Economia

AUMENTO DA GASOLINA

A+ A-

Donos de postos apontam abuso em fiscalização do Procon

Sinpetro defende o livre comércio e cobra inspeção nas distribuidoras

Continue lendo...

Nos primeiros dias em que a mudança nas alíquotas do etanol e da gasolina passaram a valer, a Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon-MS) passou a fiscalizar e autuar postos de combustíveis. Para o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS) a fiscalização do Procon tem sido arbitraria.

De acordo com o diretor do Sinpetro-MS, Edson Lazarotto, na quarta-feira (12) quando passaram a valer as novas cobranças do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a superintendência autuou aqueles que mudaram o valor do combustível. “No dia anterior os postos ficaram com filas quilométricas e acabou o combustível. No dia seguinte chegou nova carga e naquele momento chegou o Procon, de forma até grosseira foram intimidando o dono do posto para voltar imediatamente ao preço anterior. Alegando que o local estaria cometendo irregularidades e poderia sofrer sanções notificando o posto. Por que não fiscalizaram as distribuidoras? Quem tem o estoque? É a distribuidora e não os postos”, questionou Lazarotto, durante reunião realizada na Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), nesta quinta-feira (13).

O diretor do sindicato ainda disse que mesmo com o aumento da alíquota os postos não chegaram ao valor da pauta fiscal do Estado, que é a média pela qual o Estado se baseia para cobrar os impostos. “O Sinpetro vai tomar as providências necessárias, porque nós vivemos o livre comércio tanto para cima quanto para baixo. Não vemos irregularidade nenhuma já que a pauta é de R$ 4,49 e os postos não chegaram a esse valor”.  

O ICMS que era de 25% tanto para a gasolina quanto para o etanol passou a 20% para o etanol e para 30% sobre a gasolina. A justificativa da gestão estadual seria incentivar o maior consumo de etanol em Mato Grosso do Sul. No entanto,  o reajuste no preço do etanol nos postos foi lento e incapaz de fazer com que o álcool ficasse mais atrativo aos motoristas.

FISCALIZAÇÃO

A equipe do Procon-MS fiscalizou nesta quinta-feira (13) cinco locais em Campo Grande e dois em Ponta Porã. Conforme informações do Procon foram três autuados em Campo Grande e um em Ponta Porã. Na quarta-feira, de acordo com o superintendente da entidade, Marcelo Salomão, foram fiscalizados cinco estabelecimentos. “Foram 3 autos de infrações, um relatório de que o estabelecimento estava correto e uma orientação. Essa orientação se deu porque estava chegando etanol, com preço novo, no momento da fiscalização e o posto reduziu o preço por causa da fiscalização”, disse.  

Uma revendedora localizada na Mato Grosso foi um dos alvos de fiscalização do Procon. Os agentes comandados pelo superintendente identificaram que o preço subiu, mas a empresa não recebeu nenhum carregamento de combustível comprado com a alíquota nova. O órgão entendeu que não houve justificativa para alterar os valores e notificou a empresa a prestar esclarecimentos.

Os proprietários da companhia, que faz parte de uma grande rede que atua em Campo Grande, têm dez dias para se defenderem. Ao fim do processo, o órgão pode arquivar o caso ou multá-los.

Durante a ronda, foram encontrados ainda vários frascos com óleo automotivo vencidos, alguns há mais de 60 dias. Os produtos foram recolhidos e a empresa também vai responder por essa irregularidade.

Economia

Em meio à crise, presidente da Petrobras descarta aumento de preços dos combustíveis

Na última semana, o presidente Jean Paul Prates confirmou que as etapas para conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas no fim deste ano.

18/04/2024 17h23

Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates Thomaz Silva/ Agência Brasil

Continue Lendo...

Durante um evento no Rio de Janeiro, com foco em "O Fortalecimento da Indústria Naval Nacional e o Setor Energético Offshore", o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, descartou um aumento nos preços dos combustíveis no Brasil a curto prazo.

