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Custo dos alimentos sobe 2,2%

Custo dos alimentos sobe 2,2%

Diario do grande ABC

04/03/2011 - 07h07
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Os alimentos no mundo estão cada vez menos acessíveis ao consumidor. A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) divulgou ontem que o índice mensal de preços desses produtos subiram 2,2% em fevereiro, frente a janeiro. É a oitava elevação seguida e a maior de toda a série histórica, iniciada há 21 anos.

Os cereais - como trigo, arroz e milho - variaram para cima 3,7% no mês passado, puxando o encarecimento geral. Esse é o maior nível desde julho de 2008. A projeção da FAO é de que os itens escasseiem neste ano, devido à fraca colheita de 2010.

Contudo, no Brasil, o cenário é o oposto, com projeções otimistas para os próximos meses. É o que reforça o técnico do setor de grãos da Bolsa de Cereais de São Paulo, Rui Roberto Russomano, especialista em feijão. Ele destacou que o mercado de insumos como milho, soja e arroz estão firmes.

"O governo tem feito leilões semanais do milho e as expectativas de vendas têm se confirmado". Tanto que o estoque desse grão já oxigena os preços, barateando-os. O feijão, que foi um dos vilões de elevação de custos em 2010, está em queda. Ele diz que a trajetória deve continuar retraindo.

Já o especialista em arroz e diretor financeiro da Bolsa de Cereais, Elias Saad José, revelou que o mercado do arroz está equilibrado. Ele estima superavit de 2 milhões de toneladas na produção do item. O maior produtor do País, o Rio Grande do Sul, deve distribuir sete toneladas - metade da estimativa para o mercado - até dezembro.

Mesmo com tanta oferta, os preços não serão abatidos para o consumidor. O governo deverá fixar valor mínimo do item, a fim de não prejudicar o produtor. "Se não garantisse ficaria bem abaixo de R$ 20 a saca do arroz de casca (não processado). O preço está muito barato, estamos com superprodução", atesta José.

PETRÓLEO - A FAO diz que a volatilidade do petróleo - mudança constante e brusca de preços do material - pode gerar uma crise de alimentos na próxima temporada, que engloba este ano e 2012. Isso devido à crise no Oriente Médio. O motivo seria a preferência de produtores mundiais pelo milho - que produz etanol - em detrimento de outras culturas, retraindo oferta e elevando os custos.

O professor de Economia da USCS (Universidade São Caetano), Francisco Rozsa Funcia, disse que é cedo para apontar os conflitos como causa para uma crise. "Não vejo sustentação muito sólida nessas especulações." Já Russomano frisou que dificilmente haverá crise de alimentos pelo petróleo, como ocorreu em 2008. "O mercado, em especial o nosso, está bem abastecido."

LOTERIA

Resultado da Quina de ontem, concurso 6603, terça-feira (10/12): veja o rateio

A Quina realiza seis sorteios semanais, de segunda-feira a sábado, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

11/12/2024 08h35

Confira o resultado da Quina

Confira o resultado da Quina Foto: Arquivo

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 6503 da Quina na noite desta terça-feira, 10 de dezembro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 3 milhões. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou em R$ 4,5 milhões.

  • 5 acertos - Não houve ganhadores;
  • 4 acertos - 28 apostas ganhadoras (R$ 14.604,31 cada);
  • 3 acertos - 2.720 apostas ganhadoras (R$ 143,17 cada);
  • 2 acertos - 82.054 apostas ganhadoras (R$ 4,74 cada);

Uma aposta de Ladário acertou 4 dos 5 números e foi premiado com R$ 14.604,31.

Confira o resultado da Quina de ontem!

Os números da Quina 6603 são:

  • 68 - 27 - 50 - 69 - 36

O sorteio da Quina é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Quina 6604

Como a Quina seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na quarta-feira, 11 de dezembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 6604. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Quina é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 5 dentre as 80 dezenas disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 2, 3, 4 ou 5 números.

Como apostar na Quina

A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, às 19h (horário de MS).

O apostador deve marcar de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis no volante e torcer. Caso prefira o sistema pode escolher os números para você através da Surpresinha ou ainda pode concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos com a Teimosinha.

Ganham prêmios os acertadores de 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

O preço da aposta com 5 números é de R$ 2,50.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas cinco dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,50 a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda segundo a Caixa.

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IMPACTO AOS CONSUMIDORES

Aumento nos preços dos alimentos pressiona inflação de Campo Grande

IPCA vai a 5,06% no acumulado de 12 meses, acima do teto da meta; carnes, arroz, mandioca e frutas puxam o índice

11/12/2024 08h30

O arroz teve alta de 16,25% na Capital no acumulado de 12 meses

O arroz teve alta de 16,25% na Capital no acumulado de 12 meses Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A estiagem em grande parte do ano e a falta de ofertas de animais e alguns produtos de hortifrúti já afetam os preços dos principais alimentos consumidos pelos brasileiros. A alta de preços de carnes, arroz, batata, mandioca, frutas e hortaliças já resulta em inflação acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central (BC) para este ano, de 4,5%.

Conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do País, no mês passado, Campo Grande registrou alta de 0,63%, a segunda maior inflação do Brasil para novembro.

No acumulado do ano, o IPCA tem alta de 4,61% e, nos últimos 12 meses, de 5,06%. A inflação do País foi de 0,39% em novembro, no ano acumula alta de 4,29% e nos últimos 12 meses, alta de 4,87%.

Os principais “vilões” da inflação são os alimentos que fazem parte da alimentação básica da população. Conforme adiantou o Correio do Estado na semana passada, as carnes têm tido o maior impacto na hora de fazer as compras. A carne de porco acumula alta de 15,38% no ano e de 15,57% em 12 meses. 

