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COVID-19

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Comércio teme redução do consumo por causa de vírus

Confirmação de casos nas divisas do Estado causa apreensão

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O número crescente de casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) tem mexido com o mercado financeiro de todo o mundo. Além da indústria e dos agronegócios, o comércio varejista também teme ser afetado com a redução no consumo. Mesmo sem nenhum caso confirmado em Mato Grosso do Sul, com a confirmação em estados vizinhos e no Paraguai, o comércio de MS fica em alerta.

De acordo com a economista do Instituto de Pesquisa da Fecomércio (IPF-MS), Daniela Dias, o cenário começa a ficar caótico. “Isso interfere significativamente nas intenções de consumo e nas expectativas das pessoas. A ideia é que a gente não faça alarde, mas os impactos são bastante significativos. As pessoas começam a ficar com receio de comprar, de participar de grandes aglomerações. Esse receio acaba fazendo com que o consumo se reduza fora do lar”, disse.  

A economista ainda reforça que tudo pode ser alterado, grandes eventos, aglomerações, encontros de trabalho, etc., e que os empresários devem começar a pensar em alternativas para não sentir um grande impacto. “É um cenário bastante complicado, com certeza interfere na intenção de consumo. Quando a gente olha a questão de lojas, aglomeração de pessoas é bastante arriscado. Os empresários podem utilizar as redes sociais e o e-commerce para se adequar a esse cenário”, indica Daniela.

A Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) começou, na semana passada, uma campanha de orientação ao comércio, com base nas diretrizes do Ministério da Saúde. “A divulgação está acontecendo nas redes sociais, por e-mail e nos grupos de WhatsApp da entidade. Neste momento, o que mais tem preocupado o comércio é a dengue, porque a doença afasta muitas pessoas do nosso mercado de trabalho”, informou associação por meio da assessoria.

FRONTEIRA

O varejo da região de fronteira entre Brasil e Paraguai já começa a sentir os efeitos. O país vizinho suspendeu as atividades escolares e eventos públicos e privados por tempo indeterminado para conter o avanço do novo coronavírus. Todas as medidas foram anunciadas após a confirmação do primeiro caso no Paraguai.

Segundo o presidente da Câmara de Indústria, Comércio, Turismo e Serviços de Pedro Juan Caballero, Víctor Hugo Barreto, o comércio na região já vinha sofrendo com a alta do dólar diante do real, e, com a pandemia anunciada, houve uma redução ainda maior na movimentação.  

“Com a alta do dólar em relação ao real, o comércio de Pedro Juan Caballero já havia sido afetado, além de muitas notícias falsas em relação ao coronavírus na fronteira. Graças a Deus, nenhum caso do vírus está registrado na fronteira, e as empresas estão funcionando normalmente. Ajudando os turistas com todas as medidas de segurança que cada comerciante está implementando. Mas já percebemos uma redução tanto na circulação de pessoas quanto nas vendas”, explicou.

No lado sul-mato-grossense, a presidente da Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã (Acepp), Fabrícia Prioste, afirma que o varejo de Ponta Porã está assustado.  

“A princípio, estamos assustados, porém, o comércio está trabalhando normalmente. Quem usa máscara sofre preconceito por onde passa, pois as pessoas não entendem que se trata de uma prevenção”, comentou.

SUPERMERCADOS

Conforme relatado ao Correio do Estado, alguns mercados menores da Capital já ouviram clientes dizerem que estão estocando alimentos para uma futura crise no setor. Segundo o presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados (Amas), Edmilson Veratti, ainda não foi percebido o aumento no consumo de alimentos.

“O álcool em gel nas indústrias já não tem mais para entregar, está em falta, alguns mercados apenas ainda têm em estoque. Alimentos não teve, e não acreditamos que terá esta corrida para se abastecer”, disse Veratti.

Já a economista Daniela Dias acredita que o aumento no consumo de alimentos pode ocorrer, dependendo do desenrolar de casos de coronavírus em Mato Grosso do Sul.  

“A gente pode ter aumento da demanda em supermercados de produtos essenciais, como alimentação e bebidas. Pode ser que a gente tenha produtos que comecem a faltar, os importados de outros estados, por exemplo. Precisamos ficar olhando para esse cenário, a questão dos preços, porque, quando a gente tem produtos em falta, os preços ficam elevados. Como os empresários do setor podem tentar driblar isso? Buscando produtos alternativos, que possam suprir os que venham a faltar”, considerou. 

NOTIFICADOS

Em Mato Grosso do Sul, não houve nenhum caso do novo coronavírus diagnosticado. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), até a tarde desta quinta-feira (12), dez casos eram investigados em MS.

IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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