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Como a menor taxa básica de juros da história pode interferir na sua vida

Copom decidiu baixar Selic e Correio ouviu economistas para explicar o que isso afeta

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A menor taxa básica de juros da história deve ajudar o Governo Federal a controlar a inflação e pode trazer alguns impactos positivos, especialmente para quem utiliza ou está em busca de créditos no mercado. A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) durou dois dias e o veredito foi divulgado ontem no fim da tarde: a Selic fechou em 2%.

O Correio do Estado ouviu economistas para fazer um resumo detalhado dos porquês da decisão e como ela mexe em algumas transações específicas.

COMO FUNCIONA?

A Selic é referência para todas as outras taxas de juros operadas por bancos e instituições financeiras, como no caso de financiamentos imobiliários, de veículos, empréstimos comuns e consignados e cartão de crédito.

“Quanto mais baixa ela é, maior a possibilidade das outras taxas sofrerem redução, lembrando que a Selic não é o único critério levado em consideração, é apenas um dos elementos. Há questões econômicas e voltadas ao histórico do cliente, como renda e garantia”, explica a economista Daniela Dias.

Já Fábio Ferreira Júnior acrescenta que a taxa básica serve para regular a inflação e estimular o crescimento da economia. 

“O Copom tem margem para baixar mais e chegar no patamar histórico. Como a crise ela permanece, em virtude do Coronavírus, o consumo ainda vai continuar um pouco restrito em algumas áreas, especialmente no serviço, e isso tende a manter a previsão inflacionária baixa”, diz o economista.

REFLEXOS

Uma das principais vantagens dessa baixa na taxa básica é a oportunidade que os bancos e instituições financeiras terão de tornar mais atrativos os empréstimos especialmente às empresas que necessitam de dinheiro para desafogar o caixa e equilibrar as receitas.

“A ideia é boa, mas eu faço uma ressalva: a execução também tem que ser boa. Precisamos que esse crédito seja acessível e as ofertas sejam suficientes para suprir todas as necessidades”, completa Daniela Dias.

INVESTIMENTOS

Fábio Ferreira Junior afirma que como a Selic regula boa parte dos investimentos públicos em renda fixa, quem tem dinheiro aplicado nesses papéis ou está pensando em investir nesses ativos vai optar pelo setor privado, já que com juros menores eles passam a gerar menos retorno. “Colocando dinheiro no mercado privado, tendemos a estimular a economia”, diz.

Contudo, na opinião dele, a redução de ontem não deverá ter um impacto significativo em virtude da própria crise

“A Covid está gerando restrição de consumo em alguns setores e isso deixa o empresariado com receio, num cenário de incertezas para investimento. Isso gera, nas instituições financeiras, um receio de conceder créditos. As análises estão mais rigorosas em razão desse cenário. De maneira geral é benéfica, porque aquece a economia, mas em um cenário desses, com essas adversidades, não deve ter tantos efeitos”, conclui.

Porém, o economista ressalta que podemos ver melhoras a longo prazo, se a taxa continuar nesse patamar por mais tempo, o que deve tender a manter a inflação sob controle até lá. Enquanto isso, resta torcer para que pelo menos o crédito chegue na ponta e seja capaz de resgatar empresas que necessitam pagar funcionários, quitar contas, aluguéis e permanecer com as portas abertas até a doença não exigir mais medidas tão restritivas de isolamento.

IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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