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Conta de luz ficará até 8,9% mais cara em Mato Grosso do Sul, decide Aneel

O aumento será de 7,28% para residências e de 10,69% para empresas de 74 cidades do Estado

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Após adiar duas vezes, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aumentou em média 8,9% a conta de luz de 1,022 milhão de consumidores atendidos pela Energisa-MS em 74 municípios do Estado. O reajuste será de 7,28% para residências e de 10,69% para empresas. 

As novas tarifas começam valer a partir de hoje. 

Para evitar um reajuste maior, a área técnica da autarquia usou administrativamente saldo financeiro de oito itens que  compõem as tarifas de energia elétrica. 

A expectativa era de que o aumento da Energisa-MS ficasse em 14,46%. No Brasil, este ano, o aumento médio seria de 18,2%, de acordo com a própria Agência.

Esta definição  do índice de aumento da Energisa-MS ocorreu 16 dias após a diretoria da autarquia, em 6 de abril, considerar que os índices seriam muito elevados, podendo chegar a 21,2% no país, segundo projeções de entidades e consultorias do setor. 

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O percentual seria bem acima da inflação do período, que foi de 5,74%. O  diretor-relator do processo de reajuste,  Efrain Pereira da Cruz, argumentou em seu relatório que “caso a data de vigência das novas tarifas fosse mantida em 8 de abril. 

Isso sem dúvida implicaria relevante prejuízo aos consumidores da EMS”.

A proposta então foi tentar reduzir o percentual para que o aumento ficasse “na casa de um dígito”, como enfatizou o diretor-geral da Agência, André Pepitone, reforçando que estavam sendo tomadas ações administrativas para isso.  

Porém, a Aneel não conseguiu atingir a meta de manter o reajuste da conta de luz em patamar inferior a 10% para as empresas de Mato Grosso do Sul, conforme deliberação da manhã de hoje. 

As empresas vão pagar 10,69% a mais nas contas de luz e os consumidores residenciais 7,28%, com aumento médio de 8,9%.

Os custos com encargos setoriais influenciaram em 5,36% no aumento, as despesas com transporte 2,86%, compra de energia 3,28% e com distribuição 11,35%. 

Os componentes financeiros contribuíram para reduzir em 8,08% e retirada de anteriores 5,86%, resultando na tarifa aprovada.

Contribuiram para a redução do aumento o uso de saldo de oito itens  financeiros que entram nas composições das tarifas das empresas de distribuição, entre elas a Energisa-MS.  

Na avaliação da área técnica da Aneel, R$ 29,57 bilhões teriam que ser cobrados dos consumidores em todo o Brasil este ano. 

Deste valor, a autarquia conseguiu retirar R$ 18,83 bilhões, fazendo com que no cálculo das novas tarifas entrassem a diferença, que ficou em R$ 10,47 bilhões.

Um deles fatores foi a utilização dos recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). 

No início do mês a Aneel aprovou a destinação para a CDE de R$ 2,23 bilhões não utilizados de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e Eficiência Energética (EE), geridos pela Aneel.

 

Outro ponto foi a decisão de hoje cedo da diretoria, que evitou o repasse de outros valores para a conta dos consumidores. 

A Aneel  avaliou processos que pediam a revisão periódica da Receita Anual Permitida (RAP) das empresas transmissoras de enegia elétrica, decidindo que este ponto não afetaria as contas dos consumidores. 

Também contribuiram para redução do aumento o uso de saldo da Conta Covid e recursos excedentes referentes a sobra operacional da Itaipu ao longo deste ano, entre outros itens.

Pepitone enfatizou que foram ações tomadas de forma administrativa com amplo acordo que privilegiaram  o equilíbrio.

O aumento médio esperado pela própria Aneel para o Brasil esse ano era de 18,83%, de acordo com a área técnica da autarquia. 

Já estimativas de  especialistas eram de que o aumento chegasse a 21,2%, conforme cálculos divulgados pelo Concen-MS (Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa-MS) e pela empresa de tecnologia TR Solucoes.

Inflação

Outro ponto que poderá ser considerado nos próximos reajustes é a substituição do Índice Geral do Preço ao Consumidor (IGPM)  pelo  Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPC-M) como indexador. 

É que a variação do IGPM nos últimos 12 meses ficou em 31,1%, enquanto o IPC-M em 5,74%.

A presidente do Concen-MS, Rosimeire Costa, questionou o uso do IGPM no cálculo da tarifa, avaliando que tornou-se o item que mais influênciou no reajuste da energia fornecida pela Energisa-MS.

IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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