidas até a solitação de descontos, que é realizada na Sefaz.

A responsável pelas vendas especiais na Honda Endo Car, Adriane Ferrazi, destaca que, apesar do pedido de isenção do IPVA  ser um processo posterior à compra, esse apoio se faz tão necessário quanto qualquer outro.  

“Se o cliente escolheu nossa loja, o minímo que nós podemos fazer é auxiliar até o fim das etapas, conheço gente, por exemplo, que comprou carro PCD e ficou dois anos pagando o IPVA normal porque não tinha conhecimento do desconto”, destaca.

ISENÇÃO

O direito à isenção para PCD é garantido pela Lei 8.989, de 24 de fevereiro de 1995.

A soma das dispensas dos encargos  Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI),  Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), IPVA e Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários  (IOF) pode chegar a 20% ou 30% do valor do veículo.

Algumas doenças e deficiências que concedem o direito ao benefício são: amputações de membros, uso de próteses, artrose, acidente vascular cerebral (AVC), autismo, certos tipos de câncer, doenças degenerativas, esclerose, paraplegia, problemas na coluna, entre outras.

Conforme a lei, apenas veículos com valor até R$ 70 mil fabricados no Brasil ou nos países ligados ao Mercosul conseguem a isenção de IPI e do ICMS. 

Os carros de valor superior ao teto só contam com o desconto do IPI. A isenção do IOF é exclusiva para quem tem deficiência física.

Para os que têm direito à compra especial, as etapas são as seguintes: o interessado deve ter em mãos os exames clínicos que comprovem a patologia em questão, o laudo médico emitido pelo Detran e a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) especial.  

Com esses documentos, é possível solicitar a isenção sobre o IPI e o ICMS. A patir disto, o cliente deve escolher o veículo que deseja para depois conseguir pedir o desconto no IPVA, que corresponde a 60% do valor integral. 

O Departamento de Trânsito do Estado informou que, em 2019,  foram emitidos 2.582 laudos oriundos de avaliação por junta médica. 

Já em 2020, o número caiu para 1.892, representando uma queda de cerca de 27%. Ainda de acordo com o órgão, 90% das restrições são para veículos da categoria B (carro) e os outros 10% para veículos da categoria A (moto).

ALTERNATIVA

Apesar dos números corresponderem a órgãos competentes, as somam não caracterizam todos os tipos de compra do nicho. 

Além da possibilidade para os condutores PCD, há também uma alternativa para compradores não condutores, ou seja, aqueles responsáveis por transportar os portares de deficiências, como em casos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou de deficientes visuais, intelectuais ou físicas severas, conforme prevê o decreto estadual nº14723/2017.

A vendedora especializada em PCD, da concessionária Ulsan Hyundai, Margarida Farinon, lembrou que, “no caso dos compradores não condutores, é necessário um laudo de perícia médica do SUS comprovando a necessidade”. 

Ainda segundo ela, o mercado para PCDs se mantém positivo, “apesar do valor cotado pela legislação brasileira estar muito defasado”.

Há 12 anos, por lei, para ter direito às isenções, os veículos PCD devem custar no máximo R$ 70 mil, as empresas defendem o aumento do teto.

O mesmo ponto é defendido pelo gestor da unidade, Fabiano Dassan.

 “Realmente, este é um segmento que está em expansão, mas que também, hoje em dia, enfrenta uma limitação muito grande porque o governo federal não aumenta esse teto de R$70 mil.”.

De acordo com Dassan, na loja onde ele é gestor, as vendas de veículos para pessoas com deficiência correspondem a uma média de 10% do faturamento anual, um valor muito semelhante com o do ano anterior, quando a importância foi de 10,4%.  

“É preciso lembrar que a queda dos números tem a ver com a economia, que antes estava mais aquecida, mas nossa projeção é positiva, com certeza”, finaliza Dassan.

Vendas de veículos novos aumentaram 17% em dezembro

Levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) aponta que as vendas de veículos novos em Mato Grosso do Sul aumentou  17,20% no último mês de 2020.

Em dezembro, foram emplacados 2.324 veículos ante 1.983 no mês imediatamente anterior.  

No acumulado do ano passado, no entanto, o Estado comercializou 21.830 veículos novos, queda de 22% na comparação com 2019-quando foram emplacados 28.043.

No Brasil, o mês de dezembro registrou o maior volume de emplacamentos de veículos de todo o ano de 2020, segundo a Fenabrave. 

Considerando todos os segmentos somados automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros veículos, foram emplacadas 363.163 unidades, em dezembro, contra 334.349 veículos, no mês anterior, alta de 8,62%.

O levantamento apontou, ainda, que, em relação a dezembro de 2019, quando foram comercializadas 370.748 unidades, a retração foi de  2,05%.

