Economia

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL

Consumo tem nível recorde em 2010

Consumo tem nível recorde em 2010

InfoMoney

23/12/2010 - 20h33
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Se neste ano o consumo das famílias brasileiras atingiu níveis recordes, em 2011 deve voltar a um padrão considerado mais sustentável, por influência das medidas do Banco Central para restringir o crédito. A avaliação é do economista da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), Emílio Alfieri.

O movimento do comércio, medido pelas consultas ao SCPC, conforme estima o economista, deve sair de um crescimento superior a 10% neste ano, com pico de 14% agora em dezembro, devido às compras natalinas, para uma alta entre 6% e 7%, já registrada em anos anteriores. “Este ano de 2010 não vai se repetir, você normalmente fala feliz ano novo, mas hoje vamos ter de falar feliz ano velho”, afirma Alfieri, que, no entanto, acredita ter sido acertada a decisão tomada pelo BC. “[O consumo] vai desacelerar, mas neste ritmo que está hoje não se sustenta, o governo vai ter de tirar o pé do acelerador para arrumar a economia. Hoje, a inflação está acima do centro da meta, então ou sobe os juros ou diminui o crédito e, para o governo, é melhor segurar o crédito via compulsório”, explica.

O compulsório a que o economista se refere é uma parte do dinheiro recebida pelos bancos dos seus clientes que deve ser depositada em uma conta do Banco Central. No início de dezembro, a autoridade monetária aumentou os depósitos a serem feitos pelas instituições, de 15% para 20%, no caso dos depósitos a prazo, e de 8% para 12%, nos depósitos à vista e a prazo. Com isso, um montante de R$ 61 bilhões a mais passará a ser recolhido pelos bancos ao BC, o que vai diminuir o dinheiro disponível para empréstimos.

De olho na inflação

Compartilhando da opinião do economista da ACSP, o presidente do Provar (Programa de Administração de Varejo), professor Cláudio Felisoni, crê que essas medidas devem até afetar a capacidade de consumo do brasileiro, por diminuir a oferta de crédito, mas podem se mostrar importantes no médio prazo, justamente por tentar preservar o poder de compra. “É de se esperar que haja uma contenção da inflação, com a adoção dessas medidas, o que para o consumo é bom no médio prazo, porque a inflação é um imposto que retira renda, e é regressivo, porque retira renda de quem ganha menos, corrói exatamente o poder de compra das classes mais baixas”.

Como as medidas tomadas pelo BC podem afetar as compras parceladas, já a partir dos primeiros meses do próximo ano, Alfieri considera que o comércio vai buscar alternativas para atrair o consumidor. “A estratégia vai ser ver quanto desacelera para reavaliar os negócios na tentativa de usar um pouco menos o crédito e um pouco mais a venda à vista, pode ser que (o comerciante) mude um pouco o mix de produtos, indo um pouco mais pra vestuário, calçado e pequenos valores”, afirma, acrescentando que os varejistas podem também tentar segurar os preços, além de realizar promoções e liquidações.

2010: melhor da década para o consumo

As previsões para 2011 podem não ser tão positivas para o consumo, mas o ano de 2010 termina como o melhor da década, afirmação do economista da ACSP corroborada por recente pesquisa de intenção de consumo das famílias da CNC (Confederação Nacional do Comércio). O indicador, que já vinha crescendo desde maio, atingiu neste mês o terceiro recorde seguido, para 143,4 pontos, e variou quase 6% nos últimos 12 meses.

Além das boas condições do crédito que, conforme já mencionado, deve sofrer uma reversão, o consumo teve como principais motores a expansão da renda da população e a geração de empregos. “O brasileiro se sentiu seguro no emprego para assumir uma dívida que compromete uma parte, cerca de 25% do salário, e entrar nas prestações, alavancando bem as vendas, principalmente as vendas a prazo”, afirma Emílio Alfieri.

Para o presidente do Provar, um outro fator, novamente relacionado ao crédito, levou os brasileiros às compras. “Temos uma taxa de juros de 40% ao ano, o que dá uma taxa de 3% ao mês, que embora não seja baixa, é a mais baixa da série histórica de juros ao consumidor final”, diz.

Classes emergentes

E essa combinação de salário em alta e crédito farto beneficiou mais a chamada nova classe média, que vem se destacando nos últimos anos no mercado consumidor. “O IBGE dá conta de que, de 2004 a 2009, tivemos a emergência de 30 milhões de pessoas, que saíram das classes D e E e alçaram à classe C, e a explosão do consumo se deve muito a esse efeito distributivo”, afirma Claudio Felisoni.

“Melhorou bem a distribuição do consumo, que era muito concentrado nas classes AB, então, a classe C entrou e com o mesmo nível de consumo das classes AB, e é por aí que a economia vai crescer”, concorda o economista da ACSP, chamando a atenção para o principal efeito que essas mudanças na pirâmide social provocam: “Estamos indo para uma sociedade de consumo de massa, com escalas grandes de atendimento, principalmente na área de supermercado, hipermercado, onde você vê de tudo, desde um saquinho de arroz, feijão, até uma TV de LED”, afirma.

Ainda de acordo com Alfieri, diferentemente das classes AB que, embora mais abonadas, têm outros tipos de preocupação, como a aposentadoria ou o pagamento do plano de saúde, por exemplo, a emergente classe C caracteriza-se por mais ser mais jovem e carente, e daí ter a necessidade de consumir mais.

De fato, conforme mostra levantamento do instituto Data Popular, a classe C, sozinha, responde hoje por mais de 41% do consumo total de bens e serviços nas cidades, quase atingindo o índice de participação das classes A e B, juntas, de 42,9%. Além disso, entre 2002 e 2010, o nível de consumo da classe emergente cresceu mais de sete vezes, ante o crescimento de três vezes da alta renda.

