Após um salto de mais de 20% na geração de empregos em 2008, Três Lagoas terminou 2009 com saldo negativo em 0,47% – estoque negativo em 103 vagas. Conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, o setor de construção civil local jogou areia nos índices e teve queda de 58% nas contratações no último ano, demitindo cerca de 1.200 pessoas. O secretário de Planejamento e Finanças da cidade, Walmir Marques Arantes, afirma que a análise do Caged não representa a realidade de Três Lagoas. Segundo ele, não houve redução na oferta de empregos. “O que aconteceu na verdade é que em 2008 houve uma grande demanda de contratações temporárias na área da construção civil por causa das obras de construção das fábricas da International Paper e Votorantim Celulose e Papel, hoje Fibria, com mais de sete mil empregos temporários. Com a conclusão das obras, esses profissionais foram embora”, disse. Conforme o secretário, na realidade, houve um aumento de empregos permanentes, principalmente na área de comércio, prestação de serviços e até mesmo nas fábricas, que contrataram mais de 1.500 novos profissionais. O e c onom i s t a d i s s e ainda que, se for feita uma avaliação no crescimento da cidade, nos índices de exportação, é incoerente dizer que houve redução. “O pior é que o Caged considera os temporários para avaliar emprego e desemprego, mas o IBGE não usa o mesmo critério e o crescimento da cidade não leva em conta os empregados temporários, mesmo que isso dure dois a três anos”, disse. Em 2008, tivemos mais de 13 mil novos trabalhadores na cidade e agora em 2010 esse número tende a se repetir com a chegada dos operários da construção civil, que vão trabalhar nas obras da siderúrgica e da nova fábrica de celulose e novamente vamos registrar um “boom” de empregos. Outras cidades Campo Grande seguiu as características do Estado e cresceu 3,2% na geração de empregos, apresentando saldo positivo de 5 mil vagas. A indústria criou 2.084 novos postos, 12,8% a mais que em 2008. Já a geração de empregos em Dourados cresceu 8,2%, com saldo positivo de mais de 2 mil vagas. A contratação no setor de serviços teve alta de 13%, enquanto a agropecuária recuou 1% na geração de empregos.