"Estamos avaliando as condições de mercado. Não há razão nenhuma para aumento agora. Não está sendo avaliado (aumento para as próximas semanas). Estamos monitorando o cenário internacional. Por enquanto não há nada que faça mover. E o preço do petróleo indica isso", relatou ao jornal O Globo, na manhã de hoje (18).

Conforme divulgado pelo Correio do Estado, no início desta semana, a Petrobras anunciou que as etapas para a conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas até o final deste ano. A estatal informou que o processo licitatório para o reinício das obras será aberto em dezembro de 2024.

A expectativa inicial é que a unidade comece a operar até o fim de 2023.

Na semana passada, o governador Eduardo Riedel (PSDB) pediu ao presidente Lula que "olhasse com carinho" para a fábrica, que está com as obras paradas desde 2014. O pedido foi feito durante visita do presidente a Campo Grande.

Nesta segunda-feira (15), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou as falas do presidente, em entrevista à CNN, que as obras serão retomadas em breve.  
   

A UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - ReproduçãoA UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - Reprodução

Investimentos

De acordo com o presidente da Petrobras, rebateu um dossiê feito na semana passada, contra a permanência dele no comando da estatal e que apontava que Prates resistia em concluir a UFN3, que precisa de investimento de R$ 5 bilhões.

Durante a conversa, Jean Paul afirmou que sempre defendeu a importância da inclusão do projeto da fábrica no Planejamento Estratégico da Petrobras, o que foi feito em novembro do ano passado, após demonstração técnica de viabilidade financeira e decisão da estatal de voltar ao setor de fertilizantes.

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, reafirmou que o dossiê sobre a não retomada da UFN3 não correspondia à realidade

"Estamos acompanhando o assunto junto com a ministra Simone Tebet e temos inclusive a previsão que a licitação ocorra no final de ano", disse.

Quando concluída, a UFN3 deve reduzir em 15% a dependência brasileira dos nitrogenados, contribuindo para a autonomia nacional no setor de fertilizantes.

A obra da UNF3 foi paralisada no fim de 2014, com 81% da construção realizada.

A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.
 

Valor do petróleo 

Na tarde desta quinta-feira (18), o preço do petróleo Brent, usado como referência internacional, está em queda de 0,22%, a US$ 87,10. Na semana passada, chegou a passar os US$90. Segundo dados da Abicom, que reúne os importadores, o preço da gasolina cobrado pela estatal está 20% menor em relação ao cenário internacional. No caso do diesel, a diferença hoje é de 10%

Declarações 

Conforme informações do governo brasileiro, os preços feitos pela  Petrobras ocorreram em outubro do ano passado, quando a estatal reduziu o valor da gasolina nas refinarias, quando passou de R$2,93 para R$2,81. No caso do diesel, a queda foi em dezembro (caindo de R$3,78 para R$3,48).

Durante o evento nesta quinta-feira, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o impacto do conflito no Oriente Médio não deve intervir sobre os valores dos combustíveis no Brasil.

As declarações de Prates ocorrem em momento de crise na estatal, que se estendeu  ao Conselho de Administração da estatal, após falas de Silveira. 

A crise chegou até o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), com sede em São Paulo, que derrubou a decisão em primeira instância e reconduziu à presidência do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Mendes, um dos representantes da União no colegiado. Ele foi afastado na última semana. Logo em seguida, a Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu.

Questionado como estava no clima dentro da Petrobrás, Prates disse estar tranquilo.

"Eu estou tranquilo. O presidente Lula está na Colômbia. Eu não fui a Brasília para isso. Temos agendas em Brasília constantemente. Por exemplo, eu passei o dia inteiro no TCU (Tribunal de Contas da União). Fui ver as lideranças no Senado. São meus amigos afirmou Prates".

 

Assine o Correio do Estado

Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

Divulgação

Continue Lendo...

A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

ASSINE O CORREIO DO ESTADO 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).