Economia

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Comércio tem adesão maciça da lei antifumo

Comércio tem adesão maciça da lei antifumo

Redação

08/08/2010 - 09h18
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Rio de Janeiro

Pesquisa feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV) de intenção de gastos com presentes para o Dia dos Pais prevê que os itens campeões de vendas serão os artigos de vestuário e acessórios. A FGV constatou que a proporção dos que pretendem comprar roupas e acessórios será de 60,7%.
No ano passado, essa proporção era de 48,8%. Já o interesse pelos eletroeletrônicos e eletrodomésticos caiu de 22,2% para 9,1%. A edição da Sondagem de Expectativas do Consumidor para o Dia dos Pais, na sexta-feira, mostrou, ainda, que a população está disposta a gastar mais para presentear os pais.
A proporção de consumidores que pensam em gastar mais neste ano passou de 8,8%, registrados em 2009, para 9,9%. A pesquisa constatou uma diminuição do número de pessoas que querem gastar menos com o presente do pai para o próximo domingo. O percentual no ano passado foi de 19,9% e, agora, é de 17,4%.
Segundo a economista da FGV, Viviane Bittencourt, a situação financeira das pessoas, a situação econômica do País e o mercado de trabalho favoreceram a volta do consumidor às compras. “O mercado de trabalho continua se mantendo aquecido. Isso é o principal fator. O consumidor está se considerando mais satisfeito com a situação atual do que acontecia no ano passado, quando ele ainda estava muito cauteloso com relação à saída da crise. Então isso demorou muito tempo para voltar a retomar suas compras”, disse.
Outra conclusão da pesquisa, segundo Viviane, é que o ímpeto de comprar presentes para os pais está maior do que nos anos anteriores, inclusive antes da crise, em 2006 e 2007, o que é um ponto favorável para o comércio. “Para todas as faixas de renda, a gente está vendo um ímpeto maior para comprar e em valor também, um pouco superior ao do ano passado”, acrescentou.

Economia

Lula prioriza educação e evita discutir cortes de gastos

'Nem Estados Unidos, nem Venezuela , nem Nicarágua, hoje o assunto é o Enem', diz Lula

03/11/2024 21h00

Conversa com Lula sobre corte de gastos está avançando, diz Haddad

Conversa com Lula sobre corte de gastos está avançando, diz Haddad Agência Brasil

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se recusou a falar sobre a definição das medidas do pacote de corte de gastos, em visitas ao Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), na manhã deste domingo (3).

Questionado sobre o tema, Lula disse que não iria "discutir nenhum assunto que não seja sobre educação, nem mais nada", referindo-se a prova do Enem 2024, que terá a primeira parte neste domingo.

"Nem Estados Unidos, nem Venezuela , nem Nicarágua, hoje o assunto é o Enem e o ministro Camilo (da Educação) já prestou as informações a vocês", disse ao ser questionado também sobre a crise da Venezuela por jornalistas.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cancelou viagem à Europa para se dedicar à definição das medidas do pacote de corte de gastos. O embarque estava previsto para à tarde esta segunda-feira (4).

A assessoria do Ministério da Fazenda informou neste domingo que o presidente Lula pediu ao ministro que permaneça em Brasília, dedicado aos temas domésticos.
A decisão ocorreu após estresse do mercado financeiro com a demora do anúncio das medidas de corte de gastos, que elevou as incertezas fiscais sobre a sustentabilidade da dívida pública num cenário de alta dos juros no Brasil.
 

*Informações da Folhapress 

Economia

Haddad cancela viagem, mas mercado permanece volátil

Economistas consideram que permanência do ministro até traz sinal positivo, mas cenário ainda depende de anúncio de ajuste fiscal

03/11/2024 20h00

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad Foto: Divulgação / Agência Brasil

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O cancelamento da viagem do ministro Fernando Haddad (Fazenda) à Europa não deve ser suficiente para acalmar sozinho o mercado financeiro e provocar uma grande queda do dólar nos próximos dias, dizem economistas consultados pela Folha.

Segundo eles, a permanência de Haddad no país até traz uma sinalização positiva para o andamento do pacote de ajuste fiscal, mas a melhora do humor do mercado ainda depende do anúncio de medidas concretas que possam promover a redução de gastos.
Parte dos analistas ainda vê resistência no entorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em levar adiante essa agenda.