Ainda de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cortes bovinos como a alcatra subiram 23,96% até novembro e 24,77% em 12 meses. A costela, tradicional corte do churrasco, acumula alta de 29,82% neste ano e de 27,06% no intervalo de 12 meses.

Economista do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG), Staney Barbosa Melo aponta que há uma redução da oferta de animais. 

“No caso da carne bovina, por se tratar de uma produção de ciclo alongado, os estoques de animais oriundos da retenção de fêmeas entre os anos de 2020 e 2022 foram suficientes para impedir uma elevação agressiva nos preços da carne bovina em 2023 e 2024. Ainda que os problemas de clima tenham também afetado o elo pecuário, o impacto ainda é razoável, como pode ser observado ao longo dos 12 meses considerados”, ressalta o economista.

De acordo com o economista Eduardo Matos, a crise climática impactou a produção de alimentos como um todo. “A produção agrícola cai por falta de chuva, então, nesses itens, em razão de uma produção menor e da demanda estável, o aumento ocorre no processo”.

“A alta dos [itens] alimentícios foi influenciada, principalmente, pelas carnes, que subiram mais de 8% em novembro. A menor oferta de animais para abate e o maior volume de exportações reduziram a oferta do produto”, ressalta o gerente de IPCA e INPC, André Almeida.

Matos destaca ainda que a carne foi um dos produtos que apresentou maior alta.

“O item subiu progressivamente nos últimos meses, muito em função da diminuição dos abates nos frigoríficos, então, há uma oferta menor no mercado interno e, por isso, aumento do nível de preço”, aponta.

PREÇOS

Conforme levantamento realizado pelo Correio do Estado na semana passada, os preços da carne bovina tiveram uma queda expressiva em 2023 e voltaram a subir neste ano. A reportagem aferiu preços em supermercados, casas de carnes e açougues de Campo Grande.

O corte com o quilo mais barato foi o da costela, que varia entre R$ 22,89 e R$ 26,98, resultando em uma média de R$ 24,94 por quilo. Quando comparado ao preço médio encontrado em setembro do ano passado, o aumento identificado é de 15,20%.

O contrafilé, por exemplo, subiu de R$ 34,30, em setembro de 2023, para R$ 49,38, neste mês, ou seja, um salto de 43,97% no período considerado. Conforme a pesquisa da reportagem, nesta semana, o quilo do corte variou entre R$ 46,99 e R$ 53,98.

Já o coxão mole saiu de R$ 30,64 para R$ 46,56 no intervalo interanual, registrando uma alta de 51,99%. Quando considerados os valores aferidos nesta semana, o valor mínimo foi de R$ 39,98 e o máximo, de R$ 53,98.

Levantamento realizado ontem pela reportagem nos supermercados de Campo Grande aponta que o pacote de arroz com 5 quilos da marca Camil varia entre R$ 31,75 e R$ 34,99 – média de R$ 33,05.

O quilo do tomate salada varia entre o mínimo de R$ 5,98 e o máximo de R$ 6,39. O quilo da laranja-pera vai de R$ 7,98 a R$ 10,96 em Campo Grande. Já o quilo da banana-maçã varia de R$ 12,98 a R$ 19,99.

A batata-inglesa tem o quilo comercializado entre o mínimo de R$ 6,98 e o máximo de R$ 9,99. E a cebola apresentou variação entre R$ 3,98 e R$ 7,99 nesta terça-feira.

INFLAÇÃO MENSAL

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE em Campo Grande, seis tiveram alta em novembro. A maior variação é do grupo alimentação e bebidas (2,63%), e a segunda maior, do grupo despesas pessoais (0,96%).

Por sua vez, habitação registrou queda de 0,79%, após subir 0,81% em outubro. Outros segmentos que variavam foram: comunicação (-0,26%); educação (-0,02%), saúde e cuidados pessoais (0,04%), vestuário (0,06% ) e transportes (0,36%).

A aumento no grupo alimentação no domicílio passou de 3,06%, em outubro, para 3,14%, em novembro. Foram observados aumentos nos preços das carnes (11,02%), com destaque para os seguintes cortes: paleta (10,64%), acém (11,54%), lagarto comum (11,70%) e costela (15,83%).

Altas também foram observadas nas hortaliças e verduras (7,23%), com destaque para alface (9,57%), mandioca (6,04%) e tomate (5,34%). O óleo de soja apresentou alta de 7,99%. Já no lado das quedas, destacam-se a banana-nanica (-15,08%) e a cebola (-6,22%).

A alimentação fora do domicílio (1,07%) apresentou alta em novembro. Os subitens outras bebidas alcoólicas (1,76%), refeição (1,42%) e cerveja (0,76%) foram os destaques entre os aumentos. Não houve quedas neste subgrupo.

O grupo transportes teve aumento (0,36%), com impacto de 0,08 ponto porcentual (p.p.) no índice. A maior variação veio do subitem passagem aérea (15,34%) e o maior impacto veio do automóvel novo (2,77% de aumento e 0,08 p.p. de impacto).

O preço do etanol e da gasolina aumentaram em 0,27% e 0,06%, respectivamente, porém, o primeiro tem acúmulo de aumento de 16,59% no ano e o segundo, de 8,88%. O subitem seguro voluntário de veículo teve a maior queda (-7,13%), seguido de transporte por aplicativo (-4,24%).

Em Campo Grande, o grupo habitação (-0,78%) teve o resultado impactado pelo subitem energia elétrica residencial (-3,20%), que teve queda com a vigência da bandeira tarifária amarela a partir de 1º de novembro, que acrescentou valores menores que a bandeira anterior.

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