No entanto, para o economista da ACSP, esse movimento de inclusão social vem ocorrendo desde a década de 90. “O Fernando Henrique Cardoso já tinha recuperado muita gente da pobreza dando crédito, são 16 anos de duas políticas iguais”, diz o economista da ACSP, fazendo uma comparação com o seu sucessor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar de ser o mais beneficiado pelas boas condições de crédito, o consumidor da classe C não deve o mais afetado pelas restrições adotadas pelo BC. “A retração vai afetar mais as classes D e E, porque o salário, por mais baixo que seja, dá para comprar uma cesta básica, por exemplo, e o resto, é usado no consumo e via crédito, porque essas classes são mais carentes ainda do que a classe C”, observa Alfieri.

Mesmo que não seja a mais prejudicada, diz o economista, a nova classe média é a que mais vem consumindo sem planejamento, comprometendo-se com dívidas que podem ser difíceis de quitar no futuro. “Tem uma faixa intermediária, que ganha de R$ 1,5 mil até R$ 2,5 mil, em que o principal fator de inadimplência é o descontrole do gasto (nas demais faixas de renda, é o desemprego). É o consumidor que tem dois, três carnês, dois, três cartões, e agora está com dificuldade para pagar”, completa ele.

Produtos

Quanto às categorias de produtos, independentemente de faixa de renda, este ano foi marcado pelo consumo de bens duráveis, também beneficiado pelas compras financiadas e em prazos mais longos. “Os itens mais priorizados foram automóveis, que, de acordo com o IBGE, tiveram expansão de 16% nas vendas, o que é muito significativo, e os produtos com tecnologia, particularmente, computadores, impressoras e câmeras digitais”, explica o presidente do Provar.

A estes produtos, o economista da ACSP acrescenta os da linha branca, como televisores e aparelhos de som e vídeo, cujas vendas permaneceram em alta até julho, primeiro por causa das desonerações de impostos e, depois, com a retirada dos incentivos fiscais, por causa da Copa do Mundo.

Alfieri menciona ainda que outro fato marcante para o consumo neste ano foi o fator cambial, já que, com a valorização do real frente ao dólar, os importados baixaram de preço, ficando mais acessíveis aos brasileiros.
 

LOTERIA

Resultado da Timemania de ontem, concurso 2194, quinta-feira (16/01): veja o rateio

A Timemania realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sextas, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

17/01/2025 08h20

Confira o resultado da Timemania

Confira o resultado da Timemania Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 2194 da Timemania na tarde desta quinta-feira, 16 de janeiro de 2025. A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 500 mil. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou para R$ 800 mil.

  • 7 acertos - Não houve ganhadores;
  • 6 acertos - 1 aposta ganhadora (R$ 47.895,72 cada);
  • 5 acertos - 34 apostas ganhadoras (R$ 2.012,42 cada);
  • 4 acertos - 727 apostas ganhadoras (R$ 10,50 cada);
  • 3 acertos - 7.088 apostas ganhadoras (R$ 3,50 cada);
  • Portuguesa/RJ - 1.447 apostas ganhadoras (R$ 8,50);

Confira o resultado da Timemania de ontem!

Os números da Timemania 2194 são:

  • 47 - 75 - 51 - 37 - 68 - 27 - 44

  • Time do coração: Portuguesa / RJ

O sorteio da Timemania é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Timemania 2195

Como a Timemania tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sábado, 18 de janeiro, a partir das 20 horas, pelo concurso 2195. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Timemania é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 10 dente as 80 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar de três a sete números, ou o time do coração;

Como jogar a Timemania

A Timemania é a loteria para os apaixonados por futebol. Além de o seu palpite valer uma bolada, você ainda ajuda o seu time do coração.

Você escolhe dez números entre os oitenta disponíveis e um Time do Coração. São sorteados sete números e um Time do Coração por concurso. Se você tiver de três a sete acertos, ou acertar o time do coração, ganha.

Você pode deixar, ainda, que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9, ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 10 dezenas, a probabilidade de acertar sete números ganhar o prêmio milionário é de 1 em 26.472.637, segundo a Caixa.

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LOTERIA

Resultado da Quina de ontem, concurso 6633, quinta-feira (16/01): veja o rateio

A Quina realiza seis sorteios semanais, de segunda-feira a sábado, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

17/01/2025 08h15

Confira o resultado da Quina

Confira o resultado da Quina Foto: Arquivo

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 6633 da Quina na noite desta quinta-feira, 16 de janeiro de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 6 milhões. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou para R$ 7,8 milhões.

  • 5 acertos - Não houve ganhadores;
  • 4 acertos - 53 apostas ganhadoras (R$ 8.808,18 cada);
  • 3 acertos - 3.759 apostas ganhadoras (R$ 118,27 cada);
  • 2 acertos - 99.607 apostas ganhadoras (R$ 4,46 cada);

Confira o resultado da Quina de ontem!

Os números da Quina 6633 são:

  • 41 - 77 - 75 - 25 - 59 

O sorteio da Quina é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Quina 6634

Como a Quina seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sexta-feira, 17 de janeiro, a partir das 20 horas, pelo concurso 6634. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Quina é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 5 dentre as 80 dezenas disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 2, 3, 4 ou 5 números.

Como apostar na Quina

A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, às 19h (horário de MS).

O apostador deve marcar de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis no volante e torcer. Caso prefira o sistema pode escolher os números para você através da Surpresinha ou ainda pode concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos com a Teimosinha.

Ganham prêmios os acertadores de 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

O preço da aposta com 5 números é de R$ 2,50.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas cinco dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,50 a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda segundo a Caixa.

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