Os economistas também afirmam que a desvalorização do real ante o dólar está atrelada em grande parte a incertezas das eleições presidenciais nos Estados Unidos, algo fora da alçada do governo brasileiro.

Na sexta (1º), a moeda americana disparou a R$ 5,869, o maior patamar desde maio de 2020, período marcado pela pandemia de Covid-19.
"Depois de quase dois anos de uma situação fiscal muito mal-encaminhada, é difícil imaginar que o mercado vai se acalmar porque o presidente [Lula] pediu para o ministro [Haddad] ficar aqui", diz Sergio Vale, economista-chefe da consultoria MB Associados.

"Acalmar o mercado é algo que vai acontecer se vierem medidas realmente importantes do ponto de vista fiscal", acrescenta.

Haddad iria para a Europa nesta segunda (4) e retornaria ao Brasil no sábado (9). Porém, com o cancelamento da viagem, a expectativa é de que o ministro se dedique a medidas do pacote de corte de gastos.
A assessoria do Ministério da Fazenda informou neste domingo (3) que Lula pediu para o ministro permanecer em Brasília.

"Havia uma certa clareza de que o Palácio do Planalto tinha uma resistência muito grande em fazer alguma coisa mais consolidada do ponto de vista fiscal", afirma Vale.

"Então, simplesmente o Haddad ficar aqui para continuar as conversas não significa que o presidente vai ceder", completa.

Lula se recusou a falar sobre a definição das medidas do pacote de corte de gastos neste domingo, em visita ao Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).
Questionado sobre o tema, o presidente disse que não iria discutir nenhum assunto que não fosse sobre educação, referindo-se à prova do Enem 2024, que tem a primeira parte neste domingo.

Alex Agostini, economista-chefe da agência classificadora de risco Austin Rating, considera que a permanência do ministro não é suficiente para afastar toda a preocupação do mercado financeiro, porque o foco neste momento é a incerteza com as eleições nos Estados Unidos.
"Só demonstra que de fato é uma preocupação que o governo começa a ter com maior foco, coisa que aparentemente não tinha, até porque o Lula sempre ficava ali desdenhando do controle fiscal. Era meio que uma seara em que o ministro Haddad estava tentando brigar quase sozinho", diz Agostini.

"Parece que caiu a ficha no governo federal de que, de fato, a gente vai sofrer muito se tiver essa desvalorização contínua [do real]. Agora é esperar para ver quais são as medidas", acrescenta.

A economista Juliana Inhasz, professora do Insper, também ressalta que a pressão na taxa de câmbio está associada em parte a questões fora do alcance do governo brasileiro, como as eleições americanas.

"Ainda que o mercado entenda que pode ficar mais calmo com essa tentativa dele [Haddad] de mostrar, de sinalizar, que está à frente dessa gestão, existem outros fatores que vão pressionar", diz a professora.

"Nesse aspecto, vai ser imprescindível o auxílio do Banco Central para conseguir segurar o dólar", acrescenta.

Pesquisas de intenção de voto indicavam empate técnico entre Donald Trump e Kamala Harris na corrida eleitoral dos Estados Unidos. No mercado de apostas, porém, as chances de um retorno do republicano à Casa Branca marcavam 66%, segundo a plataforma Polymarket.

As promessas econômicas de Trump incluem aumento tarifário sobre importações, especialmente chinesas, e um possível corte de impostos --medidas que são vistas como inflacionárias e que podem influenciar o Fed (Federal Reserve) a manter juros elevados por mais tempo, o que fortaleceria o dólar.

O economista Alexandre Espirito Santo, da Way Investimentos, avalia que a permanência de Haddad no Brasil pode ser positiva porque os mercados estavam "muito tensos" com a possibilidade de o pacote fiscal ser adiado em razão da viagem.

"Pelo menos tem uma expectativa de que possa vir alguma coisa essa semana. Mas também não adianta [a permanência] se não vier nada, aí vai ser uma decepção ainda maior", pondera Espirito Santo, que também é coordenador de Economia e Finanças na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).
 

*Informações da Folhapress 

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