No acumulado do ano, houve queda de 21,63% (3.162.851 unidades contra 4.036.046 registradas em 2019), recuo inferior às projeções divulgadas em julho, quando a expectativa era de que o mercado retrairia 35,8% em 2020.  

“Os principais fatores que influenciaram nessa melhora, principalmente, a partir do segundo semestre, foram a manutenção da taxa de juros, em um patamar baixo e o Auxílio Emergencial, oferecido pelo Governo Federal, que colaboraram para o aquecimento do comércio e para a baixa inadimplência. 

Com isso, melhorou a oferta de crédito, favorecendo a tomada de decisão para a aquisição de veículos”, explica o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.

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Economia

Em meio à crise, presidente da Petrobras descarta aumento de preços dos combustíveis

Na última semana, o presidente Jean Paul Prates confirmou que as etapas para conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas no fim deste ano.

18/04/2024 17h23

Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates Thomaz Silva/ Agência Brasil

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Durante um evento no Rio de Janeiro, com foco em "O Fortalecimento da Indústria Naval Nacional e o Setor Energético Offshore", o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, descartou um aumento nos preços dos combustíveis no Brasil a curto prazo.

"Estamos avaliando as condições de mercado. Não há razão nenhuma para aumento agora. Não está sendo avaliado (aumento para as próximas semanas). Estamos monitorando o cenário internacional. Por enquanto não há nada que faça mover. E o preço do petróleo indica isso", relatou ao jornal O Globo, na manhã de hoje (18).

Conforme divulgado pelo Correio do Estado, no início desta semana, a Petrobras anunciou que as etapas para a conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas até o final deste ano. A estatal informou que o processo licitatório para o reinício das obras será aberto em dezembro de 2024.

A expectativa inicial é que a unidade comece a operar até o fim de 2023.

Na semana passada, o governador Eduardo Riedel (PSDB) pediu ao presidente Lula que "olhasse com carinho" para a fábrica, que está com as obras paradas desde 2014. O pedido foi feito durante visita do presidente a Campo Grande.

Nesta segunda-feira (15), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou as falas do presidente, em entrevista à CNN, que as obras serão retomadas em breve.  
   

A UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - ReproduçãoA UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - Reprodução

Investimentos

De acordo com o presidente da Petrobras, rebateu um dossiê feito na semana passada, contra a permanência dele no comando da estatal e que apontava que Prates resistia em concluir a UFN3, que precisa de investimento de R$ 5 bilhões.

Durante a conversa, Jean Paul afirmou que sempre defendeu a importância da inclusão do projeto da fábrica no Planejamento Estratégico da Petrobras, o que foi feito em novembro do ano passado, após demonstração técnica de viabilidade financeira e decisão da estatal de voltar ao setor de fertilizantes.

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, reafirmou que o dossiê sobre a não retomada da UFN3 não correspondia à realidade

"Estamos acompanhando o assunto junto com a ministra Simone Tebet e temos inclusive a previsão que a licitação ocorra no final de ano", disse.

Quando concluída, a UFN3 deve reduzir em 15% a dependência brasileira dos nitrogenados, contribuindo para a autonomia nacional no setor de fertilizantes.

A obra da UNF3 foi paralisada no fim de 2014, com 81% da construção realizada.

A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.
 

Valor do petróleo 

Na tarde desta quinta-feira (18), o preço do petróleo Brent, usado como referência internacional, está em queda de 0,22%, a US$ 87,10. Na semana passada, chegou a passar os US$90. Segundo dados da Abicom, que reúne os importadores, o preço da gasolina cobrado pela estatal está 20% menor em relação ao cenário internacional. No caso do diesel, a diferença hoje é de 10%

Declarações 

Conforme informações do governo brasileiro, os preços feitos pela  Petrobras ocorreram em outubro do ano passado, quando a estatal reduziu o valor da gasolina nas refinarias, quando passou de R$2,93 para R$2,81. No caso do diesel, a queda foi em dezembro (caindo de R$3,78 para R$3,48).

Durante o evento nesta quinta-feira, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o impacto do conflito no Oriente Médio não deve intervir sobre os valores dos combustíveis no Brasil.

As declarações de Prates ocorrem em momento de crise na estatal, que se estendeu  ao Conselho de Administração da estatal, após falas de Silveira. 

A crise chegou até o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), com sede em São Paulo, que derrubou a decisão em primeira instância e reconduziu à presidência do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Mendes, um dos representantes da União no colegiado. Ele foi afastado na última semana. Logo em seguida, a Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu.

Questionado como estava no clima dentro da Petrobrás, Prates disse estar tranquilo.

"Eu estou tranquilo. O presidente Lula está na Colômbia. Eu não fui a Brasília para isso. Temos agendas em Brasília constantemente. Por exemplo, eu passei o dia inteiro no TCU (Tribunal de Contas da União). Fui ver as lideranças no Senado. São meus amigos afirmou Prates".

 

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Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

Divulgação

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A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

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